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domingo, 8 de janeiro de 2012

ONU define o ano de 2012 como sendo o Ano Internacional das Cooperativas e o Ano Internacional da Energia Sustentável para todos


ANO 2012

A Assembléia Geral das Nações Unidas determinou sendo 2012 o Ano Internacional das Cooperativas e o Ano Internacional da Energia Sustentável para todos. Além disso 2012 será o ano da Rio + 20, que tratará dos comprometimentos acordados na Eco 92.


Ano Internacional das Cooperativas

“As cooperativas são um exemplo para a comunidade internacional de que é possível perseguir tanto a viabilidade econômica quanto a responsabilidade social”
Ban Ki-moon, Secretário-Geral das Nações Unidas.

A Assembléia Geral das Nações Unidas declarou 2012 o Ano Internacional das Cooperativas, destacando a contribuição destes atores para o desenvolvimento sócio-econômico, em particular o reconhecimento ao seu impacto na redução da pobreza, geração de empregos e integração social e a realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).

A resolução da Assembléia Geral das Nações Unidas encoraja todos os Estados-membros, as Nações Unidas e os demais colaboradores relevantes a tomarem a frente do AIC para promover as cooperativas e criar consciência de sua contribuição para o desenvolvimento social e econômico e promover a formação e crescimento de cooperativas.

Objetivos 

Aumentar a consciência do público sobre as cooperativas e suas contribuições ao desenvolvimento sócio-econômico e a realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Promover a formação e crescimento de cooperativas encorajando os governos a estabelecerem políticas, leis e regulamentações que conduzem à formação, crescimento e estabilidade das cooperativas.


Cenário

As Nações Unidas reconhecem a definição de cooperativa como elaborada pelo corpo representativo de cooperativas, a Aliança Internacional de Cooperativa (AIC). Uma cooperativa é definida como: Uma associação autônoma de pessoas unidas voluntariamente para encontrar suas necessidades e aspirações econômicas, sociais e culturais comuns, através de uma propriedade comum e iniciativa democraticamente controlada.

Dirigindo-se aos objetivos comuns de seus membros, as cooperativas também auxiliam na redução da pobreza, criação de empregos e refortalecimento da segurança da mulher e da comida, entre outros. As cooperativas oferecem um modelo de negócio que contribui no desenvolvimento sócio-econômico.

Participe de nosso blog para contribuir nas discussões acerca do tema cooperativas e para saber das novidades sobre as comemorações do próximo ano.

Ano Internacional da Energia Sustentável para todos.

No 29º. Encontro do Segundo Comitê da Assembléia-Geral das Nações Unidas, em novembro de 2010, o representante do Yemen, em nome dos Estados-membros das Nações Unidas que são membros do grupo G-77 e a China introduziram um projeto de resolução intitulado “International Year for Sustainable Energy for All” (Ano Internacional da Energia Sustentável para todos).

A Assembléia Geral, reiterando os princípios da Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, como também da agenda 21, retomou as recomendações e conclusões contidas no Plano de Implementação da Cúpula Mundial de Desenvolvimento Sustentável ‘Johannesburg Plan of Implementation’ (Plano de implementação de Johannesburg) com relação à energia para o desenvolvimento sustentável.

Alarmados pelo fato de mais de três bilhões de pessoas nos países em desenvolvimento dependerem da biomassa tradicional e do carvão para cozinhar e para aquecimento, e que um bilhão e meio estão sem eletricidade, mesmo quando esses serviços estão disponíveis.

O acesso a serviços modernos de energia a preços acessíveis, em países em desenvolvimento é fundamental para a realização das metas de Desenvolvimento do Milênio e do Desenvolvimento Sustentável, o qual poderia reduzir a pobreza e melhorar as condições e a qualidade de vida para a maioria da população mundial.

O ano enfatiza também a indissolúvel ligação entre energia e desenvolvimento sustentável e a relevância da energia moderna, limpa e mais eficiente na erradicação da pobreza. O acesso às opções de tecnologia de energia limpa deve levar em consideração a diversidade das situações, de políticas nacionais e de necessidades específicas de países em vias de desenvolvimento.

O Ano Internacional da Energia Sustentável para todos visa incentivar todos os Estados-membros, do sistema das Nações Unidas e todos outros atores para tomar vantagens do ano para aumentar a consciência da importância de abordar as questões de energia, incluindo serviços modernos de energia para todos, acesso à disponibilidade e eficiência energética, a sustentabilidade e uso das fontes de energia para a realização das metas do Desenvolvimento do Milênio, do Desenvolvimento Sustentável e para promover tal ação em nível local, nacional, regional e internacional.

