segunda-feira, 5 de julho de 2010

ARTIGO - A espécie humana na encruzilhada


Vilmar Berna é escritor e jornalista, editor da Revista e do Portal do Meio Ambiente. Mais informações: www.escritorvilmarberna.com.br



Ou continuamos escolhendo o insustentável, e corremos o risco de desaparecer; ou escolhemos a sustentabilidade, e sobrevivemos.
Por que é tão importante e estratégico democratizar a informação socioambiental? Porque a sociedade precisa dela para saber escolher entre os caminhos que aprofundarão a crise socioambiental dos caminhos que nos conduzirão a uma sociedade sustentável, de baixo consumo de carbono. Sem informação ambiental de qualidade a sociedade terá cada vez maior dificuldade para compreender a crise socioambiental apontada por 1.300 cientistas, de 95 países, como muito séria e urgente.
Após analisaram a situação dos ecossistemas do Planeta estes cientistas constataram que nosso estilo de vida está consumindo cerca de 20% a mais do que o Planeta consegue repor e que este consumo não é igual para todos: enquanto uns poucos ficam com muito, concentrando poder e riqueza, a maioria continua com quase nada e ainda tem de suportar os ônus da poluição e degradação ambiental e serem os mais atingidos pelas mudanças climáticas, por que não têm com se defender. Gandhi já nos alertou sobre isso ao afirmar que “a Terra tem o suficiente para a necessidade de todos, mas não para a ganância de uns poucos”.
A mudança entre um estilo de vida que não se importa com o meio ambiente ou com a miséria e outro que se importa tem se tornado cada vez mais visível por qualquer indicador que se adote. Para se ter uma idéia da mudança, por volta da década de 70 a poluição era percebida como positiva, um sinônimo de progresso. Na década seguinte, o negócio passou a ser reduzir a poluição e mais menos uma década depois a busca pela poluição zero. Poluição passou a ser sinônimo de desperdício, prejuízo financeiro com multas e embargos, etc. Na entrada do século 21, a mudança evoluiu para a busca de tecnologias limpas e conhecimentos capazes de reparar os danos e ainda ganhar dinheiro com isso.
O desafio agora é aumentar a velocidade dessa mudança por que, segundo os cientistas, corremos o risco de, a partir de 2050, passarmos do ponto de retorno, quando começará o colapso do Planeta. Exagero ou não, a prudência requer precaução de nossa parte, por que não dá para adotar a suicida atitude de esperar para ver.
Entretanto, mudar não é fácil! E uma das características da mudança que a tornam mais desafiadoras é que ela não é a mesma para todo mundo. Enquanto para uns mudar vai significar consumir menos, rever hábitos desperdiçadores, modificar sistemas concentradores de renda e produtores de miséria, para outros, milhões de excluídos, que vivem na pobreza e nem sempre têm o que comer no dia seguinte, mudar vai significar consumir mais. Para essas pessoas é até crueldade falar sobre a importância e necessidade de preservação da biodiversidade, da mata atlântica, das baleias, do mico-leão-dourado, sem também oferecer possibilidades e alternativas econômicas sustentáveis para que saiam da situação de miséria em que se encontram.
Então, se no século passado a ênfase da mudança estava mais em seus aspectos ambientais, hoje, a ênfase é na sustentabilidade, uma idéia que associa o ambiental ao social e ao econômico e que vai além do presente, projetando nossas preocupações para o campo da ética e futuro, por que cada vez fica mais claro que não recebermos o planeta de herança de nossos pais, mas o estamos tomando de empréstimo de nossos filhos e netos, como bem disse Henry Brown.
Um aspecto da mudança que nos dá esperança é que ela não se dá por acaso muito menos é obra ou depende de algum ‘salvador da pátria’, mas resulta do esforço coletivo e continuado de uma verdadeira ‘confraria de amigos do planeta’ que cresce a cada dia e que, de forma incansável e muitas vezes ao preço de perder a própria vida, como o Chico Mendes, não se deixou – e não se deixa - abater diante da enormidade ou urgência da tarefa, por que em vez de tentar encontrar desculpas para não fazer nada, encontrou um jeito de continuar lutando por este mundo melhor, que é possível, mas que começa aqui, agora, em nós.
