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sábado, 4 de setembro de 2010

Mudanças Climáticas no Semiárido

Inpe: desertificação no Semiárido é inevitável



Por Portal do Meio Ambiente, 12 de agosto de 2010

As mudanças climáticas potencializarão a vulnerabilidade do processo de desertificação do Semiárido nordestino, afirmou na segunda-feira, 9 de agosto, o diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara. Ele não acredita que a transposição de águas do Rio São Francisco e os açudes conseguirão amenizar o problema da desertificação, uma das consequências do aquecimento global.
"Há uma tragédia anunciada no mundo e estamos todos perplexos ante a incapacidade de mudar o clima, enquanto os países mais desenvolvidos, que são os mais poluidores da atmosfera, como é o caso dos Estados Unidos, não assumem abertamente compromissos para reduzir os efeitos, mesmo em longo prazo", criticou Câmara. Segundo o diretor do Inpe, as regiões polares e tropicais são as que mais sofrerão as consequências nos próximos anos.
Na concepção de Gilberto Câmara, o Semiárido é a região do país que merece mais atenção em relação aos impactos do aquecimento global. O diretor do Inpe participou de um evento em Brasília que culminou na assinatura de um acordo de cooperação entre o instituto e o Ministério do Meio Ambiente, no qual está prevista a criação de um sistema de alerta precoce de secas e desertificação no Semiárido nordestino.
Durante o encontro, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, defendeu a adoção de políticas públicas destinadas ao Semiárido para os próximos dez anos, a fim de amenizar os efeitos negativos das mudanças climáticas. Segundo a ministra, a Caatinga já perdeu 50% da cobertura original. "É necessário, pelo menos, tentar evitar que a situação se agrave ainda mais", acrescentou ela, ao destacar a necessidade de investimentos dos bancos públicos na área.
Alimentos
A ministra também lembrou que a demanda por alimentos no país nas próximas décadas estará condicionada ao uso sustentável dos recursos naturais. ¿Sem água não haverá energia nem agricultura." Ela criticou a falta de engajamento dos prefeitos nas discussões sobre sustentabilidade do meio ambiente, considerada por ela "crucial em um momento em que o tema desperta a atenção no Brasil e no mundo inteiro". Para Teixeira, os gestores municipais, "quando fazem suas marchas a Brasília, não trazem na sua agenda assuntos de interesse do meio ambiente".
Izabella Teixeira ressaltou que tratar do assunto de forma estratégica é fundamental, dada a importância para a produção de alimentos, a geração de energia e a redução de desastres naturais, como as enchentes ocorridas em Alagoas e Pernambuco em consequência de chuvas, que também tiveram exemplos drásticos em outros pontos do planeta, como no Paquistão.
A Organização das Nações Unidas (ONU) lançará oficialmente no Brasil a Década sobre Desertos e de Combate à Desertificação, durante a abertura da segunda Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Áridas e Semiáridas (Icid 2010), que será realizada em Fortaleza (Ceará) nos dias 16 a 20 de agosto.
Fonte: Terra Notícias

terça-feira, 17 de agosto de 2010

A ICID+18 começou ontem, 16 de agosto, em Fortaleza-CE

O mundo debate clima no Ceará

Representantes de 100 países são esperados na ICID+18. Cientistas, chefes de estado e instituições de fomento, juntos, discutem soluções de longo prazo para problemas ambientais e sociais em regiões de semiárido. São cinco dias para diretrizes que levam anos
Andreh Jonathas - 16/08/2010 02:00




Representam 33% da superfície da Terra e, nelas, são produzidas mais de 20% dos alimentos do mundo. As regiões do semiárido sofrem com as alterações climáticas. No Brasil, a desertificação só cresce e gera perdas de US$ 5 bilhões anuais e afeta negativamente a vida de mais de 15 milhões de pessoas.




Para discutir soluções de logo prazo para a Terra enferma, representantes de cerca de 100 países se reúnem em Fortaleza, de hoje até o dia 20, na Conferência Internacional sobre Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (Icid+18).



O evento acontece pela segunda vez no Ceará, após 18 anos da primeira Icid, com cerca de 600 participantes de 45 países de todos os continentes. No entanto, pouco - ou nada -, se ouviu falar de resultados dessa primeira edição.



