domingo, 27 de setembro de 2009

Tecnologia recria semi-árido

Sertão de Quixeramobim - CE - Parabólica na casa simples e feijão secando no terreiro - Modernidade e tradição convivem no nosso Sertão. Foto: Suely Chacon.


MODERNIDADE?

A matéria de Antonio Vicelmo no Jornal Diário do Nordeste de hoje (27-09-09) chama atenção para a invasão tecnológica e suas consequências para o nosso Sertão (confira a matéria abaixo).

Como eu já havia ressaltado no meu livro (O Sertanejo e o Caminho das Águas: políticas públicas, modernidade e sustentabilidade no semi-árido), o nosso Sertão está mudando, e o Sertanejo perdendo sua identidade.

Embora a tecnologia seja importante, é preciso refletir sobre seus impactos e, principalmente, a forma como a usamos. Encarar a tecnologia como modernidade e a cultura local como pertencente a um passado que deve ser esquecido significa matar tradições. E isto não pode acontecer. Vamos refletir sobre isto. Quem quiser conhecer meu livro pode fazer o download no seguinte endereço: http://www.bnb.gov.br/projwebren/exec/livroDetalhe.aspx?cd_livro=20





Antena parabólica é um dos símbolos da nova configuração das pequenas cidades do Interior (Foto: Antônio Vicelmo)

Aspectos simples da vida no sertão foram modificados com o surgimento dos novos meios de comunicação

Araripe. O computador, o telefone celular e a televisão, entre outros equipamentos tecnológicos de comunicação, estão transformando os usos e costumes do sertão. Está desaparecendo aquele sertão lírico, romântico, descrito por poetas e escritores. O sertão ingênuo, de gente simples, desinformada, vem sendo invadido pelo progresso, para o bem e para o mal. Hoje em dia, os mais distantes recantos do Interior estão antenados com o mundo globalizado. O agricultor está "plugado" com o universo que o cerca. Um exemplo dessa mudança extraordinária é o grande numero de antenas parabólicas e terrestres espalhadas por este "mundão" afora.

O pequeno povoado de Jamacaru, localizado no pé da serra do Araripe, por exemplo, está coberto de antenas parabólicas, um dos grandes símbolos dessa transformação. Os sertanejos já não se sentam mais nos terreiros de casa, ou nas calçadas, para ouvir "histórias de trancoso" ou conversar sobre a lida do dia. Agora, a conversa é outra. A discussão em torno dos últimos acontecimentos divulgados na televisão: o salário mínimo, a crise no Senado, os escândalos, a violência urbana, os preços dos produtos, o pré-sal e a vitória de Obama para a presidência dos Estados Unidos. De acordo com levantamento feito pela Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), 99% dos domicílios brasileiros tem um televisor em casa.

Com a expansão da energia elétrica, os lobisomens desapareceram do imaginário popular e deixaram de fazer medo no matuto. A caipora, o pai-da-mata, a mãe d´água e outros mitos que povoaram o sertão se escafederam. Encantaram-se, como dizem os sertanejos no seu linguajar próprio, ainda não totalmente engolido pela modernidade.

Em algumas fazendas do Cariri, a reprodução natural, feita com o touro, foi substituída pela moderna inseminação artificial. Até a transferência de embrião já é realizada na região. Aos poucos, a motocicleta vem tomando o lugar do cavalo e da bicicleta como meio de transporte principal. A imagem forte do vaqueiro encourado está desaparecendo junto com as antigas festas de apartação, que cedem espaço para as vaquejadas de grande porte.

Esta transformação foi prevista pelo cantor e compositor Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, há 30 anos, com o xote "Nordeste P´rá Frente" que fala sobre a mudança dos usos e costumes dos sertanejos. Dentro desta linha, o intérprete de Asa Branca descreveu a influência da moda estrangeira no comportamento dos sertanejos com a música "United States of Piauí".

O poeta Patativa do Assaré, que fez de sua produção poética uma declaração de amor ao sertão, mudou a forma de pensar dos matutos na defesa dos seus direitos e deveres, denunciando injustiças, corrupção eleitoral e reivindicando mais escolas, reforma agrária e inclusão social.

Realismo
Ao contrário de outros escritores regionalistas que mostraram uma imagem romântica e saudosista, o escritor contemporâneo Ronaldo Correia de Brito, autor do livro Galiléia, apresenta em suas obras uma visão realista deste novo sertão, que vive os mesmos conflitos do mundo moderno. Segundo Ronaldo Correia, o sertão tanto pode significar um espaço mítico como um acidente geográfico.

Ele cita uma resposta de Santo Agostinho, quando lhe perguntaram sobre o tempo. "O que é o tempo? Se não me perguntam eu sei, se me perguntam, desconheço. O que é o sertão? Se não me perguntam eu sei, se me perguntam desconheço", compara. Ronaldo acrescenta que "o sertão é abstrato ou real como o tempo. E continuará sendo tema para a literatura. "O sertão é um espaço de memória confundido com o urbano. É o melhor lugar do mundo para acessar a Internet, porque as lan houses cobram apenas R$ 0,50 por hora".

Isolado numa "biboca de serra", no município de Missão Velha, o agricultor Francisco Clemente do Nascimento, mais conhecido por "Cartiçá", está conectado com o mundo. Com uma parabólica instalada em frente a sua casa de taipa e pai de 10 filhos, o agricultor acompanha de perto todos os programas de televisão, dos noticiários às novelas.

Ele diz que os tempos de hoje não se comparam com o de antigamente. "Eu fui criado no cabo da enxada, comendo angu de milho com rapadura. Tinha dia que não tinha nada para botar no fogo. Não sei nem assinar o nome. Nunca tive cabeça para negócio de estudo". Ao fazer este relato, Francisco Clemente comemora: "Hoje, meus filhos estão trabalhando como crediaristas, as mulheres trabalham como domésticas. Com o Bolsa Família e o trabalho na roça dá para viver. Graças a Deus, não tem faltado nada lá em casa", complementa.

A história do agricultor é a mesma da maioria dos trabalhadores sem terra, conformados com o pouco que possuem. O aposentado João Avelino não tem do que reclamar. Com a mulher, que também é aposentada, ele cria os filhos que estudam numa escola ao lado de sua casa. Avelino faz parte da legião de sertanejos que não quer nem ouvir falar no passado de sofrimento. Ele é mais um dos brasileiros que tem o prazer de mostrar-se na modernidade.

ANTÔNIO VICELMO
REPÓRTER

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Regional - Fortaleza, 27 de setembro de 2009.

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=674705

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

CLIMA E DESERTIFICAÇÃO - Caatinga demanda proteção

Audiência pública buscou debater as mudanças climáticas e o risco de devastação de áreas ambientais. Atualmente, 11% do território brasileiro está em processo de desertificação (Foto: Juliana Vásquez)


Audiência destacou a importância de proteger não apenas a Amazônia, mas outras regiões naturais do País

Fortaleza. Mudanças climáticas e o avanço da desertificação no Nordeste brasileiro foram os temas debatidos durante uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Estado, realizada ontem. Temas como experiências de produção agrícola sem degradação, recursos hídricos e sustentabilidade foram discutidos entre parlamentares federais e estaduais, representantes do setor de meio ambiente do Estado e de organizações da sociedade civil.

A audiência foi realizada pela Comissão Mista de Acompanhamento das Mudanças Climáticas do Congresso Nacional, que está promovendo discussões sobre os temas desde o início do ano. Estiveram presentes a vice-presidente da Comissão Mista de Mudanças Climáticas, deputada federal Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), o relator da Comissão, deputado federal Colbert Martins (PMDB-BA), além dos cearenses deputado federal José Nobre Guimarães (PT-CE) e o senador Inácio Arruda (PC do C-CE).

"Essas audiências servem para aproximar a sociedade do tema e elaborar um diagnóstico que possa ajudar a acelerar os projetos de lei em tramitação na Câmara. O Nordeste é a única região em que vamos realizar duas dessas audiências, esta de hoje (ontem) e a que será promovida na Bahia, onde vamos tratar de temas mais gerais. Mas aqui decidimos focar na questão da desertificação por conta da importância e da fragilidade em que se encontra atualmente o bioma Caatinga", explica a deputada federal.

As mudanças climáticas provocadas pela ação desenfreada do ser humano são o principal fator para a desertificação. Atualmente, quase 11% do território brasileiro é comprometido pela desertificação. O processo é desencadeado pela destruição da vegetação nativa, utilização de agrotóxicos e prática de uma atividade agropecuária predatória, que esgota os solos e promove a destruição de espécies animais e vegetais.

Bioma único

Durante a abertura da audiência pública, os parlamentares lembraram que, quando o assunto é meio ambiente, muitas vezes só se pensa na região amazônica, por conta da diversidade de riquezas e os interesses internacionais em torno da região, tanto para a defesa quanto para a exploração dos recursos. No entanto, é necessário desenvolver políticas públicas que busquem preservar outros biomas importantes do Brasil. No caso da Caatinga nordestina, que é um bioma único em todo o planeta, a preocupação é ainda maior porque o processo de desertificação avança cada vez mais na região.

O senador cearense Inácio Arruda, autor de projeto de lei já aprovado no Senado e que agora tramita na Câmara para instituir a Política Nacional de Combate à Desertificação, alertou que, em 50 anos, a ação do homem e a reação da natureza podem elevar a temperatura em até quatro graus no Nordeste, comprometendo principalmente os Estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Piauí. "A Caatinga é um bioma frágil, mais suscetível à desertificação do que outros, e por isso merece uma tenção especial. Talvez o maior desafio seja mudar a matriz energética para a produção regional, garantindo o desenvolvimento sem deixar de proteger o ambiente", destacou o senador cearense.