O fato é preciso, na verdade, é urgente, mudar nosso estilo de vida a fim de assegurar a preservação do meio ambiente e isso além de não ser uma tarefa pequena, não é nada fácil, por que estamos falando de mudança. O que está em jogo não é sobrevivência de um ou outro indivíduo, ou mesmo de um coletivo nacional, mas da espécie humana inteira, sem exagero! Os limites de nosso crescimento e a mudança na maneira de produzir e consumir os recursos do Planeta precisa ser negociado com a sociedade, por isso é tão importante e estratégico mantê-la bem informada.
As escolhas da sociedade tenderão a ser tanto melhores quanto melhores forem as informações ambientais que conseguirem chegar ao povo. Se estas informações forem insuficientes, falsas, tendenciosas ou dominadas pelas forças que desejam manter os atuais rumos insustentáveis de consumismo e poluição, isso certamente influenciará em nossas decisões. Por isso é tão importante, na verdade fundamental e estratégico para a sustentabilidade, refletirmos sobre a comunicação e a publicidade que são apenas ferramentas, que tanto podem estar a serviço de um modelo consumista e desperdiçador ou a serviço da sustentabilidade, dependendo dos valores que motivam nossas escolhas.
Informação e publicidade
Um dos motivos que impede a democratização da informação socioambiental comprometida com valores sustentáveis é a falta de financiamento para esta informação. Portanto, assegurar tais recursos não se trata de uma reivindicação meramente comercial, mas de uma estratégia em opor-se à informação baseada no consumismo e no desperdício como valores em nossa sociedade. A ausência de políticas públicas e conseqüentemente verbas públicas para campanhas de propaganda e marketing ambientais, que ofereçam um contraponto à propaganda e ao marketing comprometidos com o consumismo crescente e ilimitado, reforça na sociedade brasileira a permanência por escolhas tradicionais, insustentáveis, consumistas, desperdiçadoras. Hoje, quem financia a publicidade é a lógica do mercado que está comprometida com lucros, também crescentes e, de preferência, ilimitados. Para vender mais usam das ferramentas da propaganda e do marketing para criar necessidades e desejos onde as pessoas nem sabiam que tinham, transformar em mercadorias sentimentos e o psicológico das pessoas (por exemplo, o medo da violência em venda de armas e sistemas de segurança). Um mesmo consumidor é estimulado a trocar um produto bom, que ainda funciona bem, por outro quase igual, mas com um pequeno diferencial para o querer se livrar daquele que ainda funciona para comprar um novo. Isso quando o mercado não providencia para que um produto que poderia durar muito mais já saia da fábrica programado para durar menos, assim o consumidor terá de comprar de novo e descartar o usado que ainda poderia servir. A indústria automobilística é mestre em projetar veículos para durar cada vez menos. Quem tem carros antigos que duram por décadas sabe do que estou falando. Os novos, em cinco anos precisam ser trocados, por que se torna caro demais mantê-los. São só alguns exemplos para mostrar como esta lógica de consumo tem contribuído para aumentar a velocidade do saque contra o planeta gerando o atual absurdo em que uma pequena parcela da humanidade, em torno de 20%, consegue consumir sozinha 30% a mais de recursos naturais do que a natureza consegue se recuperar.
A mesma ferramenta da propaganda e marketing que tem sido usada a serviço da destruição e do mau uso dos recursos do Planeta, pode – e deve – ser usada para sensibilizar as pessoas para a necessidade de mudar seus hábitos de consumo, levar as pessoas a refletirem e fazerem escolhas melhores no próprio ato de consumir, recusando produtos poluidores, de obsolescência planejada, desperdiçadores de recursos naturais, não recicláveis, emissões de carbono, por outros, mais sustentáveis e também solidários no sentido de promover a inclusão social.
