Crédito: Maria Lúcia Muniz
14/09/2009 - 12:50
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, abriu, na manhã de hoje (14), em Moreno (PE), na Região Metropolitana do Recife, o 3º Fórum do Programa Comunidades Semiárido. Por quatro dias, cerca de 250 representantes de comunidades do Nordeste debatem sobre organização comunitária, educação e cidadania, geração de trabalho e renda e convivência no semiárido. O encontro é promovido pelo Rede Nacional de Mobilização Social (Coep).
Rezende ressaltou a dimensão que o Programa tem alcançado no Nordeste. “Ele conseguiu incorporar as universidades e, no momento em que isso ocorreu, foi possível ter a ciência e tecnologia chegando mais próxima do desenvolvimento social”, afirmou.
Ele sugeriu que as atuais comunidades engajadas no programa indiquem outras comunidades para integrar suas ações, de maneira a ampliá-lo ainda mais. Também indicou o Instituto Nacional do Semiárido (Insa), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), como parceiro importante para o Coep. “O Insa olha o Nordeste como um todo, une as diversas entidades da região para que atuem de forma articulada e pode cada vez mais dar suporte ao programa”, observou.
Participam do fórum comunidades do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Em comunidades desses estados, a rede Coep desenvolve ações nas áreas de caprinocultura, algodão, mamona e de implantação de telecentros, cisternas, barragens, viveiros e bibliotecas comunitárias.
“Temos estratégias bem definidas que vão desde a geração do trabalho e renda até a organização comunitária e estratégias de convivência como o semiárido”, disse o presidente do Coep, André Spitz. “Queremos ser um projeto de referência em relação aos objetivos do milênio”.
Segundo ele, o fórum objetiva fortalecer as capacidades das comunidades, estabelecer um canal de troca de saberes e experiências entre elas e aumentar a capacidade das comunidades de conexão e diálogo com o poder público.
Experiências sobre a atuação do Coep foram relatadas pelos participantes do fórum. Ana Maria Marques da Silva, da Comunidade do Uruçu, no município de Gurinhém (PB), contou que o Coep começou a atuar na comunidade em 2006. “Formamos um comitê mobilizador com a presença de jovens, agricultores, mulheres, e demos um salto para o desenvolvimento, participando de cursos, oficinas e tudo isso foi ainda mais impulsionado com a instalação de um telecentro”.
As atividades na comunidade, destacou Ana Maria, evoluíram e passaram a abranger outras ações como a recuperação das nascentes da região e o turismo rural. Também foram criados núcleos de artesanato, para geração de trabalho e renda.
O Projeto Comunidades do Semiárido, do Coep, nasceu em 1999, com a criação de um grupo de trabalho para estudar modos de enfrentamento da seca na região do semiárido, no Nordeste. As primeiras ações foram desenvolvidas no Assentamento Margarida Maria Alves, na Paraíba. Hoje, são 46 comunidades em 43 municípios de sete estados.
O Coep foi criado em 1993, no âmbito da mobilização social contra a fome e a miséria liderada pelo sociólogo Herbert de Souza – Betinho. A iniciativa resultou em uma Rede de Mobilização Social de Organizações do Brasil. A Rede de Comunidades Coep envolve, hoje, diretamente, mais de 100 comunidades em todos os estados. Indiretamente, por meio de suas associadas, o Coep atua em mais de mil comunidades.
Participaram da abertura do fórum o presidente do Insa, Roberto Germano, e representantes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), Prefeitura de Moreno, Centrais Elétricas do São Francisco (Chesf), Eletrobrás, Bando do Nordeste, do Projeto Universidades Cidadãs, e a deputada federal Ana Arraes (PE).
Mais informações sobre o Coep estão no site www.coepbrasil.org.br
14/09/2009 - 12:50
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, abriu, na manhã de hoje (14), em Moreno (PE), na Região Metropolitana do Recife, o 3º Fórum do Programa Comunidades Semiárido. Por quatro dias, cerca de 250 representantes de comunidades do Nordeste debatem sobre organização comunitária, educação e cidadania, geração de trabalho e renda e convivência no semiárido. O encontro é promovido pelo Rede Nacional de Mobilização Social (Coep).
Rezende ressaltou a dimensão que o Programa tem alcançado no Nordeste. “Ele conseguiu incorporar as universidades e, no momento em que isso ocorreu, foi possível ter a ciência e tecnologia chegando mais próxima do desenvolvimento social”, afirmou.
Ele sugeriu que as atuais comunidades engajadas no programa indiquem outras comunidades para integrar suas ações, de maneira a ampliá-lo ainda mais. Também indicou o Instituto Nacional do Semiárido (Insa), ligado ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), como parceiro importante para o Coep. “O Insa olha o Nordeste como um todo, une as diversas entidades da região para que atuem de forma articulada e pode cada vez mais dar suporte ao programa”, observou.
Participam do fórum comunidades do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Em comunidades desses estados, a rede Coep desenvolve ações nas áreas de caprinocultura, algodão, mamona e de implantação de telecentros, cisternas, barragens, viveiros e bibliotecas comunitárias.
“Temos estratégias bem definidas que vão desde a geração do trabalho e renda até a organização comunitária e estratégias de convivência como o semiárido”, disse o presidente do Coep, André Spitz. “Queremos ser um projeto de referência em relação aos objetivos do milênio”.
Segundo ele, o fórum objetiva fortalecer as capacidades das comunidades, estabelecer um canal de troca de saberes e experiências entre elas e aumentar a capacidade das comunidades de conexão e diálogo com o poder público.
Experiências sobre a atuação do Coep foram relatadas pelos participantes do fórum. Ana Maria Marques da Silva, da Comunidade do Uruçu, no município de Gurinhém (PB), contou que o Coep começou a atuar na comunidade em 2006. “Formamos um comitê mobilizador com a presença de jovens, agricultores, mulheres, e demos um salto para o desenvolvimento, participando de cursos, oficinas e tudo isso foi ainda mais impulsionado com a instalação de um telecentro”.
As atividades na comunidade, destacou Ana Maria, evoluíram e passaram a abranger outras ações como a recuperação das nascentes da região e o turismo rural. Também foram criados núcleos de artesanato, para geração de trabalho e renda.
O Projeto Comunidades do Semiárido, do Coep, nasceu em 1999, com a criação de um grupo de trabalho para estudar modos de enfrentamento da seca na região do semiárido, no Nordeste. As primeiras ações foram desenvolvidas no Assentamento Margarida Maria Alves, na Paraíba. Hoje, são 46 comunidades em 43 municípios de sete estados.
O Coep foi criado em 1993, no âmbito da mobilização social contra a fome e a miséria liderada pelo sociólogo Herbert de Souza – Betinho. A iniciativa resultou em uma Rede de Mobilização Social de Organizações do Brasil. A Rede de Comunidades Coep envolve, hoje, diretamente, mais de 100 comunidades em todos os estados. Indiretamente, por meio de suas associadas, o Coep atua em mais de mil comunidades.
Participaram da abertura do fórum o presidente do Insa, Roberto Germano, e representantes da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCT), Prefeitura de Moreno, Centrais Elétricas do São Francisco (Chesf), Eletrobrás, Bando do Nordeste, do Projeto Universidades Cidadãs, e a deputada federal Ana Arraes (PE).
Mais informações sobre o Coep estão no site www.coepbrasil.org.br
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