Por isso, soluções práticas, reais e exequíveis para os problemas de regiões semiáridas é o objetivo maior expressado pelo diretor da Icid+18, Antonio Rocha Magalhães.



Além de complexas discussões, diz, a ampla programação vai apresentar experiência exitosas sobre os temas tratados, como desertificação e estiagem (seca). Um dos pontos fortes do evento é a preocupação com o aspecto social. Para as ações de intervenção nas vidas de quem está no semiárido, irão unir forças ciência, instituições financiadoras e tomadores de decisões.



“A grande questão é que vão estar presentes as três conferência das Nações Unidas: desertificação, clima e biodiversidade. Justamente traçando cenários para a próxima década”, comenta o presidente do Instituto Nacional do Semiárido (Insa), Roberto Germano Costa.



Para ele, outro ponto fundamental no debate é a educação ambiental. “A preocupação com a educação ambiental faz com que a sociedade se beneficie como um todo. É preciso que esses recursos naturais possam gerar riqueza para essas pessoas”, sugere. Costa vai participar da implantação de um observatório para o semiárido, com mais de 30 instituições, como os ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia.



Empresa



As empresas também são componentes das soluções ao semiárido. Serão discutidas formas de incentivar projetos sustentáveis. 


 
''Há uma mentalidade cada vez mais clara sobre a sustentabilidade. Isso tem um aspecto ambiental, social e econômico. Vale a pena aproveitar os recursos naturais de forma responsável”, destaca o consultor e ex-diretor do Bando Mundial (BID) para o desenvolvimento sustentável para América Latina e o Caribe, John Redwood. Para ele, é preciso incentivar as empresas, com mais crédito e sensibilização da necessidade de ser sustentável, inclusive, para a própria sobrevivência.

SERVIÇO


Icid+18: Conferência sobre questões do semiárido
Quando: 16 a 20 de agosto
Onde: Centro de Convenções Edson Queiroz 








E MAIS

LANÇAMENTO

O lançamento oficial da Icid+18 acontece hoje, às 11 horas, no Palácio Iracema, com a presenta do governador Cid Gomes e da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

RIO +20

A Icid+18 pretende influenciar na agenda da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Meio Ambiente (Rio+20), prevista para ser realizada em 2012.

DESERTIFICAÇÃO





São perdidos cerca de US$ 5 bilhões por ano com a desertificação no Brasil.



DESENVOLVER



''As soluções para o semiárido não são só a coleta de águas ou de agricultura familiar. Dependem de desenvolvimento regional sustentável. Precisamos ter mais indústrias e mais atividades que não dependam tanto do clima'', defende o diretor da Icid+18, Antonio Rocha Magalhães.







LUTA CONTRA DESERTIFICAÇÃO (16/8/2010)

Semiárido na atenção de autoridades internacionais


Cerca de 30% da população do mundo habitam em regiões semiáridas e são responsáveis por cerca de 20% do alimento produzida no planeta 

FOTO: REUTERS

Convenção espera agregar recursos financeiros e humanos para combater problemas no planeta


Reconhecendo a importância das regiões semiáridas no mundo, as quais abrigam 30% da população do planeta e produzem cerca de 20% da alimentação mundial, as Nações Unidas lançam hoje, no Centro de Convenções, durante da ICID+18, a Conferência Internacional sobre Impactos de Variações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável em Regiões Semiáridas, a campanha mundial "Década das Nações Unidas para os Desertos e luta contra a desertificação".


O lançamento ocorre na cerimônia de abertura do ICID e conta com a presença do secretário executivo da Convenção de Combate à Desertificação das nações Unidas, Luc Gnacadja, e os ministros brasileiros da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende; do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel; e da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.


O objetivo de empreender a campanha, de acordo com Heitor Matallo, coordenador regional da convenção das nações unidas contra a desertificação, é trabalhar aspectos vinculados às "regiões secas" para que algo no cenário seja alterado, principalmente no que diz respeito à sustentabilidade dos habitantes. "Não se imagina que o planeta Terra seja sustentável no futuro sem a contribuição das zonas áridas", declara e reintera a importância da ação: "O estabelecimento de uma década sobre a desertificação foi para chamar atenção das autoridades internacionais sobre os problemas existentes nas zonas áridas, além de apontar as oportunidades existentes nelas".