Além do projeto da Política de Combate à Desertificação, em que uma das ações previstas é identificar municípios em que esteja ocorrendo processo de desertificação e injetar recursos federais para a recuperação dessas áreas, o deputado José Guimarães destacou outros dois projetos importantes em tramitação: a Política Nacional do Clima e a criação de um fundo nacional para ajudar os Estados que menos emitem gás carbônico. "O Ceará é um exemplo de Estado que poderia ser beneficiado por este fundo, já que é o maior produtor de energia renovável". A deputada Vanessa Grazziotin espera que estes projetos sejam aprovados antes de 10 de novembro, quando começam as discussões no Congresso Nacional sobre a exploração do pré-sal.

Iniciativa cearense

Enquanto os projetos nacionais ainda estão em tramitação, o Ceará foi o primeiro no Brasil a instituir uma Política Estadual de Combate e Prevenção à Desertificação. A lei, de agosto de 2008, obriga o Estado a desenvolver políticas públicas integradas com os diversos órgãos envolvidos com o meio ambiente para combater a desertificação e recuperar as áreas degradadas.

Autor do projeto de lei, o deputado estadual Lula Morais (PC do B-CE) esteve na audiência pública e disse que, no próximo dia 5 de outubro, o Grupo Permanente de Combate à Desertificação vai apresentar o Plano contra a Desertificação, resultado de uma série de encontros promovidos em todo o Ceará. "Já temos muitas regiões em que o problema é grave. É preciso desenvolver uma economia sustentável".

"Queremos debater com a sociedade e acelerar a aprovação de projetos"
Vanessa Grazziotin
Deputada federal

"Precisamos garantir desenvolvimento sem deixar de proteger o ambiente"
Inácio Arruda
Senador

"Ceará é um Estado que pode se beneficiar com fundo contra desertificação"
José Guimarães
Deputado federal

RISCO

11% do território brasileiro se encontra hoje em processo de desertificação. Se não forem tomadas medidas de proteção, processo pode ser irreversível

Mais informações
Assembléia Legislativa do Estado do Ceará - (85) 3277.2500
www.al.ce.gov.br

KAROLINE VIANA
REPÓRTER

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Regional - Fortaleza, 25 de setembro de 2009.

Professores doutores do Campus da UFC no Cariri contemplados com Bolsa de Produtividade do CNPq

Escrito pelo Prof. Ricardo Ness, Diretor do Campus da Universidade Federal do Ceará no Cariri

No dia 22 do corrente mês a Diretoria Executiva do CNPQ divulgou o resultado do Edital CNPq-MCT 03/2009. O objetivo do edital é contribuir para a fixação de recursos humanos e consolidação de novos campi e novas universidades, por meio da concessão de bolsas ao pesquisador, incentivando a produção científica por doutores das novas universidades e novos campi das IFES. Cada professor receberá uma Bolsa PQ e taxa de bancada para conduzir seu projeto de pesquisa aprovado.

Quatro professores doutores do Campus da UFC no Cariri tiveram propostas aprovadas. São eles:

Prof. Carlos Wagner Oliveira (Projeto: Estimativa da evapotranspiração na região do Cariri através de sensoriamento remoto orbital);

Profª Celme Torres Ferreira da Costa (Projeto: Investigação e modelagem dos processos de contaminação da água subterrânea por derivados de petróleo na bacia sedimentar do Araripe/CE);

Prof. Luiz Alberto Ribeiro Mendonça (Projeto: Avaliação da capacidade de infiltração de solos submetidos a manejo florestal na Chapada do Araripe.) e

Profª Suely Salgueiro Chacon (Projeto: Construção dos indicadores de sustentabilidade da região do Cariri Cearense).

O mérito dos projetos aprovados e o trabalho compromissado dos professores-pesquisadores envolvidos muito contribuirão para o avanço, com qualidade, do ensino de graduação e de pós-graduação na nossa instituição. A direção do Campus da UFC no Cariri parabeniza os professore contemplados e deseja-lhes muito sucesso na condução dos projetos.


Fonte: UFC-Cariri
http://www.cariri.ufc.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=233&Itemid=1

CNPq divulga lista dos aprovados para a consolidação de novos campi e novas universidades


O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT) divulgou hoje (22/09) os projetos que foram aprovados no Edital n°03/2009 – Fixação de Doutores em Novos Campi . O CNPq irá investir R$ 19,4 milhões para contribuir com a fixação de recursos humanos na consolidação de novas universidades e novos campi no país, por meio da concessão bolsas de Produtividade em Pesquisa a pesquisadores doutores que desenvolvam projetos científico-tecnológicos em novas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).

Os pesquisadores doutores selecionados apresentaram projetos de pesquisa científico-tecnológica com forte potencial de impacto ao desenvolvimento sócio-econômico, cultural e ambiental da região, vinculados à programação ou aos interesses da instituição à qual pertencem. Eles terão três anos para executar seus respectivos projetos.

Confira a lista dos projetos aprovados em

http://www.cnpq.br/resultados/2009/003.htm

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CNPq

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

El Niño do futuro vai trazer seca ao Sudeste

Quem conhece um pouco sobre o clima da Terra sabe que em ano que prevalesce o fenômeno El Niño (alusão ao Menino Jesus), há uma aquecimento das águas do ocenao pacífico. Esse aquecimento provoca seca no Nordeste do Brasil e enchentes no Sul e Sudeste. Contudo, as mudanças climátcas começam a afetar até mesmo esse fenômeno, e estudos indicam que o El Nño pode provocar agora seca no Sudeste. Confiram a matéria abaixo.
Arte/Folha de S.Paulo


REINALDO JOSÉ LOPES
da Folha de S.Paulo
24/09/2009 - 09h13


O aquecimento global tem grandes chances de mudar a dinâmica do El Niño, um dos fenômenos periódicos mais importantes para o clima da Terra. A forma mais atípica do fenômeno pode se tornar cinco vezes mais comum, trazendo consequências como secas no Sudeste e no Sul do Brasil.

O declínio do El Niño convencional e a ascensão do chamado El Niño Modoki (palavra japonesa que significa "parecido, mas diferente") foi previsto em simulações de computador, detalhadas em artigo na revista científica "Nature" de hoje.

Sang-Wook Yeh e seus colegas do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Oceânico da Coreia do Sul assinam a pesquisa, que usou os dados históricos sobre o El Niño (de 1850 até hoje) e as projeções sobre o aquecimento para avaliar como será o fenômeno neste século.

"Desde os anos 1980, o El Niño Modoki já está aparecendo com mais frequência. Yeh e seus colegas mostram que é viável associar isso com o aumento da temperatura que vem acontecendo desde então", explica Karumuri Ashok, do Centro Apec do Clima, na Coreia do Sul, que comentou a pesquisa a pedido da "Nature".

Mudança de estilo

A diferença entre os dois tipos de El Niño tem a ver principalmente com a região do oceano Pacífico que passa por um aquecimento anormal de suas águas, desencadeando os efeitos do fenômeno. Enquanto o El Niño tradicional está ligado às águas relativamente quentes no leste do Pacífico, perto da costa peruana, o Modoki aparece na região central do oceano --daí outro de seus apelidos, "El Niño da Linha Internacional da Data", por estar perto da linha imaginária usada para marcar a mudança de um dia para outro nos fusos horários.

Por enquanto, o El Niño Modoki fica muito atrás da forma normal do evento em número de ocorrências --apenas sete contra 32 casos nos últimos 150 anos. O aumento projetado na nova pesquisa indica que o Modoki poderia se tornar tão comum quanto a forma normal do El Niño. "O Nordeste do Brasil vai receber mais chuva do que o normal, impacto que é o contrário do que ocorre no El Niño tradicional", diz Ashok.

Já o Sul e o Sudeste terão menos chuva do que o normal, outra inversão da forma típica do fenômeno. Isso, é claro, se mais pesquisas confirmarem as simulações. "Lembre-se de que os modelos ainda não são perfeitos", afirma o pesquisador.

Fonte: Folha On Line
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u628517.shtml

Felicidade Interna Bruta é tema de Seminário na Universidade Federal do Ceará


Fortaleza entra no circuito de discussões sobre novos indicadores de progresso através do seminário "Novos paradigmas de desenvolvimento: Felicidade Interna Bruta (FIB)".

Será no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC), no dia 28 de setembro, das 15h às 20h.O evento está sendo patrocinado pelo Banco do Nordeste (BNB) e é atividade de extensão da UFC. O Instituto Visão Futuro - Ceará e o Banco Palmas são os realizadores e a Agência da Boa Notícia colabora com a divulgação. Os participantes terão direito a certificados emitidos pela Pró-Reitoria de Extensão da UFC. As inscrições serão feitas no local, meia hora antes de iniciar o evento. A Coordenadora do Seminário é a Profª Geísa Mattos, do Departamento de Ciências Sociais da UFC.

O evento terá como palestrantes a coordenadora do FIB no Brasil e América do Sul, a psicóloga, antropóloga e estudiosa da chamada “ciência da felicidade”, Susan Andrews; o economista e professor da Pontifícia Universidade de São Paulo, Ladislau Dowbor; o coordenador geral do Instituto de Políticas Alternativas para o Cone Sul, Marcos Arruda, e o coordenador da Rede Brasileira de Bancos Comunitários, Joaquim Melo. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no local e data do evento. A Pró-Reitoria de Extensão da UFC emitirá certificado.

A programação será a seguinte: 15h – Abertura; 15h30min - Ladislau Dowbor: Deficiências do PIB e economia local;16h10min - Joaquim Melo: A experiência do Banco Palmas no Conjunto Palmeiras; 16h40min - Coffee break; 17h - Susan Andrews: Bases Filosóficas do FIB e a "ciência da felicidade"; 17h40min - Marcos Arruda: Economia Solidária e FIB; 18h20min - Debate; 19h10min – Considerações finais; 19h40min - Apresentação da cantora Marta Aurélia; 20h – Encerramento.