Participe de nosso blog para conferir as discussões sobre o tema e visite nosso site para acompanhar as notícias sobre os eventos do próximo ano.


sexta-feira, 29 de julho de 2011

Acesso a água e saneamento é um direito humano básico. (é mesmo?)

28/07/2011 16:00:42

O direito à água, uma miragem política

Thalif Deen, do IPS
Os governos têm uma grande cota de responsabilidade nos poucos avanços a se comemorar amanhã, data de primeiro aniversário da histórica resolução da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) que reconheceu o . “Os Estados-membros reagiram com lentidão”, queixou-se Maude Barlow, presidente nacional do The Council of Canadians, uma das maiores organizações não governamentais do Canadá que promove a justiça social e econômica. “Sei que meu próprio governo ainda não a aprovou e diz – incorretamente – que a resolução não é vinculante”, afirmou Barlow as IPS.

No dia 28 de julho do ano passado, a Assembleia Geral da ONU, de 192 membros, adotou a histórica resolução que, dois meses depois, foi aprovada pelo Conselho de Direitos Humanos, de 47 membros, com sede em Genebra. “O avanço mais significativo foi a adoção de uma segunda resolução por parte do Conselho”, disse Barlow, ex-conselheira da ONU em matéria de água e atual presidente da Food & Water Watch, com sede em Washington. Essa segunda resolução assentou as responsabilidades dos governos para colocar em prática este direito e, também, deixou claro que agora é vinculante, acrescentou.
De todo modo, a medida gerou divisões políticas: 122 países votaram a favor e 41 se abstiveram, mas não houve votos contrários. Entre as abstenções figuraram as dos Estados Unidos e de outros países industrializados, bem como de várias nações em desenvolvimento: Botsuana, Etiópia, Guiana, Quênia, Lesoto, Trinidad e Tobago e Zâmbia.
Fleur Anderson, coordenadora de campanhas internacionais na organização End Water Poverty, com sede em Londres, disse à IPS que apesar da resolução da ONU a crise da água e do saneamento continuou por todo o ano. “E o problema não é a escassez hídrica ou a mudança climática, mas as escolhas feitas pelos governos de não financiar o fornecimento de água e saneamento para cada comunidade”, afirmou.
Segundo Anderson, ainda falta um longo caminho para cumprir o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio que propõe reduzir, até 2015, em 50% o número de pessoas sem acesso a saneamento adequado. Se os governos não aumentarem para 1% do produto interno bruto o gasto em saneamento, este direito não significará nada para os pais das quatro mil crianças que morrem por dia vítimas da diarreia, ressaltou a especialista. Esta doença é causada por falta de saneamento e pela má qualidade da água.
A campanha “Sanitation and Water for All” (Saneamento e Água para Todos) tem o potencial de colocar à prova a liderança de governos e da sociedade civil na hora de dar maior financiamento, coordenação e planejamento, mas os Estados-membros têm de apostar neste desafio, afirmou. Se as coisas continuarem a ser feitas como de costume, “o Objetivo do Milênio em matéria de saneamento não será cumprido nos próximos 200 anos”, acrescentou.
John Sauer, da Water for People, disse à IPS que, do ponto de vista dos Estados Unidos, se avançou por este país ter designado um coordenador mundial da água: Christian Holmes. E também deu outro passo importante ao assinar um Memorando de Entendimento com o Banco Mundial sobre o Dia Mundial da Água, acrescentou. Outros países também progrediram. A Libéria, por exemplo, fez um levantamento de todas as suas fontes hídricas em áreas rurais, o que ajudou a alimentar um plano nacional que agora está sendo analisado pela presidente Ellen Johnson Sirleaf.
“Essencialmente, estamos trabalhando para criar um plano interno de ação na maior quantidade possível de países, e a maioria incluirá pressionar seus governos para que elaborem um plano de ação a ser apresentado ao Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais da ONU” e para que este documento detalhe como se fará para cumprir as obrigações de respeitar e proteger o direito à água, afirmou Barlow. A The Council of Canadians prepara uma campanha para que os governos adotem o direito a água e saneamento em suas constituições.
(IPS/Envolverde)

sábado, 21 de maio de 2011

22 de maio - Dia internacional da Biodiversidade

2011 Año Internacional de los Bosques


Los bosques y su ordenación sostenible pueden contribuir significativamente al desarrollo sostenible, la erradicación de la pobreza y el logro de los objetivos de desarrollo convenidos internacionalmente, incluidos los objetivos de desarrollo del Milenio.
.
Entre las actividades conmemorativas del Año Internacional de los Bosques figura el intercambio de conocimientos sobre estrategias prácticas que favorezcan la ordenación forestal sostenible y el retroceso de la deforestación y la degradación de los bosques.