A decisão de se realizar a campanha a partir de 2010, segundo Heitor, se deu ano passado na assembleia geral das Nações Unidas e a expectativa é que sejam arrecadados recursos financeiros e humanos ao longo dos próximos dez anos, além de preparar as ações para a conferência Rio+20, que comemorará o Rio92 e ocorrerá em 2012.



Problemas



Para conseguir o objetivo esperado, o coordenador das Nações Unidas para a América Latina e Caribe, aponta como uma das grandes dificuldades que infligem, as regiões semiáridas no mundo a grande quantidade de pessoas que habitam as áreas semiáridas e que apresentam índices elevados de pobreza.


Ele também acrescenta as vulnerabilidades a que essa população está sujeita por conta das recorrentes secas e a degradação dos recursos naturais a que estão dispostas, principalmente devido às ações dos próprios habitantes, os quais Heitor atribui a responsabilidade, pois, "tendo que gerar recursos para sobreviver, muitas vezes eles exploram o meio ambiente de forma inadequada, provocando desmatamento, queimadas, erosão de solos", dentre outros efeitos que findam por gerar um grande prejuízo ao mundo, em todos os aspectos.


"É muito importante que a comunidade internacional esteja atenta para os problemas dessas regiões", ressalta e acrescenta: "a degradação tem um impacto para a economia, em especial nas zonas secas".



Ação



Para o diretor da ICID+18, Antonio Rocha Magalhães, o esperado da convenção é que os debates e os relatos que ocorrerão nesta semana possam tornar "os participantes os agentes das ações pensadas", pois o objetivo é que elas "sirvam de base para um trabalho de disseminação que será levada a todos os lugares que tiveram participantes.



ARMANDO DE OLIVEIRA LIMA


ESPECIAL PARA ECONOMIA

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Década das Nações Unidas para os Desertos e a Luta contra a Desertificação



Iniciativa global antidesertificação será lançada no Ceará

ONU vai proclamar a UNDDD, no dia 16 de agosto de 2010, o período de 2010 a 2020
A desertificação ameaça a subsistência de mais de um bilhão de pessoas em cerca de 100 países. Essa degradação do solo em terras secas pode também levar ao rompimento de até 44% dos sistemas de cultivo de todo o mundo.
Estudos recentes indicam que terras secas não só somam até 41,3% das superfícies de terra, mas também são lar de 2.1 bilhões de pessoas, o que significa uma a cada três pessoas no mundo todo. Além disso, uma a cada três plantações cultivadas hoje tem suas origens em terras secas. Desertos também sustentam 50% do gado do mundo, são habitats ricos para animais selvagens e somam aproximadamente metade de todos os sistemas de cultivo.
A fim de promover ações para proteger os desertos do mundo de deteriorações e degradação, a ONU vai proclamar, no dia 16 de agosto de 2010, o período de 2010 a 2020 como a Década das Nações Unidas para os Desertos e a Luta contra a Desertificação (UNDDD, na sigla em inglês).

A Década sera lançada em Fortaleza, no Ceará - região onde prevalecem terras secas -, durante a abertura da Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em regiões Semiáridas (ICID 2010).

O lançamento no Brasil será complementado por lançamentos regionais de setembro a novembro deste ano. Na África, o PNUMA, em parceria com o PNUD, vai promover um lançamento simultâneo e uma coletiva de imprensa em Nairóbi, também no dia 16 de agosto.
A década de eventos será promovida pelo secretariado da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD), em colaboração com o Departamento de Informação Pública (DPI) da sede da ONU em Nova Iorque; o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA); o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD); e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD), além de outros órgãos da ONU.
Para maiores informações e confirmação de presença, entrar em contato com:
Fortaleza: Sra. Cadija Tassiani, (+61) 9988 9852 ou (+61) 8220 3406, e-mail: cadijda@gmail.com
Ms. Wagaki Mwangi, Tel: (+49) 228 815 2820, Fax: (+49) 228 815 2898/99, E-mail: wmwangi@unccd.int
Ms. Yukie Hori, Tel: (+49) 228 815 2829, E-mail: yhori@unccd.int