Enquanto o PIB leva em consideração apenas a produção de bens e serviços para medir o progresso de uma região, o FIB inclui o bem-estar emocional, social e ambiental, entre outros parâmetros. Este conceito surgiu em 1972 no Butão, na região do Himalaia, na Ásia, e hoje é estudado em países como a França e Canadá.

Com o FIB, as metas de planejamento no Butão passaram a ser orientadas a partir de nove critérios: padrão de vida, boa governança, estado de saúde, educação, diversidade cultural, resiliência ecológica, vitalidade comunitária, uso equilibrado do tempo, e bem-estar psicológico. Este ano, o Brasil sediará a 5ª Conferência Internacional sobre FIB, de 20 a 24 de novembro, em Foz do Iguaçu (PR).

Fonte: Profª Geísa Mattos, Departamento de Ciências Sociais da UFC e Coordenadora do Seminário - (fone: 85 3366 7419 / 3366 7679 / 3366 7680 / 9925 8182)

http://www.ufc.br/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=8754&Itemid=90

Fome cresce e reclama urgência

Humberto Márquez, da IPS
22/09/2009 - 16:31:46


Na América Latina e no Caribe há 52 milhões de famintos, seis milhões a mais do que em 2008, e esse lado da crise global se converte em demanda prioritária para as políticas nacionais e de cooperação, concluíram os presentes à reunião de análise do Sistema Econômico Latino-americano (Sela) encerrada sexta-feira em Caracas. A região “apresenta uma produção ampla e suficiente e, em contraste, temareas com insuficiências crônicas de alimentos”, disse à IPS o mexicano José Rivera Banuet, secretário permanente do Sela.

O que desde 2008 se apresenta como um problema financeiro, “na realidade é uma crise estrutural que toca as finanças, o emprego, a alimentação, o meio ambiente, o déficit de energia e a mudança climática, mas o aspecto alimentar exige prioridade porque incide diretamente na vida das pessoas”, afirmou a direção do Sela. Se um em cada 10 latino-americanos deita todas as noites com fome, no mundo já são 1,020 bilhão de pessoas, cem milhões a mais do que em 2008, segundo a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

A FAO duvida que seja possível cumprir o objetivo de, até 2015, reduzir para 420 milhões de pessoas o número de famintos no planeta, segundo a meta fixada pela Cúpula da Alimentação de 1996, quando pouco mais de 800 milhões de pessoas passavam fome. Na região “deve-se comprometer todas as instâncias nacionais, incluindo o setor privado, as entidades governamentais, os esquemas de integração e os organismos internacionais nas estratégias para garantir a segurança alimentar e nutricional”, disseram os representantes dos 27 Estados-membros do Sela na “Reunião de consulta e coordenação sobre o preço dos alimentos e a segurança alimentar na América Latina e no Caribe”.

O desafio destes países “supõe incrementar a oferta, aumentar a produtividade, incorporar as populações vulneráveis e favorecer o correto funcionamento dos mercados agrícolas locais, dando prioridade às cooperativas e aos pequenos e médios produtores agrícolas”, acrescentaram os representantes. “Há experiências que valem a pena valorizar, como os esforços de Bolívia e Equador para resgatar conhecimentos e variedades nativas, conhecidas pelas comunidades indígenas e camponesas, de alto valor nutritivo e que não são capitalizadas pelos circuitos comerciais”, disse à IPS o boliviano Diego Montenegro, representante do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura na reunião de Caracas.

Este encontrou reviu o impacto sobre o problema alimentar e a sustentabilidade agrícola da alta mundial dos preços dos alimentos, que no período 2005-2008 foi, em média, de 40%, segundo Montenegro. As altas se concentraram em alguns produtos: óleos e gorduras subiram 153% entre 2006 e 2008; os cereais 126% e os lácteos 88%. Um caso que chamou a atenção foi o do arroz, que aumentou 140% em apenas cinco meses de 2008 (de US$ 376 a tonelada em janeiro para US$ 900 em maio), enquanto a carne bovina aumentou apenas 28% entre 2006 e seu valor máximo em setembro de 2008.

“A especulação foi um dos fatores que mais castigou o mercado de alimento”, disse Rivera, em alusão aos capitais que participaram das bolhas financeiras desde meados desta década até o ano passado e com suas compras pressionaram para cima os preços das matérias-primas. Rivera propôs, para procurar a estabilização dos mercados vinculados aos alimentos, a formação de sistemas regionais de estoques que evitem flutuações excessivas dos preços, e apoiar iniciativas dos países industrializados para limitar a especulação financeira nos mercados internacionais de produtos básicos.

A reunião no Sela adotou essa proposta e pediu o fortalecimento dos demais esquemas, programas e redes de cooperação regional em matéria de segurança alimentar e desenvolvimento agrícola, seja de intercâmbio de insumos, uso de laboratórios, melhoria de sementes, desenvolvimento de variedades resistentes ou para proteção de consumidores pobres e vulneráveis. Em particular, destacaram a iniciativa adotada em fevereiro deste ano pelos países-membros da Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba), integrada por Antigua e Barbuda, Bolívia, Cuba, Dominica, Equador, Honduras, Nicarágua, San Vicente e Granadinas e Venezuela.

A chamada Alba-alimentos destinou em abril US$ 9 milhões a um projeto agrícola no Haiti, para outros 10 planos em oito países do Caribe US$ 13 milhões, e um estudo do Sela destacou que a iniciativa insiste “em setores com carências, comunidades indígenas e camponesas e afrodescendentes”. Também recebeu apoio o esquema Petrocaribe pela qual a Venezuela vende combustível com facilidades de pagamento a cerca de 15 países da região e a criação de um fundo de desenvolvimento de US$ 50 milhões.

A Petrocaribe destinará US 0,50 para projetos de segurança alimentar na região para cada barril de petróleo vendido acima dos US$ 100, mas essa circunstância não está presente nos atuais valores do óleo. Por fim, a reunião mencionou como necessário “evitar que a produção de biocombustíveis provoque um conflito com o meio ambiente, a agricultura e o comércio”.

Montenegro disse que, “felizmente, muitos países interessados na agrobioenergia identificaram cultivos que são de alto valor energético e não competem com a produção de alimentos, e outros, consumidores desses combustíveis, como os Estados Unidos, reconhecem que competir com a produção de alimentos não é adequado em uma conjuntura como a atual”. Conjuntura que, segundo Rivera, na América Latina e no Caribe ainda não registrou o impacto da crise econômica global com toda sua força, por isso a situação alimentar poderá piorar nos próximos meses. Isso apesar de ser uma região que, com menos de 10% da população mundial, possui 15% das terras do planeta usadas em agricultura, 33% dos recursos hídricos renováveis, cultiva 30% do total global de oleaginosas e produz 21% da carne de ave e 26% da carne bovina.

(Envolverde/IPS)

Fonte: Mercado Ético

domingo, 20 de setembro de 2009

REGIÃO NORTE DO CEARÁ - Antiga bodega vira ponto de encontro e cultura em Tianguá
O "Bardega do Didi" vem fazendo sucesso com seus quitutes tradicionais, bebidas e ambientação rústica
Amauri Didi transformou o comércio herdado da família numa bardega: mistura de bar, bodega e espaço cultural para reunir amigos e visitantes (Foto: Wilson Gomes)

Objetos antigos dão um toque especial à decoração do Bardega do Didi, que já serviu de inspiração para os boêmios e poetas que por ali passam


Tianguá - "Eu fui encontrar cultura/No canto de uma cidade/Vi arte e literatura/Transformada em amizade/E através de um colega/Eu encontrei o Bardega/Para minha felicidade/". É desta forma que o poeta Lucarocas descreve um dos "points" mais aconchegantes desta cidade, uma bodega que virou bar e que virou ponto de cultura popular e de pesquisa para aqueles que estão sempre atrás de conhecimento. O local, denominado hoje de Bardega, não poderia ser diferente, tinha que ser bastante exótico. Na parede, um painel onde se faz a mostragem de cordel. Nas mesas dentro do bar, um livro para autografar. As mesas que ficam na calçada são formadas por tampo de carretel recolhidos nos assentamentos da cidade.

O Bardega é administrado por Amauri Pinto de Carvalho, o Amauri Didi. O espaço cultural, como ele gosta que seja chamado, tem uma história bem interessante. Sua criação se deu na virada do século XXI, quando a família tinha uma tradição de bodega há pelos menos 60 anos, época da venda do pão, do milho, da farinha, do amendoim, que começou com Francisco Pinto de Carvalho, o "Seu Didi", patriarca que passou o comércio para os descendentes até chegar às mãos de Amauri Didi.

Medicinal

Como todo dono de bar, Amauri é bom de papo. Ainda mais se o cliente pedir o carro-chefe da casa, a famosa "Medicinal", um coquetel feito à base de cachaça serrana, mel de abelha e limão. A bebida é servida em copos de barro feitos por uma comunidade local. Já o mel é produzido pelo próprio dono, em seu sítio. Somos convidados a apreciar: dá uma mexidinha, suga pelo canudo de madeira e o sabor toma toda a boca. Para acompanhar, um feijão verde com queijo coalho bem gostoso, ou um dos pratos mais comentado, as tanajuras assadas, típico do povo serrano, herança dos índios Tabajara. Uma identificação que se constitui em tradição que os distingue entre os cearenses. Tanajuras como alimento, é altamente valorizada na região.

