Municípios nordestinos entre maiores exportadores de mel
Limoeiro do Norte (CE), Apodi (RN) e Picos (PI) são as primeiras do ranking, mas São Paulo é quem mais lucra com mel
Segundo os mais recentes dados do IBGE, a região nordeste figura como a maior produtora de mel do Brasil. A pesquisa de Produção Pecuária Municipal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística situa oito municípios nordestinos entre os 10 maiores produtores.
Os três primeiros colocados são os municípios de Limoeiro do Norte (CE), Apodi (RN) e Picos (PI) com 550, 500 e 496 toneladas de mel produzidos respectivamente.
O levantamento refere-se aos produtos de origem animal da pecuária. Os fatores para que o mel tenha destaque deve-se à importância do produto nos mercados nacional e internacional, além de ter sido introduzido em programas regionais da merenda escolar e de geração de emprego e renda para pequenas comunidades.
Piauí, apesar de figurar como o maior produtor da região com 4,1 toneladas de mel, perdeu o posto de detentor do município com maior produção, visto que Picos, antes primeira colocada, foi ultrapassada pelas cidades de Apodi e Limoeiro do Norte.
O Ceará teve um aumento de 30% da produção de mel, hoje com 4 toneladas ocupando a quarta posição no País e a segunda no Nordeste, com 4.073 toneladas produzidas.
Apesar de o Nordeste possuir os municípios mais bem colocados no ranking, a região figura na segunda posição, com uma produção de 14,1 toneladas, logo atrás das 15,7 toneladas da região sul do país.
A região sul do país possui os bons desempenhos de Santa Catarina, com 3,7 toneladas, Paraná, produzindo 4,1 e Rio Grande do Sul, maior produtor de mel do Brasil, com 7,4 toneladas.
E além de perder o posto de região mais produtora do Brasil, o nordeste, mesmo possuindo diversos municípios bem ranqueados nas primeiras posições, ainda engatinha na exportação do produto.
A receita das exportações brasileiras, o montante foi de US$ 65,79 milhões, correspondentes a 26 mil toneladas e o estado de São Paulo ficou na liderança das exportações, com US$ 17,51 milhões.
O estado respondeu sozinho por um quarto das exportações brasileiras, apesar de sua produção (2 toneladas) ser sete vezes menor que a do nordeste e duas vezes inferior ao nordestino mais exportador, Ceará.
O Ceará foi o segundo exportador nacional, com US$ 14,37 milhões, referente a mais de um quinto do valor exportado (21,8%), O terceiro lugar ficou com o Rio Grande do Sul, atingindo receita de US$ 9,68 milhões, seguido de Santa Catarina, com US$ 7,91 milhões.
Os números cresceram em mais de 50% em relação ao ano anterior. O preço médio do produto, de US$ 2,53/kg, foi o mais alto alcançado na história, superando os US$ 2,38/Kg do resultado anterior.
Mel Brasileiro
O Brasil tem dois tipos de abelhas: africanas e europeias. Com o tempo, as duas espécies se misturaram e surgiu a abelha africanizada O mel é colhido em duas épocas no ano: no outono e na primavera. O mel deve ser armazenado num local arejado e escuro, para assim evitar a fermentação do produto.O produto puro demora mais tempo para derreter na boca; quando o mel cristaliza e tiver uma cor uniforme, é porque é puro.
Fonte: Tendências e Mercado. 5 de fevereiro de 2010 - 17:48 - Por
Um comentário:
Amiga Suely,
muito boa essa matéria sobre mel do sertão,com certeza o mel produzido aqui no sertão,é sem dúvidas de ótima qualidade,pois,dificilmente usa-se agrotóxicos nas lavouras de subsistência,e quase não temos poluição das matas nativas ,qeu ainda restam...
Espero,ainda ver o mel das "nossas"abelhas nativas,se destacando no mercado nacional,e quem sabe,internacional...
Um abraço.
Paulo Romero.
Meliponário Braz.
João Pessoa,PB.
www.urucueabelhasnativas.blogspot.com
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