domingo, 21 de fevereiro de 2010

Semiárido - Carvão Vegetal


DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Carvão ecológico é alternativa no Semiárido

21/2/2010 Clique para Ampliar
Francisco Lopes comprova as vantagens de fabricação dos briquetes de carvão, preservando a natureza
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Mão-de-obra local é aproveitada na fabricação dos briquetes ecológicos, a partir de resíduos do carvão vegetal
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EDILARDO EUFRÁZIO, prefeito de Tejuçuoca, avalia que o novo carvão evitará crimes ambientais como desmatamento
Aliar atividade produtiva com preservação ambiental é um desafio colocado para muitos gestores


Tejuçuoca O carvão vegetal tradicional produzido, em alguns casos, de forma clandestina e utilizando mão-de-obra escrava ou infantil, está ganhando um concorrente de peso. É que, na Fazenda Caiçara, localizada neste município, está surgindo a primeira unidade de fabricação de carvão ecológico do Norte e Nordeste. Ou seja, a confecção de tabletes prensados onde os resíduos de carvão de churrascaria, caieiras, casca de coco e outros tipos de fibras são triturados. O material recebe um aglutinante à base de fécula de mandioca, depois é prensado e colocado para secar, tornando-se tabletes, que foram denominados de briquetes de carvão.


O briquete de carvão vegetal, considerado correto e 100% natural, já consolidado no mercado europeu e norte americano, começa a disputar espaço nas prateleiras de algumas redes de supermercados e postos de gasolina do Ceará. Além da questão ambiental, o briquete promete rendimento maior e tem um outro aliado: o preço competitivo.

De acordo com o proprietário da fábrica, Francisco Lopes da Silva, o carvão vegetal é feito de argila, cinzas e um sub-produto da mandioca. Não faz fumaça e queima mais rápido e, o mais importante, preserva a natureza e dá vida ao meio ambiente.


Selo de qualidade


O secretário de Cultura e Empreendedorismo de Tejuçuoca, Joaquim Coelho Neto, disse que a ideia é sensacional e que o município já luta pelo selo de qualidade ambiental. "A questão ambiental, efeito estufa, futuro do planeta são temas que preocupam ambientalistas e governantes, no qual o desmatamento desordenado entra como um dos fatores mais preocupantes, tendo na indústria do carvão vegetal um vilão, tanto na degradação do meio ambiente como também nas condições de trabalho a que são submetidos aqueles que necessitam sobreviver dessa atividade", exemplifica o secretário.

A ideia na região tornou-se pioneira e muitos agricultores estão passando por capacitação afim de fazer parte do grupo de ambientalistas que lutam para salvar a flora de Tejuçuoca. Um projeto criado pelo prefeito da cidade, Edilardo Eufrásio, e com a participação da Secretaria de Desenvolvimento Rural e Meio Ambiente, denominado de "Coração Verde", ajuda na conscientização dos trabalhadores do campo para não desmatar para produzir carvão.


Premiação


O presidente da Câmara Municipal, Valmar Bernardo, disse que irá apresentar Projeto de Lei no sentido de premiar aquelas pessoas que ajudem na preservação do meio ambiente. "Caminhamos juntos no sentido de mudar a consciência da população para não agredir a natureza", frisou o parlamentar.

Na visão do prefeito Edilardo, o carvão ecológico será, sem dúvida, a grande saída para evitar os crimes ambientais. "Em Tejuçuoca já existe essa consciência de que a produção de carvão é um problema ambiental. Diferente do que pensam os ambientalistas, devemos reconhecer que existe o fator sobrevivência, onde várias famílias dependem dessa atividade. Ninguém faz carvão porque ama a profissão. Para quem conhece, é um trabalho insalubre e de difícil execução", diz o prefeito.

Para o gestor municipal, a solução é acabar, definitivamente, com a produção de carvão vegetal. Para isso, é preciso dar alternativa de trabalho para as famílias sertanejas, bem como apoiar as iniciativas privadas para instalação de novas fábricas na região semiárida.


SEM POLUIÇÃO
Produto garante economia de matéria-prima

Tejuçuoca Pelo método tradicional, são necessários dois metros cúbicos de madeira para produzir um metro cúbico de carvão. Com a nova tecnologia do carvão ecológico, não é preciso utilizar a madeira e usa-se menos mão-de-obra, além de não ser poluente. Quatro quilos de briquete equivalem a dez quilos de carvão comum. O preço também é atrativo: entre R$ 7 e R$ 8 o pacote de quatro quilos.


O carvão ecológico é um produto fabricado com resíduos de carvão e aglutinante natural. Excelente para uso em churrasqueiras, fornos de pizzaria e de panificação. Substitui com eficiência a lenha e o carvão vegetal. Possui as seguintes vantagens: alto poder calorífico (maior que a lenha e do carvão vegetal); alta temperatura de combustão; não produz labareda (não queima a carne); queima por mais tempo mantendo uniforme a temperatura do forno ou da churrasqueira em regularidade térmica; queima sem emitir fumaça nem odores desagradáveis; produto higiênico, não suja as mãos nem o ambiente de trabalho; fácil manuseio com menor espaço de estocagem; vem com acendedor; 100% ecológico, não emitindo gases tóxicos como nos fornos de barros tradicionais.

O acendimento é muito simples, bastando fazer uma pequena pilha em forma de pirâmide, posicionando-se o acendedor no meio dos briquetes. Com um fósforo, fazer o acendimento e deixar a pilha sem mexer até que todos os briquetes estejam em brasa, o que deve acontecer em no máximo 15 minutos.

Ao contrário do carvão, não há necessidade de mexer ou abanar durante esse tempo. Basta esperar a formação das brasas e espalhar os briquetes acesos em uma camada uniforme e começar a assar o churrasco.

