Trago hoje para vocês um pouco sobre o Sertão Central do Ceará, mais especificamente o município de Quixadá. Famoso pelo açude Cedro e pela pedra da Galinha Choca, o município está localizado em pleno semi-árido, cercado de montanhas rochosas. Por muito tempo sofreu, como tantos outros municipios do semi-árido, com a aridez e a escassez de água. O município e o açude Cedro ficaram famosos pelo discurso dramático de D. Pedro II, quando deu início às obras do reservatório, garantindo que venderia a última jóia da coroa para garantir que os sertanejos não mais sentiriam sede. O açude só foi inaugurado quando a républica já havia sido proclamada. E muita gente morreu de sede e fome nesse intervalo...
Quixadá é hoje um exemplo de transformação no Sertão. Com uma adminsitração moderna e comprometida, e com o envolvimento da população, o muniício foi resgatando aos poucos sua história, sua cultura e descobrindo novos valores. A paisagem árida e os ventos quentes vindos das pedras, que antes pareciam um sinal de conenação à pobreza, hoje significam um difentencial para a região, que se tornou um espaço internacional prestigiado para os amantes dos esportes radicais.
Dentre as diversas instituições que atuam em Quixadá, garantindo esse novo perfil, trago como exemplo o Instituto Convicência com o Semi-árido (IC), que me foi apresentado pelo meu amigo Marcos Gomes. São essas organizxações, seus idealizadores, e suas ações que garantem a possibilidade de transformamos o Sertão, respeitando esse espaço, sua história, sua cultura e seu povo. Abaixo temos algumas informaçoes sobre a atuação do IC.
MISSÃO DO INSTITUTO: Desenvolver a capacidade de gestão de pequenos negócios em comunidades rurais do semi-árido brasileiro, adotando como premissa a conservação, o uso sustentável e a recomposição ambiental dos recursos naturais.
METODOLOGIA DE AÇÃO: O IC trabalha junto ao Projeto Educar na Barra do Rio Coco em Sabiaguaba-Fortaleza, e ao Projeto Curumirim em Paracurú para a formação da Federação Cearense de Canoagem. A proposta passa pela criação de vários núcleos de praticantes do esporte pelo Estado, tendo como unidade de ação e planejamento as Bacias Hidrográficas. Nossa meta também visa criar serviços de ecoturismos nessas regiões e alavancar oportunidades de emprego e renda para a juventude local. Tudo isso, é claro, focado na conservação ambiental dos recursos naturais da região.
Instituto Convivência com o Semi-Árido
Rua Rodrigues Júnior, 1274 - Sala 12 - Centro - Quixadá-CE
CEP 63900-000 - Tel: (88) 3414.6140 / (88) 3412.3483
CEP 63900-000 - Tel: (88) 3414.6140 / (88) 3412.3483
Fale com a gente: contato@institutoconvivencia.org.br
ABAIXO UM DOS TRABALHOS DO INSTITUTO - A PRESERVAÇÃO DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO DOS MONÓLITOS DE QUIXADÁ.
MONUMENTO NATURAL MONÓLITOS DE QUIXADÁ
No intuito de conservar e proteger os campos de monólitos do Município de Quixadá , área de grande valor ecológico, foi criado em 25 de outubro de 2002, por meio do Decreto Estadual Nº26.805,o Monumento Natural Monólitos de Quixadá, unidade de conservação e de proteção integral que abrange toda área constituída pelas formações rochosas distribuídas em torno daquela cidade.
Características naturais
O Curral de pedras de Quixadá, conhecido localmente como serrotes ou monólitos, constitui uma paisagem formada por relevos residuais distribuídos sobre áreas planas. A forma como se apresenta é resultante da erosão diferencial em rochas cristalinas resultando em geomorfismo diversos, o que atribui à paisagem um caráter singular com grande destaque visual. Os monólitos estão concentrados em mais de cinqüenta elevações numa extensão de aproximadamente de 20 km, conferindo a área um aspecto único no Brasil.
A caatinga se impõe como tipo de vegetação mais importante, apresentando-se exuberante na época das chuvas e despedida de folhagens durante os longos meses de estiagem.
As espécies são aí adaptadas aos rigores do clima, apresentando característica de pequeno porte, redução e transformação das folhas, raízes desenvolvidas, caules extremamente retorcidos e capacidade de reter água obtida na estação chuvosa. Uma resistente bromeliácea, a macambira de flecha (Encholirium spectabile), instala-se em densos grupos nos maciços rochosos, onde suas agressivas espigas e folhas retorcidas recortam a silhueta dos inselbergs embelezado-os ainda mais.
O cenário que se descortina para o viajante que chega ao monumento vindo pelo norte ou noroeste, é de alívio e admiração. Da paisagem plana. monótona e seca brotam gigantes de pedras, entre os quais a Galinha Choca é o mais vistoso. Grupos primitivos de povos americanos, com certeza tinham na sombra e na água fresca no sopé dessas formações, uma retiro obrigatório de pouso e ocupação. Essa história ainda pouco estudada, espera por ser contatada. O Estado brasileiro, tomba mais não cuida, e mesmo tendo sido tombado como Patrimônio Nacional pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN em 2004, não se consegue que o município se estruture e se desenvolva, pela valorização desse passivo ambiental extraordinário da região. A paisagem composta pelas formações rochosas de Quixadá, constitui importante cenário na obra literária da escritora Rachel de Queiroz e de outros escritores cearense
Como Ajudar na Conservação desse Monumento
Preservando os campos dos monólitos, sem fazer marcação, gravuras, pinturas ou qualquer a alteração na formação natural. Proteste e denuncie as agressões ambientais.
Localização
O Monumento Natural está situado a, aproximadamente, 170 km de Fortaleza, pela BR-116 até o Triângulo de Quixadá e depois, pela BR-122 e CE-359.
Fonte: Instituto Convivência com o Semi-Árido
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