sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Agricultura Familiar no Semiárido


Agricultor familiar baiano garante renda com o cultivo da mamona

Foto: Tamires Koop

Agricultor familiar baiano garante renda com o cultivo da mamona
13/01/2011 17:59
Os trabalhos desenvolvidos com a mamona na propriedade do agricultor familiar, Luciano Bernardo de Brito, 34 anos, tem obtido sucesso.  Na última safra (2009/2010), ele colheu 120 sacos de mamona e vendeu a R$ 80,00 o saco para uma empresa produtora de biodiesel. Retirando as despesas, seu saldo foi de cerca de R$7 mil na safra. Para o agricultor, participar do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB) possibilita mais uma alternativa de renda.O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) participa da gestão do Programa Nacional de Produção e Uso do Biodiesel (PNPB) por meio do qual, além de estimular a produção do novo combustível, procura apoiar a participação da agricultura familiar na cadeia de produção. Instrumentos como crédito, zoneamento, Ater, fomento, benefícios fiscais (Selo Combustível Social) estão disponíveis para promover o fortalecimento da agricultura familiar na produção de biodiesel.
A propriedade está situada no povoado do Velame, município de Morro do Chapéu (BA). Em média, a área reservada para o plantio da mamona é de seis a oito hectares.  “É muito proveitoso participar do Programa,  essa oportunidade mantem o homem na propriedade e o preço da mamona que,  além de ter se tornado fixo foi valorizada”, diz Luciano.
O morador, do interior da Bahia,  explica que o cultivo da mamona é uma tradição familiar, passada de geração a geração. Atividade que herdou do pai, Luciano explica, que a produção da oleaginosa sempre foi uma alternativa economicamente viável e de fácil produção, por se adaptar com facilidade ao clima da região.
Ele diz que hoje vende a mamona por uma preço justo e que isso não era possível antes do PNPB. Além da mamona, sempre em parceria com o pai, o agricultor cultiva também milho e feijão de corda. “Esse tipo de feijão, mesmo que ocorra um período de longa estiagem na região, se desenvolve. É mais uma alternativa de renda para minha família”, conta.
Segundo o agricultor baiano, a assistência técnica que vem recebendo da indústria de biodiesel e da Cooperativa de Produção e Comercialização da Agricultura Familiar do estado da Bahia (Coopaf) tem sido importante para qualificar a produção. A Coopaf atua na produção e comercialização de produtos da agricultura familiar, principalmente de oleaginosas para o mercado de biodiesel, em mais de 100 municípios da Bahia.

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