Con objeto de facilitar la organización de estas actividades, se alienta a los gobiernos a que establezcan comités nacionales y centros de coordinación en sus países respectivos, y a que aúnen sus esfuerzos a los de las organizaciones regionales e internacionales y las organizaciones de la sociedad civil.

La Secretaría del Foro de las Naciones Unidas sobre los Bosques (FNUB) será el centro de coordinación designado para la puesta en práctica del Año Internacional de los Bosques.

Es la segunda vez que se asigna a los bosques su propio «año internacional».

domingo, 10 de abril de 2011

LIVRO: Cuidando das Águas – soluções para melhorar a qualidade dos recursos hídricos

Relatório ‘Cuidando das Águas’ disponível para download em português

Publicado em abril 1, 2011 por HC



Estudo: Cuidando das Águas
Tradução do estudo do PNUMA foi realizada em parceria com a ANA e o CEBDS e inclui exemplos bem-sucedidos de iniciativas e projetos desenvolvidos pela ANA para a melhoria das águas no Brasil
Título: Cuidando das Águas
Autor: PNUMA, ANA e CEBDS
Data: 28/03/2011

A presente publicação é produto de uma parceria da Agência Nacional de Águas (ANA) com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), e com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS). Esta teve como base o relatório intitulado Clearing the Waters: a focus on water quality solutions, lançado pelo PNUMA em março de 2010.
O texto do relatório foi traduzido para a língua portuguesa com o título Cuidando das Águas – soluções para melhorar a qualidade dos recursos hídricos e contou com a inserção de boxes com exemplos bem-sucedidos das iniciativas e dos projetos desenvolvidos pela ANA para a melhoria das águas no Brasil.
Para fazer o download do relatório, no formato PDF, com 13,5 Mb, clique aqui.
EcoDebate, 01/04/2011
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quinta-feira, 24 de março de 2011

Novo portal para promover a discussão sobre inclusão social

BRASÍLIA, TER, 22-03-2011
Novo site em português permitirá acesso a estudos e avaliações de programas sociais de mais de 70 países em desenvolvimento e pesquisas comparativas sobre o Programa Bolsa Família
O Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (IPC-IG), órgão das Nações Unidas que tem apoio institucional da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), lançou hoje novo portal para promover a discussão e o aprendizado sobre iniciativas bem sucedidas de inclusão social ao redor do mundo.
Entre os recursos disponíveis no novo site, destaca-se a biblioteca virtual que traz ao público brasileiro mais de 130 pesquisas em português sobre políticas e programas de proteção social e transferência de renda; estratégias de desenvolvimento rural e sustentável; inovações para a geração de emprego; políticas macroeconômicas para a redução da desigualdade; e estratégias de provisão de água, saneamento e eletricidade.
Os estudos do IPC-IG são publicados em diferentes formatos, facilitando o acesso a diferentes públicos.  Nesse sentido, a biblioteca traz desde os populares one pagers, que abordam um tema ou uma política de maneira simples e direta, até os working papers, anunciando os resultados de programas de pesquisa, e os policy research briefs, que promovem recomendações práticas para políticas públicas.
Há, ainda, no site, 280 pesquisas em inglês e espanhol, abordando outros tópicos relacionados a estratégias para o crescimento inclusivo, tais como: impacto da situação económica mundial para o bem-estar humano e o impacto de políticas macroeconômicas para a epidemia de HIV/AIDS.
Além do rico acerco bibliográfico, o IPC-IG apresenta uma Sala de Notícias em português, que destaca as novidades sobre iniciativas de crescimento inclusivo nos países em desenvolvimento.  Programas de sucesso, novos relatórios das Nações Unidas, artigos de jornais e revistas e discussões em blogs e outras mídias sociais são anunciados diariamente pelo IPC-IG.
O acesso ao portal também permite ao leitor saber quais são os principais centros de pesquisa que trabalham com a temática social em 106 países e como pesquisar sobre crescimento inclusivo em mais de 70 portais especializados na internet.
Acesse o novo site aqui.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Plataforma Intergovernamental sobre Serviços da Biodiversidade e dos Ecossistemas (IPBES)