Amauri Didi conta que o hoje Bardega teve que ficar um período de portas fechadas, diante da necessidade do dono de continuar nos estudos. "A faculdade, que fazia em Sobral, roubou uma boa parte do meu tempo, que antes era dedicado a cuidar de uma tradição deixada pelo meu pai que foi a bodega, uma pequena mercearia. Tendo que ir e voltar todos os dias, fui perdendo parte dos clientes do comércio de mercadorias. Por causa disso ganhei outro tipo de clientela: os amantes da noite puxados com uma boêmia de um bom papo que vai de política à filosofia, que vinha sempre aqui no final do dia e pedia uma cervejinha, regada sempre com uma boa música da MPB regional", revela.

Grupo cultural

Daí encabeçado pelo seu sócio-proprietário e mais um grupo de amigos, que conta com profissionais liberais, professores e artistas, esses amantes da cultura e defensores da inclusão da educação e do social sempre se reunindo no Bardega criaram o Grupo de Estudos e Valorização da Cultura Tianguaense (Grecult). Com o grupo, surgiu grandes projetos iniciados ali mesmo: a Noitada Cultural de Artes Integradas, realizada duas vezes por ano; a criação do Bloco Cultural Tanajuras da Serra, além de um acervo de pesquisas e produção de exposições de fotografias históricas.

A bodega passou por uma transformação muito brusca, uma intervenção para chegar à forma em que se apresenta hoje. "Isso foi uma criação dentro de um processo, não foi uma criação rápida", destaca. Amauri usou como modelo para essa transformação as andanças movidas por uma cultura popular. "Eu pude perceber que poderia, mesmo com um espaço pequeno, proporcionar à população não só de Tianguá, mas pessoas que viriam visitar, um nicho diferenciado da cultura local".

Amilcar Holanda é um desses freqüentadores assíduos. Gosta do ambiente, principalmente quando aparecem caras novas. "Vi que vocês estavam aqui, então me interessei em saber o que estariam fazendo e o que estava acontecendo".

A decoração do Bardega é toda rústica. Objetos antigos ficam pelos cantos. É possível encontrar relíquias como vinis, máquina de escrever e cédulas velhas. Outra tradição é servir a seus freqüentadores tanajuras assadas. Também conhecidas como içá, era um dos pratos favoritos do escritor Monteiro Lobato. "Engraçado, porque mesmo depois de séculos, aqui ainda se conserva esse hábito herdado dos índios. Aqui tanajura é comida, é dança, é música, é cordel", explica Amauri. Se preferir, pode levar os ingredientes pra casa: garrafas de mel, cachaça e feijão verde.

PONTO DE CULTURA
Bardega do Didi inspira cordelista

Tianguá Pelo Bardega do Didid já passou muita gente. O poeta Luiz Carlos Rolim de Castro, mais conhecido como Lucarocas, foi um deles. Gostou tanto do ambiente que escreveu um cordel para homenagear o ponto de cultura e encontro. "Conhecer o Bardega é fazer um pouso na cultura com a suavidade da paz serrana, é aquecer-se com a ´Medicinal´ e embalar-se com a musicalidade do ambiente, que faz a alma crescer na simplicidade da poesia, do romance, num momento de encontro, onde a solidão não faz companhia e a alma se embriaga de amor. Uma noitada no Bardega do Didi é uma oração aos deuses notívagos da boêmia. É mágico", destaca o poeta.

Lucarocas é professor de literatura e cordelista. Ele esteve por diversas no Bardega do Didi. Na sua última visita, em julho do ano passado, resolveu escrever um cordel, que narra como é para ele o Bardega. Diz Lucarocas, em um dos trechos do seu cordel que o Bardega é na verdade um espaço cultural, uma coisa diferente.

"Lá o que se escuta são os discos de vinil colocados na vitrola". Lucarocas também faz menção à parede que foi pintada de branco e onde foi montado um painel de cordéis, homenageando aqueles que se foram e não voltam mais.

Para o escritor repentista, no Bardega tem espaço para a prosa e a poesia. É no entorno do balcão que se pode prosear à vontade, sentado em tamboretes feitos de madeira pura, bem próximo aos tonéis onde é armazenada a Medicinal. "O Amauri Didi é um desses homens de cultura que faz do sonho uma realidade, um cidadão de verdade", disse Lucarocas, acrescentando que é dessa forma que ele consegue atrair a clientela.

"Eu vi que nas prateleiras de teto existe uma porção de objetos antigos que algum dia tiveram utilidade. Dá para parar no tempo e voltar ao passado, além de pouca luz que faz o clima ficar mais animado", descreve Lucarocas, que chama a atenção para a existência de um par de chifres que fica praticamente abandonado. Sobre as iguarias, o poeta faz alusão ao queijo, à rapadura, ao caldo de feijão servido em cumbuquinhas de barro, à lingüiça na fritura, ao pirão, às frutas e verduras, sem esquecer a pinga com limão, a já muito comentada Medicinal. "Medicinal é receita que não se vende em bodega. É um coquetel totalmente natural. Ela é feita somente pra quem é muito colega, é como se fosse um pacto de amizade".

Amauri Didi trata a cultura como um verdadeiro vício. "Você se alimenta dela. Ela te puxa, ele te leva a rebuscá-la, por isso vejo como um vício, uma necessidade de se ter, sem esquecer que pode ser considerada uma profissão se vista do lado de uma política cultural".

FIQUE POR DENTRO
Içá é formiga que se come na zona norte do Estado

Içá ou tanajura é a formiga fêmea da saúva. No Ceará, também é chamada popularmente de formiga de asa ou formiga de roça. Em tupi-guarani, significa "formiga que se come". Ainda que a entomofagia (prática de alimentar-se com insetos) seja vista por muitos como um costume de gente primitiva, em diferentes partes do País esse alimento é considerado uma verdadeira iguaria. O consumo de içá tem origem em hábitos indígenas. O costume foi assimilado pelos colonizadores e hoje as formigas são consumidas em farofas ou ao natural. São torradas com água e sal, servindo de aperitivo, acompanhando bebidas fermentadas ou destiladas. Há, ainda, relatos de outros modos de preparar o alimento, como é o caso do prato composto por abdômens ovados de tanajuras com arroz e feijão, sendo aí a formiga utilizada como substituto da carne. A parte comestível é o abdômen da formiga, conhecida popularmente como a "bunda de tanajura". A preparação mais apreciada e relatada ensina que as formigas devem ser lavadas e fritas em sua própria gordura, manteiga, banha ou óleo, para ficarem crocantes, adicionando-se, então, pimenta do reino e sal. No Ceará, as tanajuras têm sido vendidas como afrodisíaco no comércio. Há, assim, uma relação da tanajura com o corpo idealizado da mulher: cintura fina e ancas largas.

WILSON GOMES
COLABORADOR

Mais informações
Bardega do Didi
Rua 12 de Agosto, cruzamento com Poeta Louro Menezes
De quarta a domingo, às 17h.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Regional - Fortaleza, 20 de setembro de 2009. http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=672557

sábado, 19 de setembro de 2009

Filme The Age of Stupid tem estréia mundial dia 21 de setembro

Por Editor em 19/09/2009

Filme The Age of Stupid tem estréia mundial dia 21 de setembro: Apresentado como um documentário futurista, a obra trata dos efeitos das mudanças climáticas no ano de 2055. Créditos: Divulgação

Acontece durante a Semana do Clima (21 a 26/09), em grande estilo, o lançamento do filme The Age of Stupid, um drama elaborado no formato de documentário que retrata um futuro próximo e sombrio. Dirigido por Franny Armstrong, o filme é narrado pelo ator Pete Postlethwaite, que interpreta um arquivista, no ano de 2055. O personagem é o principal fio condutor da trama que retrata as condições de vida na Terra em um futuro no qual os avisos sobre as mudanças climáticas foram ignorados.

Produzido com £ 450.000 (cerca de US$ 750 mil) levantadas por "multidão-financiamento" - venda de ações de indivíduos e grupos, The Age of Stupid, é uma obra completamente independente.

A première do filme sobre aquecimento global acontecerá em Nova Iorque, no dia 21 de setembro e terá exibição em diversos países ao mesmo tempo, seguido por transmissão ao vivo de um debate com Kofi Annan, ex-secretário-geral da ONU, com a participação da atriz Gillian Anderson (Arquivo X) e de cientistas e políticos. Após o debate, acontece o encerramento com o show do líder da banda Radiohead, Thom Yorke. A data marca a véspera da sessão da Assembléia Geral da ONU sobre o Clima, que acontece também em Nova Iorque.

No Brasil, o lançamento acontece dia 22 de setembro, com a exibição do filme em 13 salas de cinema (veja lista e horários abaixo). No total, o filme será exibido simultaneamente em mais de 500 salas de cinema em todo mundo.

ONDE ASSISTIR

Lançamento do filme The Age of Stupid nos cinemas brasileiros:

Belo Horizonte/MG
Espaço Unibanco Ponteio
Ponteio Lar Shopping - BR - 356, 2500
22/set – 19h00

Curitiba/PR
Unibanco Arteplex
Shopp. Crystal
Rua Comendador Araújo, 731
22/set – 19h00

Fortaleza/CE
Espaço Unibanco Dragão Do Mar
Rua Dragão do Mar, 41
22/set – 19h00

Juiz de Fora/MG
Espaço Alameda de Cinema
Alameda Shopping Rua Morais e Castro, 300
22/set – 19h00

Porto Alegre/RS
Unibanco Arteplex
Shopp. Bourbon - Rua Túlio de Rose, 80, 2.º piso - salão 301/B
22/set – 19h00

Rio de Janeiro

Unibanco Arteplex
Praia de Botafogo, 316
22/set – 19h00

Espaço Rio Design
Shopp. Rio Design Barra
Av. das Américas 7.777 - lojas 315 a 317
22/set – 19h00

Salvador/BA
Espaço Unibanco de Cinema Glauber Rocha
Praça Castro Alves s/n
22/set – 19h00

Santos/SP
Espaço Unibanco Miramar
Miramar Shopping - Av. Mal. Floriano Peixoto, 44
22/set – 19h00

São Paulo/SP

Cine Bombril
Av. Paulista, 2073 - Conjunto Nacional
22/set – 19h00

Unibanco Arteplex
Shopp. Frei Caneca
Rua Frei Caneca, 569, 3.º piso
22/set – 19h00

Espaço Unibanco de Cinema Pompéia
Bourbon Shopping
Rua Turiassu, 2100, piso Perdizes
22/set – 19h00

Cine TAM
MorumbiShopping
Av. Roque Petroni Jr, 1089
22/set – 19h00

O filme integra a rede de parceiros e iniciativas pela Campanha TicTacTicTac.