O Brasil compreende isso e incluiu na lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que criou a Política Nacional de Educação Ambiental, o art. 5º, inciso II, que garante a democratização das informações ambientais como um dos objetivos fundamentais da educação ambiental. Durante a Eco 92, o Governo Brasileiro assinou também na Agenda 21 o compromisso de (artigo 40.18) "sempre que exista impedimento econômico ou de outro tipo que dificultem a oferta de informação e o acesso a ela, deve-se considerar a criação de esquemas inovadores para subsidiar o acesso a essa informação ou para eliminar os impedimentos não econômicos." Assinou, mas não cumpre, ainda. Para tirar estes compromissos e direitos do papel os governantes precisam perceber a mobilização da sociedade em torno da causa, já que são tantas as prioridades e o cobertor do orçamento geralmente é curto. Atualmente, apenas a chamada Grande Mídia, não especializada em meio ambiente, recebe o aporte das verbas públicas através da publicidade de empresas do Governo Federal. Um pequeno percentual disso poderia estar financiado as mídias ambientais, como sugerido em moção aprovada por pelos mais de 2.000 representantes da sociedade civil durante a II Conferência Nacional de Meio Ambiente.
A pesquisa “O que o brasileiro pensa do meio ambiente”, do ISER/MMA, tem constatado que a conscientização do brasileiro em relação ao meio ambiente aumentou 30% nos últimos 15 anos e cresceu o número de brasileiros que não consideram exagerada a preocupação com o meio ambiente (42% em 97; 46% em 2001 e 49% em 2006). Por outro lado, outra pesquisa, também do ISER/MMA, realizada com 1.141 dos 1.337 delegados participantes da “II Conferência Nacional de Meio Ambiente”, em fev 2005, constatou que a falta de informação sobre Meio Ambiente e Educação Ambiental está incluída por estes multiplicadores de opinião entre os três principais problemas ambientais brasileiros.
Quanto à inclusão das mídias ambientais nos planos de mídia das empresas do mercado muitas preferem investir apenas na contratação de serviços de imprensa para transformar as informações que querem divulgar em sugestões de pauta que enviam em massa aos veículos da mídia ambiental especializada na tentativa de obter alguma divulgação espontânea, em vez de também contratar uma agência de publicidade para fazer um plano de mídia que inclua estes mesmos veículos. Quando isso ocorre, preferem dirigir as verbas de publicidade para veículos da mídia não especializada sob o critério de custo por mil (CPM). É a velha história de quantidade versus qualidade. Quanto maior a tiragem, menor o custo por mil. No caso das mídias ambientais, como as tiragens são bem menores, o custo por mil é maior.
O que às vezes a maioria das empresas anunciantes e dos publicitários não percebe é que o público que importa em relação às questões socioambientais é aquele que influencia as decisões da empresa, e este costuma ler e dar credibilidade à mídia ambiental, mais que à grande mídia. Já o público em geral, que tem um interesse mediano sobre a questão ambiental, mal lê a notícia ou o anúncio ambiental e passa batido entre temas diversos do seu interesse como futebol, polícia, cidade, política, etc. Então, a empresa anunciante pensa estar fazendo uma economia evitando anunciar na mídia ambiental, quando na verdade está desperdiçando dinheiro com publicidade em mídias que não são lidas pelo seu público de interesse.
Depois se queixa dizendo que este tipo de público, crítico em relação às atividades socioambientais da empresa, só gosta mesmo é de ‘notícia ruim’, quando na verdade, a empresa não teve sucesso em alcançá-lo com a sua informação publicitária ou institucional, ou não soube agregar à sua informação a credibilidade de veículos especializados como os da mídia ambiental, que conquistaram tal credibilidade exatamente por que não se vendem, publicam contraponto às verdades oficiais. E este é outro obstáculo para algumas empresas anunciarem nas mídias ambientais, pois preferem mídias que não publiquem também informações que sejam desfavoráveis aos seus interesses. São empresários e publicitários que não conseguiram compreender ainda que o contraditório faz parte do processo democrático, e que o Brasil é uma democracia!
Os publicitários estão devendo esta lição de casa em relação ao sem compromisso com a sustentabilidade – com as exceções de sempre. E os cursos de graduação em publicidade e marketing também. No fundo, existem poucos profissionais no mercado publicitário brasileiro com capacitação adequada para compreender a real importância da mídia ambiental e o seu papel estratégico para fazer avançar a sustentabilidade e a consciência ambiental da sociedade.