Da Redação - 28/12/10 - 10:22
Um novo organismo internacional foi criado durante a 65ª Assembleia Geral das Nações Unidas, com o objetivo de acelerar a resposta global para as perdas sofridas pelos ecossistemas e pela biodiversidade.
A assinatura da resolução pelo plenário da ONU era a última aprovação necessária para a constituição da Plataforma Intergovernamental sobre Serviços da Biodiversidade e dos Ecossistemas (IPBES, na sigla em inglês).
O sinal verde para seu estabelecimento foi dado pelos governos no mês de junho durante um encontro coordenado pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em Busan, na República da Coréia.
A plataforma independente irá se espelhar de várias maneiras no Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), que tem facilitado a compreensão e ação governamental em relação ao aquecimento global.
O novo organismo preencherá as lacunas existentes entre o conhecimento científico sobre o crescente declínio e a degradação do mundo natural, e a implementação de soluções efetivas e ações governamentais necessárias para reverter os danos.
IPBES, o painel da biodiversidade   
Entre os vários papeis do IPBES, estão análises comparativas sobre conhecimento científico de instituições de pesquisa de todo o mundo sobre biodiversidade e serviços ambientais, com o objetivo de fornecer relatórios de alto nível para os governos.
Tais relatórios não vão apenas reportar o atual estado, status e tendência da biodiversidade e dos ecossistemas, mas irão também sugerir políticas e respostas que gerem uma mudança efetiva em seus destinos.
De acordo com o Sub-Secretário Geral da ONU e Diretor Executivo do PNUMA, Achim Steiner, “o IPBES representa um progresso em termos de oferecer uma resposta global para as perdas de organismos vivos e florestas, água doce, recifes de coral e outros ecossistemas que servem de base para várias formas de vida, inclusive a vida econômica da terra”.
“2010, o ano internacional da biodiversidade, começou de maneira silenciosa ao mostrar que nenhum país do mundo conseguiu alcançar a meta de redução das perdas da biodiversidade. Porém, terminou de maneira positiva, com uma determinação das nações para enfrentar os desafios e apresentar oportunidades possíveis para um melhor manejo dos bens naturais do planeta”, adicionou.
A iniciativa revela o sucesso do Ano Internacional da Biodiversidade da ONU e dá impulso ao Ano Internacional das Florestas e à Década da Biodiversidade, que começam em Janeiro de 2011. Com informações do PNUMA

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Em discussão: Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio

20/09/2010 14:40:05

Cúpula tenta tirar planos pró-ODM do papel

PrimaPagina
Líderes de diversos países se reúnem entre esta segunda e quarta-feira, em Nova York, numa cúpula que debaterá o que pode ser feito nos próximos cinco anos para assegurar que sejam cumpridos os ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, uma série de metas que as nações da ONU se comprometeram a atingir até 2015, abrangendo temas como renda, educação, saúde, meio ambiente e igualdade entre os sexos). O encontro faz parte da 65ª Assembleia Geral das Nações Unidas.