Saiba mais no site oficial http://www.ageofstupid.net/.




Andrea de Lima - Jornalista e Cilene Marcondes


Links referenciados:


Campanha TicTacTicTac: http://www.tictactictac.org.br/



The Age of Stupid: www.ageofstupid.net

Gillian Anderson: pt.wikipedia.org/wiki/Gillian_Anderson

Kofi Annan: pt.wikipedia.org/wiki/Kofi_Annan

Thom Yorke: pt.wikipedia.org/wiki/Thom_Yorke


Fonte: AGROSOFT Brasil

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

SÍTIO CALDEIRÃO - Romaria destacará temática ambientalista

Em sua décima edição, a Romaria do Caldeirão acontece no domingo, destacando temas de defesa ambiental

Confessionário da Capela de Santo Inácio de Loyola, no Sítio Caldeirão, é marco na memória do povoado (Foto: ANTÔNIO VICELMO)

Crato - A Diocese do Crato promove, no domingo, a 10ª Romaria do Caldeirão, destinada a preservar a memória da experiência comunitária do Sítio Caldeirão, liderada pelo beato José Lourenço, destruída por forças policiais em 1937. O evento tem na coordenação o Fórum Araripense de Combate à Desertificação, uma entidade formada por ambientalistas, associações comunitárias e representantes de prefeituras, que tem como objetivo promover o desenvolvimento sustentável.

O Caldeirão da Santa Cruz do Deserto, de acordo com o agente da Cáritas Diocesana, Alex Josberto Andrade Sampaio, "é um espaço ideal para os gritos e clamores das nossas comunidades de base, expressos na carta política, a ecoar no palco da resistência da comunidade liderada pelo beato José Lourenço".

A romaria será a caixa de ressonância dos assuntos debatidos, esta semana, no Fórum Araripense, quando foram analisados o empobrecimento da terra, a perda da biodiversidade e da identidade cultural, a situação da agricultura familiar, o processo de desertificação, convivência com o semi-árido e a questão indígena e quilombola da região do Cariri, além de oficinas temáticas de educação contextualizada, gênero, agroecologia e economia solidária.

Alex explica que, ao longo de seus 10 anos de caminhada, o Fórum Araripense, que se reúne na primeira terça-feira de cada mês, vem sendo reconhecido e respeitado pelos setores públicos e sociedade civil como espaço democrático e legítimo de debates e compromissos para a convivência com o semi-árido, apresentando soluções técnicas e políticas, reforçando consensos para reatar os laços de fraternidade social.

Outro ponto discutido pelo Fórum Araripense que será levado para reflexão durante a romaria é o mapeamento das comunidades de quilombolas no Cariri, promovido pelo Grupo de Valorização Negra do Cariri (Grunec). A iniciativa surgiu para acabar com o mito de que não existem negros nem indígenas na região. O Grunec já identificou cinco quilombos nos municípios de Porteiras, Jardim, Jati, Salitre e Várzea Alegre. Há informações do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) sobre a presença destas comunidades nos municípios de Crato, Brejo Santo e Aurora. Fontes informais apontam ainda a existência desses povos nos municípios de Assaré, Missão Velha, Mauriti e Potengi.

Segundo destaca o agente da Cáritas, ao visitar as regiões mais empobrecidas do Cariri, na zona rural e também nas periferias urbanas, é marcante a presença negra. Ele lamenta constatar que os índices de analfabetismo são maiores entre os negros e as oportunidades e salários são menores dependendo da cor da pele. "É a discriminação presente, ainda que, muitas vezes, esteja travestida".

O projeto, a partir do mapeamento, objetiva dar mais poder a essas comunidades, para que consigam, a partir do auto-reconhecimento, buscar meios de desenvolvimento com sustentabilidade, mitigando as desigualdades históricas

Sobre a romaria, Alex volta a destacar o objetivo do evento:lembrar a luta, a resistência e a caminhada de um povo que, de maneira ordeira, buscava a santificação por meio do trabalho agrícola, da oração e da penitência. Para o Caldeirão convergiam levas de romeiros vindos do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia, em busca de um pedaço de terra para plantar e viver. A comunidade rural auto-suficiente chegou a abrigar três mil pessoas, que não mais queriam trabalhar para os fazendeiros da região.

Celeiro agrícola

Os remanescentes lembram que ali funcionava engenho de rapadura, casa de farinha, tecelagem, carpintaria e oficina de ferreiro. Ao mesmo tempo em que crescia a fama do Caldeirão, transformado em celeiro agrícola do Cariri e santuário de oração do Nordeste, cresciam também as atenções das autoridades que viram no grupo social uma ameaça à ordem.

A invasão do Caldeirão ocorreu em 1936. Os seguidores do beato foram obrigados a abandonar a comunidade. Casas e plantações foram queimadas e saqueadas. Na oportunidade, não morreu ninguém. No ano seguinte, em cima da serra, a cerca de 20 quilômetros do Caldeirão, aconteceu o massacre, resultando na morte de mais de 800 seguidores do beato.

O remanescente da comunidade, Antônio Inácio da Silva, lembra que as tropas atacaram a população, destruindo casas e plantações. Os sertanejos resistiram ao ataque mas perderam no confronto. O beato José Lourenço conseguiu escapar e refugiou-se em Pernambuco, onde morreu em 1946.

REIVINDICAÇÕES

"A Romaria será a caixa de ressonância das reivindicações populares feitas no Fórum Araripense"
Alex Josberto Andrade
Agente da Cáritas Diocesana


FIQUE POR DENTRO

Beato foi um dos principais devotos de Padre Cícero

O beato José Lourenço foi um dos mais importantes seguidores de Padre Cícero. Em uma terra doada pelo religioso caririense quando ainda vivo, José Lourenço, movido por suas crenças religiosas, fundou a Comunidade do Caldeirão. Organizada em moldes socialistas, o povoamento logo atraiu contra si o ódio de todas as forças conservadoras do Nordeste. Era considerada perigosa pelos grandes proprietários de terra e pelo clero do Cariri. Deixava os fazendeiros sem a mão-de-obra barata e podia significar, na grotesca visão dos poderosos, um embrião do comunismo. No cotidiano das famílias seguidoras do beato imperava a solidariedade, uma vez que todos trabalhavam em proveito da coletividade. Plantavam e se lamentavam com os frutos da colheita.

Mais informações
Cáritas Diocesana
Rua Teófilo Siqueira, 631
Crato, (88) 3521. 8046

ANTÔNIO VICELMO
REPÓRTER

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Regional - Fortaleza, 18 de setembro de 2009.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=671907

22 de setembro - dia mundial sem carro

Olá amigos!

Segue um convite enviado por nosso amigo Arthur Petrola, para aderirmos ao movimento do dia 22 de setembro.

O dia mundial sem carro não é só "aposentar" o carro por um dia e ir de ônibus pra qualquer lugar, mas antes de mais nada uma reflexão sobre sustentabilidade. Sobre a cena caótica do cenário urbano mundial e aqui em Fortaleza, nesse trânsito doido que faz com que a gente chegue em casa mais cansado, mais estressado e sem saco pra nada...

Ficou Curioso? Quer saber O que é o Dia Mundial Sem Carro? http://mountainbikebh.com.br/22setembro/

Então, quem puder pegar carona, pegue, quem puder dar carona, dê... Só não vale ficar parado, trancado e sozinho dentro de um carro! =D

Quem não tem carro, quem já anda de ônibus e etc, ajuda informando a quem tem carro e ainda não sabe sobre isso...

Se a gente espalha boato sobre mega-sena, sobre computadores de graça, sobre crianças desaparecidas, o que custa espalhar algo que pode ser viável?! Né?! E se custar espalhar, pelo menos pense, durante 5 minutos, em como é que vai ser daqui pra frente se a gente não "desacelerar"...

Sites que discutem este assunto:
- www.envolverde.ig.com.br
- www.silcon.com.br
- www.cidades.gov.br
- www.ruaviva.org.br
- www.nossasaopaulo.org.br
- http://lerha.blogspot.com

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

SESC LER - Projeto conquista premiação nacional

Sertão de Quixeramobim - CE. Foto: Suely Chacon


Quixeramobim - CE. A equipe do Centro Educacional Sesc Ler Quixeramobim participa, hoje, em Belém do Pará, da mais importante conquista para a instituição, dedicada à educação de jovens e adultos. Eles recebem a Medalha Paulo Freire, outorgada pelo Ministério da Educação (MEC) a educadores brasileiros que desenvolvem projetos inovadores. A solenidade ocorre no XI Encontro Nacional de Educação de Jovens e Adultos. Os educadores de Quixeramobim serão os primeiros do Ceará agraciados com o título. Os outros Estados são: Amazonas, Minas Gerais e Rio de Janeiro.

A orientadora pedagógica do Sesc Ler Quixeramobim, Leni Oliveira, compartilha entusiasmada o prêmio. O projeto apresentado por eles concorreu com mais de 200 propostas, de todas as partes do Brasil. Ganhou projeção através do processo diferenciado de exibição de películas cinematográficas. Eles resolveram inovar as sessões do Cine Sesc, estimulando o público a interagir com os enredos. Ficou mais fácil, por exemplo, entender como se mede a área quadrada de um lugar.