É certo que não conseguiremos fazer sozinhos tudo o que é preciso ser feito para que ocorra a mudança, por isso precisamos uns dos outros, precisamos de veículos que sejam canais de diálogo para favorecer o entendimento entre diferentes interesses. As informações ambientais chegam à opinião pública através dos veículos da chamada Grande Mídia, não especializada em meio ambiente, e dos veículos da Mídia Ambiental, sejam institucionais, que refletem as opiniões e informações de uma determinada organização, ou não-institucionais, que procuram mostrar diferentes ângulos da questão. Apesar das diferenças, inclusive ideológicas, tratam-se de mídias complementares. Os veículos da Grande Mídia dispõem de recursos que a mídia ambiental não tem, por exemplo, na cobertura de um grande acidente ecológico, quando o interesse dos veículos não especializados dura o tempo em que o problema ambiental permanece visível. Já a mídia ambiental tende a manter o assunto na pauta mesmo depois de passado o problema, oferecendo à opinião pública uma análise mais aprofundada sobre as conseqüências, responsabilidades, desdobramentos.
Quanto ao aspecto ideológico, a diferença entre diferentes mídias pode ser enorme. Os veículos da Grande Mídia são de propriedade de poucas famílias e tendem a reproduzir o pensamento do modelo econômico dominante. Já a mídia ambiental está mais ligada à resistência social, à denúncia, à crítica, à oposição a este modelo dominante. Existem exceções em ambos os lados, mas que apenas confirmam as regras.
Entre os veículos da mídia ambiental, por sua vez, existem aqueles que focalizam em sua pauta mais os aspectos da natureza, seja suas agressões ou belezas, outros veículos focalizam mais os aspectos produtivos como gestão ambiental, tecnologias, legislação, licenciamento, e outros ainda os aspectos sociais e políticos. Então, mesmo entre os veículos da mídia ambiental, existe uma complementaridade entre eles.
O desafio é como sobreviver sem recursos diante de uma sociedade que, apesar de precisar de informação ambiental a fim de fazer escolhas melhores entre as diferentes alternativas, não se dispõe, pelo menos ainda, a comprar esta informação, seja nas bancas seja através de assinaturas? Este desafio tem sido enfrentado dia a dia pelas mídias ambientais e cada uma tem buscado seu caminho de sobrevivência, sempre com muita dificuldade, quase como uma missão de cidadania ambiental, uma espécie de apostolado.
Valores sustentáveis
A escola assume um papel fundamental de estimular a cidadania ambiental do aluno, e uma das maneiras mais eficientes de se fazer isso é trazendo o contemporâneo para a sala de aula, aproximando o cotidiano vivido pelos alunos. Paulo Freire apontou o consumismo como um dos maiores problemas de nosso tempo, chegando a compará-lo a um tipo de escravidão: “A educação deve ajudar o homem brasileiro a inserir-se criticamente no processo histórico e a libertar-se, pela conscientização, da síndrome do ter e da escravidão do consumismo". A Rede Brasileira de Informação Ambiental (REBIA) e a OSCIP Prima – Mata Atlântica e Sustentabilidade e demais parceiros concederão o certificado de ESCOLA AMIGA DO PLANETA como forma de reconhecer, homenagear e divulgar a ESCOLA que adota boas práticas ambientais e sustentáveis e que por isso É O EXEMPLO QUE QUEREM VER EM SEUS ALUNOS. A educação ambiental para a sustentabilidade deve ser uma pedagogia de ação, a partir das práticas do dia a dia, ou não promoverá mudanças.
Por exemplo, escolas que ensinam seus alunos sobre o desmatamento na Amazônia, mas não se preocupam com a origem da madeira que compram para as carteiras dos alunos ou portas das salas de aula, ou não exigem a comprovação de origem da carne preparada na cantina, podem estar contribuindo para o desmatamento desta mesma Amazônia. Também ensinam uma coisa e praticam outra as escolas que ensinam sobre mudanças climáticas, aquecimento global, mas não adotam medidas de redução de consumo de energia, não controlam as emissões de seus veículos, não plantam árvores para neutralizar suas emissões; ou ensinam sobre os males do consumismo e não adotam a coleta seletiva, a reciclagem, o reaproveitamento de materiais, a redução do consumo de água. E, sem credibilidade, o discurso fica vazio e perde eficácia.