O rascunho do documento final da Cúpula dos ODM indica que os chefes de Estado vão renovar as promessas de se esforçar para que as metas sejam alcançadas. Uma das mensagens principais é que todos devem fazer sua parte — os países avançados devem ajudar com recursos regulares e apoio técnico, as nações em desenvolvimento devem incorporar os ODM em seus planos, a iniciativa privada deve incluir as metas em seus planos de responsabilidade corporativa.
Às vésperas da cúpula, porém, a ONU divulgou um relatório que indica que um dos maiores desafios é justamente ir além da promessa. O documento lista vários compromissos assumidos e não cumpridos integralmente pelos países doadores, sobretudo pelos 23 membros do Comitê de Cooperação para o Desenvolvimento, que inclui Estados Unidos, França, Alemanha, Japão, Reino Unido, Espanha e Itália, entre outros.
Uma das promessas diz respeito exatamente a uma das metas dos Objetivos do Milênio, já prevista em documentos anteriores da ONU: destinar o equivalente a 0,7% do PIB para ajuda ao desenvolvimento. Isso significaria, em valores de 2009, a US$ 272,2 bilhões. Mas no ano passado os 23 países não chegaram nem à metade desse valor: doaram US$ 119,6 bilhões (0,31% do PIB) — ainda assim, um recorde, de acordo com o relatório, intitulado “A aliança mundial para o desenvolvimento em uma conjuntura crítica”.
“As incertezas econômicas não podem ser uma desculpa para desacelerar nossos esforços por desenvolvimento ou voltar atrás em compromissos internacionais de prover ajuda”, escreve o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no prefácio da publicação. “É justamente o contrário: a incerteza é um motivo para acelerar o cumprimento desses esforços e compromissos”, contrapõe. “Ao investir nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, investimos no crescimento econômico global; ao nos centrarmos nas necessidades dos mais vulneráveis, selamos a fundação para um amanhã mais sustentável e próspero.”
Não por acaso, a versão prévia do documento final da Cúpula dos ODM cita várias vezes a necessidade de dar maior transparência à cooperação internacional e reforçar a prestação de contas (tantos dos países doadores quanto dos países em desenvolvimento).
“Nós encorajamos fortemente todos os doadores a estabelecer, o mais brevemente possível, um cronograma que mostre como eles pretendem atingir seus objetivos, em consonância com seu respectivo processo de alocação de recursos. Nós frisamos a importância de mobilizar maior apoio interno nos países desenvolvidos para o cumprimento de seus compromissos, incluindo incentivo à conscientização pública, fornecendo indicadores sobre eficiência da ajuda e demonstrando resultados tangíveis”, afirma a prévia do documento a ser assinado pelos líderes globais.
(PNUD Brasil)

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Década das Nações Unidas para os Desertos e a Luta contra a Desertificação



Iniciativa global antidesertificação será lançada no Ceará

ONU vai proclamar a UNDDD, no dia 16 de agosto de 2010, o período de 2010 a 2020
A desertificação ameaça a subsistência de mais de um bilhão de pessoas em cerca de 100 países. Essa degradação do solo em terras secas pode também levar ao rompimento de até 44% dos sistemas de cultivo de todo o mundo.
Estudos recentes indicam que terras secas não só somam até 41,3% das superfícies de terra, mas também são lar de 2.1 bilhões de pessoas, o que significa uma a cada três pessoas no mundo todo. Além disso, uma a cada três plantações cultivadas hoje tem suas origens em terras secas. Desertos também sustentam 50% do gado do mundo, são habitats ricos para animais selvagens e somam aproximadamente metade de todos os sistemas de cultivo.
A fim de promover ações para proteger os desertos do mundo de deteriorações e degradação, a ONU vai proclamar, no dia 16 de agosto de 2010, o período de 2010 a 2020 como a Década das Nações Unidas para os Desertos e a Luta contra a Desertificação (UNDDD, na sigla em inglês).

A Década sera lançada em Fortaleza, no Ceará - região onde prevalecem terras secas -, durante a abertura da Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em regiões Semiáridas (ICID 2010).

O lançamento no Brasil será complementado por lançamentos regionais de setembro a novembro deste ano. Na África, o PNUMA, em parceria com o PNUD, vai promover um lançamento simultâneo e uma coletiva de imprensa em Nairóbi, também no dia 16 de agosto.
A década de eventos será promovida pelo secretariado da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), em colaboração com o Departamento de Informação Pública (DPI) da sede da ONU em Nova Iorque; o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD), além de outros órgãos da ONU.
Para maiores informações e confirmação de presença, entrar em contato com:
Fortaleza: Sra. Cadija Tassiani, (+61) 9988 9852 ou (+61) 8220 3406, e-mail: cadijda@gmail.com
Ms. Wagaki Mwangi, Tel: (+49) 228 815 2820, Fax: (+49) 228 815 2898/99, E-mail: wmwangi@unccd.int
Ms. Yukie Hori, Tel: (+49) 228 815 2829, E-mail: yhori@unccd.int

Fonte: Boletim ONU

quarta-feira, 23 de junho de 2010

ONU - situação da infância e adolescência na América Latina



Estudio afirma que 63% de la niñez sufre de algún tipo de pobreza


23 de junio, 2010 


Casi 63% de los niños, niñas y adolescentes de América Latina y el Caribe sufre algún tipo de pobreza, según un estudio realizado por la CEPAL y UNICEF.
La pesquisa tomó en cuenta las privaciones que afectan el ejercicio de sus derechos y el nivel de ingresos de sus familias, afirma un artículo publicado en el Boletín Desafíos de la CEPAL.


El estudio tuvo en cuenta factores como la nutrición, acceso a agua potable, servicios de saneamiento y electricidad, así como el número de personas por habitación.