Fonte: Boletim ONU

terça-feira, 22 de junho de 2010

Fundo Caatinga

18/06/10 15:27

MMA discute estruturação do Fundo Caatinga

Divulgação/MMA
O projeto busca captar recursos para ações de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca
O projeto busca captar recursos para ações de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca
O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, José Machado, em reunião com representantes do ministério e do Banco do Nordeste, apresentou nesta quinta-feira (17/6) a minuta para estruturação do Fundo Caatinga. A proposta para criação de um fundo para o bioma é resultado do I Encontro Nacional de Enfrentamento da Desertificação, realizado em março em Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). Após discussão, o projeto será encaminhado para Casa Civil e deverá ser criado por meio de decreto.
O Fundo Caatinga, a ser gerido pelo Banco do Nordeste, tem como objetivo captar recursos para ações e projetos de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca, além de ampliar a oferta e despoluir os recursos hídricos com a recuperação e revitalização de áreas degradadas. O Fundo também vai promover a conservação e uso sustentável do bioma Caatinga e do Semiárido Brasileiro e das Áreas Suscetíveis à Desertificação.
Para o secretário-executivo José Machado, o cuidado com o semiárido é prioridade do ministério. "Estamos comprometidos com a pauta de discussão nacional sobre a desertificação do semiárido. É importante resgatar um plano nacional para o semiárido brasileiro", afirmou.
O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Egon Krakhecke, que participou da reunião, destacou que o Fundo cria uma relação estreita com o bioma Caatinga, "estimulando assim a criação de outros fundos pra os demais biomas". Egon também sugeriu ao Banco do Nordeste que incluísse na minuta do Fundo a possibilidade de pagamento por serviços ambientais.

Brasil é referência na América Latina no combate à desertificação.
Mais de 30 milhões de brasileiros são diretamente atingidos pelo processo de desertificação. Essas pessoas vivem em uma região de 1,3 milhão de km², situada nos estados do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo, marcada pela falta de água e dificuldade de produção de alimentos. Desta área, 180 mil km² já estão em processo grave de se tornarem deserto.
E se nada for feito, esses números ainda podem aumentar com o efeitos das mudanças climáticas. Estudos indicam que a região semiárida brasileira poderá perder um terço de sua economia, até 2100, caso a temperatura do planeta suba mais de 2 graus celsius.
Este problema não se restringe ao Brasil. Mais de 100 países sofrem algum tipo de problema causado pela desertificação. Por isso, a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD, sigla em inglês) transformou o dia 17 de junho no Dia Mundial de Combate à Desertificação.
Dezessete de junho é o Dia Mundial de Combate a Desertificação. Esta data representa uma oportunidade de reforçar o debate de que a desertificação não é uma fatalidade, que as soluções existem e que ela pode ser combatida de forma efetiva por meio do fortalecimento da participação da sociedade e da cooperação pública e privada.
Considerada um dos grandes problemas econômicos, sociais e ambientais do mundo, a desertificação é a degradação da terra nas regiões áridas, semi-áridas e sub-úmidas secas. Essa degradação do solo, do recurso hídrico e da vegetação e a redução da qualidade de vida da população afetada, são resultados de variações climáticas e de atividade humana, principalmente atividades agrícolas.
A desertificação causa problemas econômicos principalmente ao setor agrícola, levando prejuízos com a quebra de safras e diminuindo a produção. Os problemas sociais também estão relacionados com a questão econômica. Com a população sem dinheiro e, até mesmo, sem ter o que comer, a desertificação leva as pessoas a migrar para os centros urbanos, procurando uma melhor qualidade de vida. No entanto, a migração agrava problemas de transporte, saneamento, abastecimento e emprego já existentes nas grandes cidades.
Durante a Conferência Rio-92, vários países com problemas de desertificação propuseram a criação de uma convenção internacional sobre o tema. Daí, foi criada a UNCCD, da qual o Brasil é signatário desde 1997. Em vigor desde 1996, a UNCCD já foi assinada por mais de 100 países.
Das áreas brasileiras sujeitas à desertificação, 60% estão na caatinga e 40% no cerrado. Para tentar reverter os efeitos da desertificação, o Ministério do Meio Ambiente coordena o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PAN-Brasil). O programa relaciona políticas voltadas ao meio rural, como Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar, bolsa família e ações de convivência com a seca, à agenda de combate à desertificação.
A UNCCD considera áreas com risco de desertificação as zonas áridas, semi-áridas e subúmidas secas e todas as áreas - com exceção das polares e das subpolares - com Índice de Aridez entre 0,05 e 0,65. Este é também o critério adotado pelo (PAN-Brasil).
O MMA dá apoio ao estados suscetíveis à desertificação na elaboração de Planos Estaduais de Combate à Desertificação. Três estados já têm seus plano construídos: Ceará, Rio Grande do Norte e Pernambuco. Para o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA, Egon Krakhecke, o programa permite articular e priorizar ações relacionadas ao tema para a formulação de políticas específica para mudar a situação das áreas degradadas".
O desmatamento das áreas suscetíveis à desertificação piora o problema. O bioma caatinga, por exemplo, sofre com a pressão do carvão utilizado pela indústria do gesso, cerâmica, siderurgia e uso doméstico. Este bioma é o único exclusivamente brasileiro, rico em biodiversidade, mas que já perdeu 45% de sua cobertura vegetal.
Por isso, o MMA e o Ibama trabalham no combate ao desmatamento nessas áreas. Este ano, serão formados 285 brigadistas que vão trabalhar junto às comunidades como multiplicadores de boas práticas agrícolas, um trabalho de educação ambiental que vai proteger os recursos naturais.