Se os idealizadores do projeto estão empolgados com os resultados e o reconhecimento nacional da iniciativa, os espectadores e familiares dos educandos que participam do projeto não cabem em si de contentamento. A dona-de-casa Maria Lúcia Sampaio resolveu acompanhar o filho Bruno. Não confia no comportamento do caçula quando vai aos passeios. Acabou assistindo ao filme "Narradores de Javé" todinho. Ficou muito interessada. Estava ali diante de uma história parecida com a da sua comunidade, a localidade de Encantado. Depois da sessão, aprendeu a solucionar as diferenças com os vizinhos. O projeto mostra que, com empenho, um bom diálogo e filme de qualidade, é possível muito mais do que contar uma boa história.

O projeto Cine Sesc foi implantado em 2001. O programa tem como foco a linguagem audiovisual, interligando o cinema aos conteúdos curriculares vistos em sala de aula, sendo seu público alvo estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da alfabetização ao 1° e 2° segmentos de ensino. A proposta se estende às escolas, públicas e particulares, como também à comunidade em geral.

Para participar, basta agendar ou comparecer ao centro de ensino de Quixeramobim. As sessões de cinema acontecem toda semana. Ontem, alunos da Escola Luíza Távora tiveram essa oportunidade. Mais uma vez o salão lotou, de admiração e sabedoria com que as sombras móveis podem transmitir.

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Regional - Fortaleza, 17 de setembro de 2009
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=671631

Chagas de São Francisco são comemoradas hoje

Ao ver Cristo como anjo, São Francisco recebe as chagas nas mãos e nos pés. A partir daí, inicia a sua missão de evangelização


Frei Marconi Lins, ministro provincial, destaca a participação dos devotos - Encenação da Pastoral da Juventude exibirá cenas do momento em que São Francisco recebe as chagas no corpo

Canindé-CE - A Paróquia de São Francisco de Canindé comemora, hoje, as chagas de São Francisco. A Igreja Católica relembra a data porque nesse mesmo dia, em 1224, aconteceu o fenômeno religioso em que São Francisco recebeu suas chagas nas mãos e nos pés. Ele estava rezando no Monte Alverne, na Itália, quando teve a visão do Cristo Crucificado, em forma de um "Serafim Alado" (um anjo com asas). No encontro místico, ouviu de Cristo as palavras: "Francisco, vai e reconstrói a minha casa que está em ruínas". Desde aquele momento, o jovem dedicou-se a cumprir sua missão, renunciando riquezas.

Um depoimento do ministro provincial, frei Marconi Lins, chama a atenção dos devotos. "Muitas pessoas, às vezes, perguntam se São Francisco de Canindé é o mesmo de Assis, na Itália, e também o porquê do nome Chagas. Na verdade, São Francisco de Assis e das Chagas de Canindé é um só: de Assis, porque era sua terra natal, das Chagas por causa dos estigmas de Jesus Cristo que o santo recebeu por meio da transfiguração; e de Canindé, devido ao culto, à fé que os devotos retratam no Santuário´´.

Comemoração

Este ano, a Paróquia de Canindé comemora 192 anos de fundação, além de 352 anos da Comunidade da Província Franciscana no Brasil, 251 anos das origens da devoção a São Francisco e 800 anos da Ordem Franciscana no Mundo. Para frei João Amilton dos Santos, "mais que desvendar o caráter histórico das chagas de São Francisco, é importante refletir sobre a experiência de vida que se esconde sobre esse fato".

De acordo com o coordenador de Liturgia, Silvânio Bezerra, as festividades de hoje começam às 18h com encenação das chagas de São Francisco pela Pastoral da Juventude, na Praça da Gruta de Nossa Senhora de Lourdes. Logo em seguida, o ministro provincial, frei Marconi Lins, celebra a santa missa por meio da rádio "Paz e Bem´´, que irá fornecer informações diárias do santuário.

Na opinião de frei Jean de Sousa, as chagas de São Francisco é uma visão do Cristo Crucifixado em forma de "Serafim alado". São sinais visíveis de sua semelhança à humanidade de Cristo, nos seus três modos: na vida, paixão e na ressurreição.

Desde ontem, a cidade concentra um grande número de fiéis vindos de Tocantins, Maranhão, Piauí, Sergipe e Alagoas, que aproveitam esse período para reverenciarem o santo dos milagres. A estimativa da Igreja é que 50 mil pessoas participem da festa de hoje.

Abrigos

Os abrigos estão com seus espaços ocupados. Os romeiros chegam em grande escala. O comércio já sente o aquecimento das vendas. "Estar em Canindé é estar em paz com a própria alma. Aqui a religiosidade transforma a nossa vida cristã´´, ressalta o romeiro Franciné Moreira da Silva de Tocantins.

Festejos

A Festa de São Francisco das Chagas começa na madrugada do próximo dia 24 de setembro e termina no dia 4 de outubro. Para a Igreja Católica, a data representa um momento de reflexão entre os povos. "Hoje, Canindé está de braços abertos para receber o povo de Deus. Os filhos de Francisco dão, a cada ano, demonstrações de fé e espiritualidade", observa o pároco.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo, Plínio Gomes, em parceria com a Paróquia, irá disponibilizar os servidores para o trabalho de orientação nas ruas e entradas da cidade. "O romeiro que chegar em Canindé precisa ser bem tratado. Ele é devoto de São Francisco desde o momento em que deixa a sua residência para vir ao santuário. Por isso, estamos prontos para atendê-lo´´, disse Plínio Gomes.

Mais informações
Paróquia de São Francisco
(85) 3343. 0774 / 3343.-0017
(85) 3343. 0047
http://www.paroquiadecaninde.com.br/


Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Regional - Fortaleza, 17 de setembro de 2009
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=671629

Seminário Mudanças Climáticas e Desertificação no Ceará

Comissão de Mudanças Climáticas do Congresso fará seminário no Ceará




A Comissão Mista de Mudanças Climáticas do Congresso aprovou requerimento de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE) para realização do seminário “Mudanças Climáticas e Desertificação no Ceará”. O objetivo da proposta, de acordo com o parlamentar, é debater práticas sustentáveis de plantio, cultivo e agropecuária da terra para evitar a deteriorização do solo nordestino. O evento está previsto para o dia 24 de setembro, na Assembléia Legislativa do Estado do Ceará.

“A questão da desertificação é algo grave, que interfere na sustentabilidade ambiental do País. A comissão não pode olhar somente para os problemas da região amazônica. Temos que debater os gargalos da preservação ambiental do Brasil como um todo”, justificou Guimarães.

Deverão participar do evento a senadora Ideli Salvatti, presidente da Comissão, e especialistas convidados para expor sobre a questão. O seminário será dividido em dois painéis. O primeiro, com o tema "desertificação – diagnóstico e perspectivas frente às mudanças climáticas", terá como expositores o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Egon Krakhecke, e a professora da Universidade Federal do Ceará, Marta Celina.

Para o segundo painel, com o tema "produzir sem degradar – desafios para o semi-árido: experiências exitosas", serão convidados o secretário de Desenvolvimento Agrário do Estado do Ceará, Camilo Santana, o superintendente do ETENE/BNB, José Sydrião de Alencar Júnior, e a Coordenadora do Grupo ASA (Ações para o Semi-Árido), Cristina Nascimento. Após os dois painéis, haverá outras duas mesas de debates para discutir o Plano estratégico para os recursos hídricos do Estado do Ceará. Serão convidados o presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), Francisco José Coelho Teixeira, e o presidente do Conselho de Altos Estudos e Assuntos Estratégicos da Assembleia Legislativa do Ceará, Eudoro Santana.

A segunda mesa de debates discutirá os mecanismos de incentivo à sustentabilidade. Para o tema serão convidados a presidente do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente (Conpam), Maria Tereza Bezerra Sales, e a presidente da Associação dos Municípios e Prefeitos do Estado do Ceará (Aprece), Eliene Leite Araújo Brasileiro.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social - Dep. Guimarães - PT Ceará

Indicações Geográficas e Marcas Coletivas são temas de Seminário na Paraíba


Será realizado, nos próximos dias 02 e 03 de outubro, em João Pessoa (PB), o I Seminário sobre Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, com o tema “Instrumentos para o desenvolvimento de cadeias produtivas da Paraíba”. O evento é uma realização do Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCT), em parceria com o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Superintendência Federal de Agricultura Pecuária e Abastecimento Estado da Paraíba (SFA/PB) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).

O Seminário é destinado a produtores rurais, representantes dos governos federal, estadual e municipal, lideranças, técnicos, associações e cooperativas, pesquisadores, estudantes de graduação e pós-graduação, professores, e demais atores das cadeias produtivas. Na ocasião será
estabelecido um plano de ação para a criação de um fórum institucional e pluridisciplinar, visando à construção de bases para o desenvolvimento de cadeias produtivas da Paraíba, com foco em indicações geográficas (IGs) e marcas coletivas.

O coordenador do evento, o pesquisador do INSA, Gustavo Henrique Teixeira, explica que com a globalização dos mercados, a padronização de produtos e serviços vem ocorrendo em praticamente todo mundo e muitos consumidores têm tido preferência por bens e serviços que valorizam a cultura, a tradição e sua forma de produção.

“A finalidade dessa ação é justamente explorar o potencial do Estado, para o reconhecimento de produtos como o arroz vermelho do Vale do Piancó e o algodão colorido do Seridó, dentre outros. No âmbito dos produtores, esta diferenciação, a partir de sua valorização pelo mercado, demanda uma proteção adicional, evitando-se que suas características sejam copiadas de forma ilegal, seja no contexto do comércio nacional ou internacional” – especifica Gustavo.