Igualmente consideró la asistencia a la escuela, años de escolaridad, y la tenencia de radio, televisión o teléfono.


Los autores sugieren acciones afirmativas para remediar la desigualdad que sufren los niños y adolescentes pobres que pertenecen a grupos sociales marginados, como los de origen indígena o los que viven en zonas rurales.


http://www.un.org/spanish/News/fullstorynews.asp?newsID=18629&criteria1=CEPAL%20y%20UNICEF&criteria2=Niñez%20en%20América%20Latina

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Metas do Milênio - Balanço

Especial: Metas do Milênio




Pobreza no Brasil
Metas do Milênio da ONU
Daniela Traldi e Eduardo Costa Mendonça, da Rádio ONU em Nova York.

Ainda faltam cinco anos para o mundo cumprir os oito objetivos que prometeu. 2015 é o prazo final para o alcance das Metas do Milênio. Mas um balanço global dos avanços e ações que ainda precisam ser tomadas acontece este ano. Em uma série de programas especiais, a Rádio ONU vai analisar a situação mundial sob a perspectiva dos oito países de língua portuguesa. Os problemas e as soluções, as falhas e os progressos. Na primeira reportagem, o Brasil e a fome.

"Nós estamos vindo do serviço no momento".
São duas horas de caminhada diária na estrada. Argemiro Torres Filho vai para o serviço equipado com o facão na cintura, a cesta de palha nas costas e um par de chinelo nos pés. O trabalho no campo exige fôlego, uma rotina de 14 horas.
"Nós plantamos mandioca, milho, feijão, arroz. O que dá pra gente comer a gente vai plantando", afirma.
Sobrevivência

Pobreza no Brasil
Argemiro
Argemiro mora e trabalha em região próxima a Alcântara, cidade do estado brasileiro do Maranhão, um dos mais pobres do país, a uma hora e meia de barco da capital São Luís. O trabalho na roça é para a própria sobrevivência. Ás vezes ele consegue dois dias de serviço remunerado por semana.

"É R$ 20 a diária. A gente trabalha uma diária ou duas e ganha só esses R$ 20 ou R$ 40", diz.
Mesmo ganhando pouco, ele diz que não passa fome. Mas o risco é constante. Argemiro está à margem de uma estatística assustadora. Estimativas do Banco Mundial mostram que 1,4 bilhão de pessoas em países em desenvolvimento viviam em extrema pobreza em 2005.
Indivíduos que ganhavam menos de US$ 1,25 por dia, o equivalente a pouco mais de R$ 2, como explica à Rádio ONU, de Santiago, o representante regional da FAO para a América Latina e o Caribe, José Graziano da Silva.

Pobreza no Brasil
Redução da pobreza
"Há duas maneiras de medir a fome. Pela insuficiência de alimentos que as pessoas comem e pela renda que as pessoas recebem, que permite ou não comprar pelo menos uma cesta básica", diz.

Dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação mostram redução de 8 milhões de pessoas famintas na América Latina e no Caribe entre 1990 e 2005. Mas a recente crise financeira no mundo provocou a perda total desse avanço na região nos últimos anos.
"A situação é mais dramática na América Central, que além da crise no preço dos alimentos foi impactada por uma forte seca. E também um forte impacto no Caribe, afetado por muitos furacões", afirma.
Já os países da América do Sul conseguiram um melhor desempenho devido à exportação de alimentos e à pouca dependência da importação de petróleo. No caso do Brasil, o cenário positivo caminhou em conjunto com políticas públicas, na avaliação de Graziano.
Políticas Públicas

Pobreza no Brasil
Foto:FAO
"O Brasil tem uma série de leis que asseguram direitos aos cidadãos, direitos de forte repercussão social, como é o caso do programa de aposentadoria, dos programas de assistência social, mas principalmente o caso recente do Bolsa Família e das políticas do programa Fome Zero", ressalta.

O Brasil já cumpriu a Meta número 1, que prevê a redução pela metade da fome e da extrema pobreza, segundo o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome do país, Romulo Paes de Sousa.
"Nós vamos muito além do que é a Meta do Milênio para os outros países. Nós vamos chegar a 1/4 apenas de famílias extremamente pobres", diz.
Mas, apesar dos avanços, o país ainda tem população de 11,9 milhões de subnutridos, de acordo com estatísticas da FAO.
"A pobreza no Brasil hoje se distribui simultaneamente em municípios muito pequenos onde há parcela expressiva da população vivendo em áreas rurais e também nas grandes cidades".
A origem do problema, segundo José Graziano da Silva, está na distribuição de renda.
Segurança Alimentar

Pobreza no Brasil
Pobreza no Brasil
"Nós temos a pior distribuição possível na região, pior distribuição de renda, pior distribuição na posse da terra. Um grande número de pessoas vivendo no campo sem terra. Isso faz do Brasil um campeão da desigualdade na América Latina", afirma.