Com o agravamento das mudanças climáticas os adultos de hoje irão requerer cada vez mais, na formação de suas crianças e jovens, escolas que sejam elas próprias um exemplo do que ensinam, demonstrando estarem preparadas para formar a nova geração de lideres do amanhã, pois eles viverão numa sociedade que, por um lado, irá valorizar cada vez mais ações e tecnologias sustentáveis e de baixo carbono e inclusivas com os despossuídos e, por outro, irá rejeitar e penalizar cada vez mais ações e tecnologias sujas e insustentáveis e que produzam miséria e exclusão social.Dados científicos irrefutáveis, como estes, entre vários outros, não deixam mais dúvidas que estamos diante de uma encruzilhada: ou continuamos escolhendo e apoiando o atual estilo de vida, ou mudamos rapidamente. Escolher um caminho, ou outro, depende informação. Sem ela, a Sociedade terá dificuldades para compreender a gravidade da crise ambiental, e pior, será incapaz de fazer escolhas adequadas que levem a mudanças que revertam a atual rota suicida de nossa espécie sobre o Planeta.
Cidadania ambiental ativa
Vivemos num mundo onde a eliminação da pobreza, a diminuição da desigualdade social e a preservação do nosso ambiente devem ser prioridades para consumidores, empresas e governos, pois todos são co-responsáveis pela construção de sociedades sustentáveis e mais justas. Assim, diversos setores da sociedade estão se mobilizando em direção à mudança. Destaco quatro deles:
1. TERCEIRO SETOR – reúne indivíduos e organizações que precisam se manter bem informados a cerca de políticas, obras, atividades, ações que impactem ou venham a constituir ameaça ao meio ambiente, a fim de confrontar e denunciar abusos e ilegalidades ambientais. Também precisam saber de novas idéias, tecnologias, bons exemplos socioambientais para mostrarem alternativas e soluções mais sustentáveis, em vez de só dizer que são contra. No Brasil, estes cidadãos ambientais costumam se reunir em organizações não governamentais de defesa do meio ambiente que, por sua vez, participam de conselhos federal, estaduais e municipais de meio ambiente onde têm voz ativa e podem influenciar nas decisões de políticas públicas e legislação ambiental. Para este público, a informação ambiental é uma espécie de ponte de diálogo entre diferentes interesses, permitindo o entendimento ou o estabelecimento de estratégias e negociações.
2. ELEITOR - Platão disse que “o preço que os homens de bem pagam pelo seu desinteresse da política é a qualidade dos políticos.” A informação ambiental é fundamental para que os cidadãos ambientais possam decidir seu voto, seja para manter no poder ou para substituir políticos e administradores, em função de sua atuação socioambiental. Afinal, o Planeta não vota e por isso conta com o eleitor para fazer isso por ele.
3. CONSUMIDOR - exerce sua cidadania ambiental ao se perguntar, antes de comprar, se realmente necessita daquele produto e, caso decida pela compra, se é possível consertá-lo, reutilizá-lo ou reciclá-lo, ou se o produto faz menos mal ao meio ambiente, etc. Sem informações ambientais de credibilidade o consumidor tem dificuldades para tomar tais decisões, bem como não pode saber direito sobre os impactos dos seus hábitos de consumo.
4. INICIATIVA PRIVADA - algumas empresas líderes reconhecem a importância estratégica da comunicação e da mídia ambiental não só para manter seus públicos de interesse ambiental informados sobre suas atividades e resultados como também para manter canais de diálogo com este público formador e multiplicador de opinião, podendo se antecipar a denúncias na imprensa ou junto ao Ministério Público e órgão de controle ambiental que possam trazer prejuízos à imagem ou aos negócios. A fim de assegurar credibilidade à sua mensagem, as empresas líderes agem com responsabilidade socioambiental em suas atividades produtivas e adotam princípios e assumem práticas que vão além da legislação – investindo na democratização da informação ambiental para dar publicidade a seus resultados.

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