O I Seminário sobre Indicações Geográficas e Marcas Coletivas também tem apoio do Banco do Nordeste (BNB), Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) Algodão, Fundação Parque Tecnológico da Paraíba (PaqTcPB), Secretaria de Agricultura do Estado da Paraíba (SEDAP/G.E.P.A), Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (FAEPA) e Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR).

O evento acontecerá na sala 06 do Espaço Cultural, dentro da Feira do Empreendedor do SEBRAE.

Mais informações podem ser obtidas por meio dos telefones: (83) 2101-6400 ou 2101-6413, ou na página www.feiradoempreendedorpb.com.br


Informações repassadas por:

Aline Guedes
Assessoria de Comunicação
Instituto Nacional do Semiárido (INSA/MCT)
Edifício da Associação Comercial e Empresarial
Av. Floriano Peixoto, 715 – 2º andar Centro
CEP: 58.400-165 Campina Grande/PB
Telefone:(55 83) 2101-6409
Fax:(55 83) 2101-6403
Celular: (55 83) 8738-6208
Site: www.insa.gov.br
E-mail: aline@insa.gov.br

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

ECO-ECONOMIA - Princípio Preservador-Pagador no Baixo Sul da Bahia

Eduardo Athayde
16/09/2009 - 11:24:07

O Estado do Mundo 2009, relatório do Worldwatch Institute (WWI), mostra que ao inverter a curva de crescimento de emissões de gases de efeito estufa até 2020, a economia criará mercados globais da ordem de US$ 2,5 trilhões por ano em produtos e serviços de baixo carbono, informação estratégica para projetos de valoração de ativos ambientais onde a preservação, uma imperiosa necessidade, é usada como base para construção do PIBS (Produto Interno Bruto Sustentável).

Os novos fundamentos eco-econômicos mudam os lugares onde a riqueza é criada afetando formas de trabalho e investimentos. Pagar para preservar é uma nova tendência que influencia empresas e governos. A visão de Corredores Ecológicos, assim batizados pela noção ultrapassada da possibilidade da preservação pela intocabilidade, migra para o paradigma de “Corredores Eco-Econômicos”, reinterpretada pelo principio integrador do preservador-pagador, gerador riquezas, onde a preservação é entendida também como lastro para os econegócios. Quanto pode valer, por exemplo, os princípios ativos da Mata Atlântica num mundo onde o mercado de plantas medicinais movimenta uma economia de 45 bilhões de dólares (igual ao PIB da Bahia) e cresce 20% ao ano?

Sintonizados na visão da eco-economia projetos são monitorados pela ONU ao redor do mundo. Na Bahia, a Associação Guardiã da Área de Proteção Ambiental do Pratigi (AGIR), no Baixo Sul, desenvolve projeto piloto acompanhado pela Divisão das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Questões Sociais (UNDESA), tendo como linha mestra o princípio do preservador-pagador. Dados atualizados, sistematizados em anuário estatístico da AGIR, produzido em parceria com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), orientam planos de ação onde a educação coletiva é pilar para ajudar a população local migrar da ignorância passiva para a inteligência da sustentabilidade, promovendo o lucro social, econômico e ecológico de forma integrada. Exemplo a ser seguido pelas unidades de conservação no Brasil.

Eduardo Athayde é diretor do WWI-Worldwatch Institute. Email: Eduardo@uma.org.br

Fonte: Mercado Ético
http://mercadoetico.terra.com.br/arquivo/preservador-pagador-no-baixo-sul-da-bahia/?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=mercado-etico-hoje

JUAZEIRO DO NORTE - Emoção na despedida à Mãe das Dores

NA BASÍLICA, um dos pontos altos da festa em homenagem à Nossa Senhora das Dores: a despedida dos romeiros (Foto: Alex Costa)


Município se prepara, agora, para a próxima romaria, que acontece de 29 de outubro a 2 de novembro

Juazeiro do Norte. Mais de cem mil fiéis, devotos da Mãe das Dores, acompanharam o encerramento - procissão seguida de celebração eucarística - da festa em homenagem à padroeira do município, no fim da noite de ontem, na Praça dos Romeiros. A estimativa é da própria Igreja. Foram 17 dias de programação. Mas, mesmo com a perspectiva de ter recebido em Juazeiro, até ontem, pelo menos 400 mil romeiros, o número esteve abaixo da expectativa.

Durante a tradicional despedida do romeiro, ao meio-dia, o bispo dom Fernando Panico divulgou, na Basílica os números referentes aos romeiros. Só eles correspondem a cerca de 10% do computo geral dos fiéis. Participaram da romaria, pelo menos, 240 mil romeiros. O Estado de Alagoas com o maior número de participantes, seguido de Pernambuco e, depois, de outras cidades do Ceará.

Padre Paulo Lemos associa o menor número de romeiros à Influenza A (H1N1), citando, inclusive, recomendações feitas aos fiéis de Alagoas pela Igreja, para evitarem o abraço da paz. "Isso acaba amedrontando um pouco as pessoas". Outro ponto é por não se tratar de ano político. Ano passado, no dia 15, o Santuário de Nossa Senhora das Dores passou a ser Basílica.

O ponto alto da festa é a procissão e a despedida dos romeiros. A emoção da partida leva uma multidão às lágrimas. A Igreja fica lotada ao meio-dia. Os fiéis disputam um lugar dentro e erguem seus bens no momento da bênção. São imagens, flores, terços e até roupas. Com a fé de retornar a Juazeiro com a irmã, o momento da despedida é sempre cheio de emoção para a aposentada Quitéria Santos de Melo, de Alagoas. Ela afirma que todos os anos faz questão de estar presente na romaria e no próximo, não vai ser diferente.

A romaria de Nossa Senhora das Dores abre o calendário do semestre. A próxima acontece no mês de novembro, começando no dia 29 de outubro. É a maior romaria, com mais de 500 mil romeiros, a maioria de Pernambuco. A expectativa é que, este ano, haja uma participação ainda maior, por conta da comemoração dos 40 anos da estátua do Padre Cícero, que faz aniversário no Dia dos Romeiros, 1º de novembro.

Ocorrências

Este ano, foram registradas duas mortes durante a romaria, mas por causa natural, segundo o secretário de Turismo e Romaria, José Carlos dos Santos. Um homem, de 76 anos, e uma adolescente, de 12 anos, que chegou a Juazeiro já doente.

Na próxima semana, haverá uma avaliação da romaria com todos os segmentos envolvidos do poder público. Uma das reclamações dos romeiros, este ano, foram os preços dos ranchos e pousadas. Nesse ponto, conforme José Carlos, é necessário se trabalhar mais.

ENQUETE
Como você se sente neste último momento?

Maria José dos Santos - 62 ANOS - Aposentada

"A vinda a Juazeiro do Norte é sempre um motivo de alegria para mim. A despedida já deixa muita saudade"

Quitéria Santos Melo - 62 ANOS - Dona-de-casa

"É uma bênção estar aqui com a minha família. Continuo fazendo o caminho que a minha avó fez, seguindo uma tradição"

ELISÂNGELA SANTOS
REPÓRTER

Fonte: Jornal Diário do Nordeste - Caderno Cidades - Fortaleza, 16 de setembro de 2009.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=671482

Piauí pede carros-pipa para o governo federal contra seca em mais de um terço dos municípios

Yala Sena
Especial para o UOL Notícias
16/09/2009 - 14h24
Em Teresina - Sem chuvas há quatro meses e com perdas agrícolas que chegam a 50%, a Defesa Civil do Piauí solicitou ao Ministério da Integração Nacional o envio imediato de carros-pipa para abastecer 76 cidades piauienses que enfrentam a seca - pouco mais de um terço dos municípios do Estado.




Famílias sem água no Piauí

O Piauí, que tem 224 municípios, teve uma das piores enchentes até maio - com mais 70mil atingidos. Agora, o governo corre contra o tempo para socorrer as famílias que estão sem água até para o consumo.

O secretário Estadual de Defesa Civil, Fernando Monteiro, afirmou que a medida é para antecipar o socorro às vítimas. Segundo ele, o Exército já autorizou operação de ajuda em 58 municípios dos 76 solicitados e começará a distribuir água a partir da próxima semana. Oficialmente, apenas 20 prefeitos decretaram situação de emergência.

"Pedimos que o prefeito decrete situação de emergência o mais rápido possível para não ser prejudicado no atendimento", recomendou o secretário. De acordo com o órgão, mais de 600 famílias sofrem com a escassez de água no Estado.

O coordenador de carros-pipas da Defesa Civil, Abílio Sousa Vieira, informou que as regiões mais afetadas são as do semi-árido que estão há quatro meses sem chuvas.

"Inicialmente encaminhamos a Brasília [pedido de ajuda para] 58 municípios que precisam de carros-pipas e ontem enviamos mais 18 [pedidos de ajuda para] cidades que estão com os reservatórios secos, sem água até nas cisternas e precisando urgentemente de abastecimento de água", disse Abílio Vieira, informando que a operação carros-pipas no Piauí será coordenada pelo Exército.

A Fetag (Federação dos Trabalhadores da Agricultura) discorda do número da Defesa Civil sobre os municípios em situação de emergência. Para a entidade, 110 cidades estão enfrentando a seca.

Segundo o secretário de Política Agrícola da Fetag, Manoel Simão Reinaldo Gomes, existem famílias que estão racionando água no interior do Estado. "Moradores estão caminhando de 3 km a 4 km para conseguir água para beber e racionando o consumo", disse Gomes.

Ele revela que os trabalhadores estão sendo obrigados a pagar de R$ 50 até R$ 100,00 por 9.000 litros de água para ratear na comunidade.