A desigualdade também tem seu peso na situação mundial. 10 milhões de pessoas morrem todos os anos de fome e doenças associadas, e a escalada nos preços dos alimentos pode empurrar mais 100 milhões de pessoas para o flagelo absoluto. O progresso é menor na África Subsaariana, que ainda registra taxa de pobreza de 50%.
A FAO diz acreditar que o cumprimento global da primeira Meta, com a redução da pobreza extrema e da fome pela metade, só será alcançado até 2015 se houver um esforço dos países para a garantia da renda e da segurança alimentar dos cidadãos.

Produção e Reportagens: Daniela Traldi e Eduardo Costa Mendonça
Coordenação de Projeto: Carlos Araújo
Direção Geral: Michele DuBach


Fonte: Rádio das Nações Unidas - http://www.unmultimedia.org/radio/portuguese/detail/180882.html?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

terça-feira, 18 de maio de 2010

O número de pessoas com fome e desnutrição aumentou em mais de cem milhões no ano passado.

17/05/2010 - 17:43:31 

Um homem faminto é um homem furioso

Jacques Diouf*
Eu estou furioso! E espero que você também fique após ler isto.

Hoje somos afetados por uma tragédia humana de proporções gigantescas, mas a maior parte dos políticos faz vista grossa. Em um mundo que gasta mais de US$ 1 bilhão ao ano com armamentos, um bilhão de pessoas passam fome todos os dias. O número de pessoas com fome e desnutrição aumentou em mais de cem milhões no ano passado.
A cada seis segundos, morre uma criança vítima de doenças relacionadas com a fome. Isso representa mais de cinco milhões de crianças por ano.
Isso me enfurece. Assim, agora faço soar um sinal e acuso. A verdade é que, durante os últimos 30 anos, o que os políticos fizeram a respeito é menos que nada. Desde meados da década de 80, em lugar de aumentar a assistência internacional à agricultura nos países em desenvolvimento, cuja meta é ajudar as pessoas pobres a se alimentar por si mesmas, os fundos foram reduzidos quase à metade. Caíram 43%.
Alguém poderia dizer que pelo menos agora os líderes mundiais falam do problema, já que a fome figura de maneira proeminente na agenda de seus encontros e reuniões de alto nível. É certo que, entre os flashes das fotos, fazem declarações grandiloquentes, se comprometendo com a ação rápida e decidida.
Mas, deixem-me voltar a acusar.
Em L’Aquila, na Itália, no mês de julho de 2009, os líderes do Grupo dos oito países mais poderosos assumiram um compromisso solene de investir US$ 22 bilhões em três anos para ajudar as nações em desenvolvimento a produzir o alimento que necessitam para seus povos. Mas, dez meses depois, apesar de grandes esforços para monitorar os compromissos e da criação de um fundo para o Programa de Agricultura e Segurança Alimentar Global do Banco Mundial, qual a quantia dessa ajuda prometida que chegou aos pequenos agricultores nos países menos desenvolvidos? Quase nada.
Isso acontece porque as palavras são menos caras do que o dinheiro. Mas as pessoas não podem se alimentar de palavras. Se pudessem, um bilhão de estômagos vazios estariam satisfeitos. Nos últimos 17 anos, tentou-se argumentar com os governantes, pedir e chamar a atenção para o risco de focos de violência como os distúrbios por falta de alimentos que vimos em 32 países em 2007 e 2008.
Mas a fome continua crescendo. Por isso decidi fazer soar o aviso e acusar, e preciso de sua ajuda. Preciso que faça o mesmo.
No dia 11 deste mês, em diversos atos ao redor do mundo, lançamos o projeto “1billionhungry” (um bilhão de famintos), e quero que você toque o sinal, o mais forte que puder, para despertar as pessoas, para que vejam que um bilhão de pessoas passam fome neste momento, e que entre 20 e 30 crianças morreram no tempo que levou para ler este artigo. Quero que você faça soar o alarme, para dizer que isto é inaceitável e que deseja o fim disto. Agora mesmo!
Em setembro irei a Nova York participar da Cúpula das Nações Unidas sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, que revisará o progresso feito nas metas adotadas pela ONU em 2000. Uma delas é reduzir pela metade a proporção de pessoas com fome até 2015, tomando por base a situação de 1990.
A maravilha das estatísticas é que nos permitem, teoricamente, reduzir pela metade a proporção, mas ter um número real que é maior ainda do que era no começo. Isso porque a população mundial cresce ao ritmo de 80 milhões de habitantes ao ano, e porque as pessoas não são porcentagens.
O que me interessa é quantas pessoas sofrem fome e quantas crianças estão morrendo. Em outubro levarei uma petição (disponível no sitehttp://www.1billionhungry.org/rlcprensa) aos governantes mundiais, por meio das Nações Unidas, para dizer-lhes que estamos fartos de viver em um mundo faminto. Para chamar sua atenção, preciso de pelo menos um milhão de assinaturas nesta petição. Espero que você esteja com raiva. Espero que esteja furioso. E quero que seu nome também figure ali.