Quando usado em fornos de pizzaria ou de panificação, não há necessidade de retirar os briquetes de dentro da embalagem, sendo necessário somente posicionar o acendedor no meio dos briquetes e colocar fogo.

A partir daí, na medida da necessidade, é só alimentar o fogo com as embalagens sem precisar abrir.

MAIS INFORMAÇÕES Associação dos Moradores de Caiçara - (85) 9606.5241

Secretaria de Cultura e Empreendedorismo de Tejuçuoca - (88) 3323.1156

regional@diariodonordeste.com.br

Fonte: Jornal Diário do Nordeste. Caderno Regional.
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=738294

Um comentário:

SOS DIREITOS HUMANOS disse...

DENÚNCIA: SÍTIO CALDEIRÃO, O ARAGUAIA DO CEARÁ – UMA HISTÓRIA QUE NINGUÉM CONHECE PORQUE JAMAIS FOI CONTADA...



"As Vítimas do Massacre do Sítio Caldeirão
têm direito inalienável à Verdade, Memória,
História e Justiça!" Otoniel Ajala Dourado



O MASSACRE APAGADO DOS LIVROS DE HISTÓRIA


No município de CRATO, interior do CEARÁ, BRASIL, houve um crime idêntico ao do “Araguaia”, foi o MASSACRE praticado pelo Exército e Polícia Militar do Ceará em 10.05.1937, contra a comunidade de camponeses católicos do SÍTIO DA SANTA CRUZ DO DESERTO ou SÍTIO CALDEIRÃO, cujo líder religioso era o beato "JOSÉ LOURENÇO GOMES DA SILVA", paraibano de Pilões de Dentro, seguidor do padre CÍCERO ROMÃO BATISTA, encarados como “socialistas periculosos”.



O CRIME DE LESA HUMANIDADE


O crime iniciou-se com um bombardeio aéreo, e depois, no solo, os militares usando armas diversas, como metralhadoras, fuzis, revólveres, pistolas, facas e facões, assassinaram na “MATA CAVALOS”, SERRA DO CRUZEIRO, mulheres, crianças, adolescentes, idosos, doentes e todo o ser vivo que estivesse ao alcance de suas armas, agindo como juízes e algozes. Meses após, JOSÉ GERALDO DA CRUZ, ex-prefeito de Juazeiro do Norte/CE, encontrou num local da Chapada do Araripe, 16 crânios de crianças.


A AÇÃO CIVIL PÚBLICA AJUIZADA PELA SOS DIREITOS HUMANOS


Como o crime praticado pelo Exército e pela Polícia Militar do Ceará é de LESA HUMANIDADE / GENOCÍDIO é considerado IMPRESCRITÍVEL pela legislação brasileira e Acordos e Convenções internacionais, por isto a SOS DIREITOS HUMANOS, ONG com sede em Fortaleza - CE, ajuizou em 2008 uma Ação Civil Pública na Justiça Federal contra a União Federal e o Estado do Ceará, requerendo: a) que seja informada a localização da COVA COLETIVA, b) a exumação dos restos mortais, sua identificação através de DNA e enterro digno para as vítimas, c) liberação dos documentos sobre a chacina e sua inclusão na história oficial brasileira, d) indenização aos descendentes das vítimas e sobreviventes no valor de R$500 mil reais, e) outros pedidos



A EXTINÇÃO SEM JULGAMENTO DE MÉRITO DA AÇÃO


A Ação Civil Pública foi distribuída para o Juiz substituto da 1ª Vara Federal em Fortaleza/CE e depois, para a 16ª Vara Federal em Juazeiro do Norte/CE, e lá em 16.09.2009, extinta sem julgamento do mérito, a pedido do MPF.



AS RAZÕES DO RECURSO DA SOS DIREITOS HUMANOS PERANTE O TRF5


A SOS DIREITOS HUMANOS apelou para o Tribunal Regional da 5ª Região em Recife/PE, argumentando que: a) não há prescrição porque o massacre do SÍTIO CALDEIRÃO é um crime de LESA HUMANIDADE, b) os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO não desapareceram da Chapada do Araripe a exemplo da família do CZAR ROMANOV, que foi morta no ano de 1918 e a ossada encontrada nos anos de 1991 e 2007;



A SOS DIREITOS HUMANOS DENUNCIA O BRASIL PERANTE A OEA


A SOS DIREITOS HUMANOS, igualmente aos familiares das vítimas da GUERRILHA DO ARAGUAIA, denunciou no ano de 2009, o governo brasileiro na Organização dos Estados Americanos – OEA, pelo DESAPARECIMENTO FORÇADO de 1000 pessoas do SÍTIO CALDEIRÃO.


QUEM PODE ENCONTRAR A COVA COLETIVA


A “URCA” e a “UFC” com seu RADAR DE PENETRAÇÃO NO SOLO (GPR) podem localizar a cova coletiva, e por que não a procuram? Serão os fósseis de peixes do "GEOPARK ARARIPE" mais importantes que os restos mortais das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO?



A COMISSÃO DA VERDADE


A SOS DIREITOS HUMANOS busca apoio técnico para encontrar a COVA COLETIVA, e que o internauta divulgue a notícia em seu blog/site, bem como a envie para seus representantes no Legislativo, solicitando um pronunciamento exigindo do Governo Federal a localização da COVA COLETIVA das vítimas do SÍTIO CALDEIRÃO.


Paz e Solidariedade,



Dr. Otoniel Ajala Dourado
OAB/CE 9288 – 55 85 8613.1197
Presidente da SOS - DIREITOS HUMANOS
Membro da CDAA da OAB/CE
www.sosdireitoshumanos.org.br
sosdireitoshumanos@ig.com.br