Para o meteorologista Mainar Medeiros, da Gerência de Hidrometeorologia da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), a previsão é que somente a partir do dia 15 de outubro haverá chuva nas regiões de São Raimundo Nonato, São João, Uruçui, Bom Jesus e Corrente. Devido a um problema técnico, a Semar não estava divulgando os índices pluviométricos.

Água suja

A trabalhadora rural, Ozenália Teresa da Silva, da cidade de Queimada Nova, extremo sul do Estado, informou que 100% da população consome água de barreiros e açudes. "A situação ficará mais crítica a partir de agora porque as águas baixam com a falta de chuvas. É ruim porque a água fica barrenta, com mal gosto e salobra", disse a trabalhadora. Na cidade, mais de 1.500 pessoas moram na zona urbana.

Em Queimada Nova, o tonel de água com 200 litros custa em média de R$ 1,50 a R$ 2,00 e abastece um dia na casa de uma família.

Em Acauã (463 km de Teresina), os moradores estão consumindo água das cisternas. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Acauã, Pedro Cristino Paixão, disse que o armazenamento de água das chuvas é "uma benção" para as famílias. "Se não fosse às cisternas não sei o que seria de muitas famílias", disse Pedro Paixão.

Fonte: UOL Notícias
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/09/16/ult5772u5377.jhtm

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Ministro de Ciência e Tecnologia abre fórum sobre o semiárido, em Moreno (PE)

Crédito: Maria Lúcia Muniz
14/09/2009 - 12:50

O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, abriu, na manhã de hoje (14), em Moreno (PE), na Região Metropolitana do Recife, o 3º Fórum do Programa Comunidades Semiárido. Por quatro dias, cerca de 250 representantes de comunidades do Nordeste debatem sobre organização comunitária, educação e cidadania, geração de trabalho e renda e convivência no semiárido. O encontro é promovido pelo Rede Nacional de Mobilização Social (Coep).

Rezende ressaltou a dimensão que o Programa tem alcançado no Nordeste. “Ele conseguiu incorporar as universidades e, no momento em que isso ocorreu, foi possível ter a ciência e tecnologia chegando mais próxima do desenvolvimento social”, afirmou.

Ele sugeriu que as atuais comunidades engajadas no programa indiquem outras comunidades para integrar suas ações, de maneira a ampliá-lo ainda mais. Também indicou o Instituto Nacional do Semiárido (Insa), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), como parceiro importante para o Coep. “O Insa olha o Nordeste como um todo, une as diversas entidades da região para que atuem de forma articulada e pode cada vez mais dar suporte ao programa”, observou.

Participam do fórum comunidades do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Em comunidades desses estados, a rede Coep desenvolve ações nas áreas de caprinocultura, algodão, mamona e de implantação de telecentros, cisternas, barragens, viveiros e bibliotecas comunitárias.

“Temos estratégias bem definidas que vão desde a geração do trabalho e renda até a organização comunitária e estratégias de convivência como o semiárido”, disse o presidente do Coep, André Spitz. “Queremos ser um projeto de referência em relação aos objetivos do milênio”.

Segundo ele, o fórum objetiva fortalecer as capacidades das comunidades, estabelecer um canal de troca de saberes e experiências entre elas e aumentar a capacidade das comunidades de conexão e diálogo com o poder público.

Experiências sobre a atuação do Coep foram relatadas pelos participantes do fórum. Ana Maria Marques da Silva, da Comunidade do Uruçu, no município de Gurinhém (PB), contou que o Coep começou a atuar na comunidade em 2006. “Formamos um comitê mobilizador com a presença de jovens, agricultores, mulheres, e demos um salto para o desenvolvimento, participando de cursos, oficinas e tudo isso foi ainda mais impulsionado com a instalação de um telecentro”.

As atividades na comunidade, destacou Ana Maria, evoluíram e passaram a abranger outras ações como a recuperação das nascentes da região e o turismo rural. Também foram criados núcleos de artesanato, para geração de trabalho e renda.

O Projeto Comunidades do Semiárido, do Coep, nasceu em 1999, com a criação de um grupo de trabalho para estudar modos de enfrentamento da seca na região do semiárido, no Nordeste. As primeiras ações foram desenvolvidas no Assentamento Margarida Maria Alves, na Paraíba. Hoje, são 46 comunidades em 43 municípios de sete estados.

O Coep foi criado em 1993, no âmbito da mobilização social contra a fome e a miséria liderada pelo sociólogo Herbert de Souza – Betinho. A iniciativa resultou em uma Rede de Mobilização Social de Organizações do Brasil. A Rede de Comunidades Coep envolve, hoje, diretamente, mais de 100 comunidades em todos os estados. Indiretamente, por meio de suas associadas, o Coep atua em mais de mil comunidades.

Participaram da abertura do fórum o presidente do Insa, Roberto Germano, e representantes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), Prefeitura de Moreno, Centrais Elétricas do São Francisco (Chesf), Eletrobrás, Bando do Nordeste, do Projeto Universidades Cidadãs, e a deputada federal Ana Arraes (PE).

Mais informações sobre o Coep estão no site www.coepbrasil.org.br

sábado, 12 de setembro de 2009

Blog do Semiárido fica entre os Top 3 na categoria Sustentabilidade do Prêmio TOP BLOG Brasil


Olá amigos!

Depois da indicação para o Prêmio Top Blog Brasil na categoria Sustentabilidade, e de ficarmos entre os Top 100, o nosso Blog do Semiárido ficou classificado entre os Top 3 da categoria!

Logramos a posição no Júri Popular na Categoria Sustentabilidade - Blogs Pessoais, em uma votação que ocorreu entre mais de 200 Blogs de todo o Brasil. Este resultado é extremamente recompensador, pois a premiação significa um passo a mais para alcançar nosso objetivo: promover a discussão sobre o território do Semiárido brasileiro.

Hoje, dia 12 de setembro, ocorrerá a cerimônia de premiação em São Paulo. Infelizmente não estaremos presentes, mas o feito já está registrado. A premiação do Top Blog será transmitida ao vivo pelo Twitter: http://twitter.com/premiotopblog. Por este canal vocês poderão acompanhar o prêmio em tempo real e conferir todos os acontecimentos do evento.

Aproveito para agradecer a todos que votaram e aos leitores e colaboradores desse espaço de reflexão! Continuemos nossos diálogos e nossa luta para valorizar nosso Semiárido!

Abração a todos!

Suely

domingo, 6 de setembro de 2009

De volta da Argentina

Amigos,

Depois de algum tempo fora do ar, estamos de volta.

Eu e um grupo de alunos do Curso de Administração da UFC Cariri estivemos na Argentina participando do XXVII Encontro da ALAS (Associação Latino Americana de Sociologia). Fiquei muito orgulhosa e até emocionada de ver “meus meninos e meninas” estreando no mundo dos Congressos Internacionais.

O Encontro da ALAS é um dos eventos mais tradicionais da área na América Latina, e reuniu em Buenos Aires mais de 4.000 pesquisadores de todos os países da América do Sul, América Central e ainda alguns pesquisadores do Canadá e E.U.A.

Foi um período de muita aprendizagem e bons contatos, além de belos passeios, claro!

Abaixo listo o nome dos trabalhos apresentados pela UFC-Cariri e algumas fotos da viagem.

Abraço!
Suely

XXVII Congreso ALAS – Buenos Aires, 31 de agosto a 4 de setembro de 2009 – Facultad de Ciencias Sociales – Universidad de Buenos Aires – UBA.

Temática: LATINO AMÉRICA INTERROGADA:
- Depredación de recursos naturales y conflicto ecológico
- Ciudadanía y democracia participativa
- Nuevos escenarios productivos en América Latina
- Construcción de conocimiento

Ponencias apresentadas:

Suely Salgueiro Chacon (suelychacon@ufc.br) e Francisco Correia de Oliveira (oliveira@ufc.br) - USO DE NOVAS TECNOLOGIAS PARA A PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL SUSTENTÁVEL: EXPERIÊNCIAS BEM SUCEDIDAS NA GESTÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NO NORDESTE DO BRASIL

Ives Romero Tavares do Nascimento (ivestavares@gmail.com) e Suely Salgueiro Chacon - POLÍTICAS PÚBLICAS DE DESENVOLVIMENTO COMO FERRAMENTAS DE PROMOÇÃO DA CIDADANIA: O CASO DO CARIRI CEARENSE

Francisco Arrais Nascimento (juniorarrais@yahoo.com.br) e Suely Salgueiro Chacon - O SEGUNDO ARMÁRIO: ANÁLISE DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ENTRE CASAIS HOMOSSEXUAIS

Mateus Ferreira (Mateus5588ferreira@hotmail.com) e Jorgilania Lopes Brito (jorgilania@hotmail.com) - IMPACTOS E PERSPECTIVAS DA CRISE FINANCEIRA MUNDIAL NO TERCEIRO SETOR NO BRASIL

Linara Ferreira Porto (linaraporto@yahoo.com.br) - O IMPACTO AMBIENTAL DOS RESÍDUOS GERADOS PELA PRODUÇÃO DE CALÇADOS: UM ESTUDO DE CASO NO APL COURO-CALÇADISTA DO CARIRI CEARENSE.

Sarah Maria da Silva Gonçalves (sarahmgoncalves@gmail.com) – PLURALISMO JURÍDICO VERSUS MONISMO JURÍDICO: AS ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL ENQUANTO UNIDADES GERADORAS DE DIREITO.


Jardim Botânico de Buenos Aires


Puerto Madero - Muito Frio!!

St. Isidro - viagem de trem

Chegada no Aeroporto de Buenos Aires

Turma reunida no café da manhã no Hotel

Eu minha turminha! (Falta o Mateus) - Lobby do Hotel