por Ascom/MMA

sábado, 22 de maio de 2010

Criação do Fundo Caatinga



21 DE MAIO DE 2010 - 9H43


Lula Morais ressalta proposta de criação do Fundo Caatinga

Durante o segundo expediente da sessão plenária desta quinta-feira (20/05), o deputado Lula Morais (PCdoB) destacou a proposta de criação do Fundo Caatinga pelo Banco do Nordeste do Brasil (BNB). O parlamentar informou que o objetivo é captar recursos para projetos de combate à desertificação, recuperação de áreas degradadas e promoção da revitalização, conservação e uso sustentável do Bioma Caatinga.

Lula explicou que a proposta tomou por base a Convenção da ONU de Combate à Desertificação (UNCCD), o Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação (PAN), bem como os Programas de Ação Estaduais de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAEs). A iniciativa vai contar com a participação de ministérios, governos estaduais, organizações da sociedade civil e do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). 

O deputado disse que os recursos para o Fundo Caatinga virão de doações (estados, instituições multilaterais, entidades internacionais, empresas, pessoas físicas e ONGs); dotação orçamentária; transferências da União; acordos, contratos, consórcios e convênios; Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (FNMC) e do Fundo Amazônia. A proposta determina ainda a governança conjunta e integrada do Fundo, onde o gestor será o BNB, o Comitê Orientador será formado pela Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD) e o Comitê Técnico será definido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). 

De acordo com dados do MMA, a caatinga, único bioma exclusivamente brasileiro, possui atualmente metade de sua cobertura vegetal original. Em 2008, a vegetação remanescente da área era de 53,62%. Dados do monitoramento do desmatamento no bioma realizado entre 2002 e 2008 revelam que, neste período, o território devastado foi de 16.576 km2, o equivalente a 2% de toda a caatinga. 

Para Lula Morais, o processo de desertificação por que passa a região da caatinga no Brasil, se deve em parte a ação do homem (queimadas, desmatamento, uso indevido da terra) e também do clima. Ele ressaltou que no Ceará, o município de Irauçuba é onde a situação é mais alarmante. No entanto, Lula frisou que o Estado tem se destacado no combate ao problema, com estudos realizados, dentre outros temas, a cerca da reserva hídrica do Estado. 

Finalizando, o parlamentar destacou a lei estadual – oriunda de projeto de lei de sua autoria – que regulamenta e institui a Política Estadual de Combate e Prevenção à Desertificação no Ceará.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social da AL - Ceará



Fonte http://www.vermelho.org.br/ce/noticia.php?id_noticia=129818&id_secao=61