* Jaques Diouf é diretor-geral da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO).

Artigo produzido para o Terramérica, projeto de comunicação dos Programas das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e para o Desenvolvimento (Pnud), realizado pela Inter Press Service (IPS) e distribuído pela Agência Envolverde.
(Envolverde/Terramérica)
Fonte: Mercado Ético

terça-feira, 11 de maio de 2010

Incentivo à Agricultura Familiar como meio de combater a Fome

11/05/2010 - 15:14:38 

Metade da população mundial que passa fome é de pequenos agricultores

Danilo Macedo, da Agência Brasil
Metade da população mundial que passa fome é formada por pequenos agricultores que não conseguem produzir para alimentar a própria família, disse ontem (10) a diretora executiva do Programa Mundial de Alimentação da Organização das Nações Unidas (PMA/ONU), Josette Sheeran, ao destacar os programas brasileiros de incentivo à agricultura familiar como modelo a ser reproduzido em outros países.
“Os programas que prestam atenção aos pequenos agricultores são muito importantes e o Brasil tem programas nos moldes que pretendemos implementar no resto do mundo”, afirmou Josette Sheeran, que está no país participando do Diálogo Brasil-África sobre Segurança Alimentar, Combate à Fome e Desenvolvimento Rural.
Ela entregou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o prêmio Campeão do Mundo na Batalha Contra a Fome, concedido pelo PMA. Segundo Josette Sheeran, muitos governantes têm vergonha de falar sobre a fome no mundo e, o Brasil, além de levar o tema aos principais fóruns de discussão do mundo, tem conseguido colocar em prática o que defende.
“O que me impressionou é que não é só um discurso, mas o Brasil está fazendo o que prega. É o país que mais tem evoluído no combate à fome, trazendo à tona bons programas”, afirmou. Segundo a diretora da ONU, em muitos países a fome não é um problema de escassez de alimentos, mas de falta de habilidade para dar à população acesso a eles.
Ainda em relação à agricultura familiar, a diretora do PMA destacou a participação do Brasil em outros países, principalmente por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que tem trabalhado, tanto no Haiti como na África, para desenvolver sementes adaptadas ao clima dessas regiões.
“Não é apenas levar alimentos ao Haiti, mas pensar na produção de alimentos. A Embrapa tem um papel gigantesco e o reconhecimento importante em todo o mundo no combate à fome, e é outra área que o mundo tem muito que aprender com o Brasil”, disse.
O chefe da Coordenação-Geral de Ações Internacionais de Combate à Fome do Ministério de Relações Exteriores, ministro Milton Rondó, disse que uma das principais “tecnologias” de combate à fome desenvolvidas pelo Brasil foi a “tecnologia de participação social”, já que os programas de destaque internacional foram construídos com a presença de representantes de vários setores da sociedade.
Em quanto falava com os jornalistas, Josette Sheeran mostrou uma xícara que simboliza a campanha de combate à fome no mundo a fim de dimensionar o problema da falta de alimentos para as populações mais pobres do planeta. “Hoje, uma em cada seis pessoas não consegue encher essa xícara de comida todos os dias”, disse. O PMA é a maior agência humanitária do mundo que fornece alimentos a cerca de 90 milhões de pessoas por ano, a maioria crianças, em 80 países.
(Agência Brasil)
Fonte: Mercado Ético