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sábado, 26 de março de 2011

Chuvas e Gestão de Águas no Ceará

Cheia do Castanhão será discutida na Cogerh

23/03/2011 - 09:34 
Diego Lage

A Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) deve ser reunir na próxima segunda-feira (28) com outros órgãos para estudar a situação do maior açude do Estado, o Castanhão, localizado em Alto Santo, na região do Jaguaribe. O reservatório está com parte de suas comportas aberta, a fim de controlar o nível de água acumulada em meio à quadra chuvosa.
Os técnicos devem decidir se o Castanhão permenece com as comportas abertas ou se devem ser fechadas. Há ainda a possibilidade de o nível de abertura das comportas ser aumentado ou diminuído. De acordo com o engenheiro Yuri Castro, da Cogerh, a decisão acontece com base nos últimos índices de chuva e na previsão sobre as próximas precipitações.
Desde o último dia 18 o Castanhão está com duas comportas abertas, derramando cerca de 100 mil litros de água por segundo. A medida é tomada porque o reservatório já está com um índice satisfatório de acumulação, a fim de evitar cheias com as atuais chuvas na região. A ideia da Cogerh é que o Castanhão termine o período de chuvas com uma acumulação de 5,5 bilhões de metros cúbicos - a capacidade total é de 6,7 bilhões.

De acordo com dados da Cogerh, o reservatório está com 71,1% de sua capacidade.

Devem ser reunir, além de representantes da Cogerh, técnicos do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH), Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Defesa Civil e Companhia de Pesquisas de Recursos Minerais (CPRM). 
A reunião está prevista para a sede da Cogerh, no bairro do Cambeba.

Açude Castanhão abre comportas

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O véu de noiva é um espetáculo já esperado em todo o inverno. O local já se tornou um ponto turístico da região 
FOTO: MELQUÍADES JÚNIOR
19/3/2011 
Limoeiro do Norte. O gigante Castanhão está de comportas abertas. Já considerado um evento de toda estação chuvosa, a liberação de água pela barragem do açude, desde o meio dia de ontem, já aumenta o nível do rio Jaguaribe.

Enquanto o local vira atração turística, as áreas mais baixas do rio Jaguaribe já registram neste sábado as consequências do aumento do volume do rio. Inundada, a passagem molhada que liga Tabuleiro a Limoeiro do Norte fica intrafegável a partir de hoje.

É liberado um total 100 metros cúbicos (ou 100 mil litros) por segundo por duas de suas dez comportas, cada uma liberando a metade disso por uma fenda de 73 centímetros de altura. Mas a força da água é tamanha que a vazão proporciona o chamado ´véu de noiva´.

"É lindo", resumiu a comerciante Osirene Dias, curiosa para ver as comportas abrirem, "de tanto que falam". Até uma lanchonete foi instalada no mirante para receber os turistas. Um funcionário do Castanhão vende num varal camisas com a foto da barragem em 2004, com todas as comportas abertas.

A decisão pela abertura das comportas deu-se entre União e Estado: a primeira representada pelo Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), e o outro pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh).

Nível

O açude estava ontem na cota 101,07 metros acima do nível do mar e com 71% da sua capacidade. A abertura deverá baixar 70 centímetros de lâmina d´água na parede da barragem. "O importante é que o que entrar no Castanhão, vindo das chuvas e do rio Salgado, seja colocado para fora", esclareceu o engenheiro Ulisses de Sousa, coordenador do Complexo Castanhão. Na segunda-feira haverá uma nova reunião, em Fortaleza, para deliberar sobre se haverá aumento ou diminuição da vazão.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Gestão de Águas


PI: Agespisa adota novo modelo para reduzir perdas de água

Modelo implantado é o da Cagece; Em Teresina, há perda de cerca de 50% da água, enquanto no Ceará a perde é de 26%
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Foto: Divulgação.
A Agespisa (Águas e Esgostos do Piauí S/A) vai adotar o modelo de gestão da Cagece (Companhia de Água e Esgoto do Ceará) para continuar o trabalho de redução das perdas de água tratada.
Em Teresina, a empresa perde cerca de 50% da água produzida, enquanto no Ceará esse índice não passa de 26%, um dos menores do Brasil.
As duas empresas assinaram convênio de cooperação, através do qual a Cagece vai repassar sua experiência no combate ao desperdício para acrescentar, visto que a Agespisa já adota várias ações para garantir maior eficiência aos sistemas de abastecimento de água.
Uma das principais medidas para reduzir as perdas de água é a instalação de hidrômetros nas residências. Nos últimos três anos, a Agespisa substituiu e instalou cerca de 100 mil medidores, equipamentos que ajudam os usuários a regular o consumo de água.
Além disso, a empresa está trocando as redes antigas de água por novas tubulações. São 176,4 quilômetros, dos quais 60% já foram substituídos.
A Cagece também está colaborando para que a Agespisa reduza sua conta de energia. Através do Programa de Eficiência Energética, o consumo já vem caindo. Outro foco do convênio é tornar mais eficiente a área de compras, estoque, armazenamento, distribuição e controle de materiais.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sobre a Água no Ceará

RECURSOS HÍDRICOS (26/12/2010)

Nova lei para águas no Ceará

26/12/2010 Clique para Ampliar
O Canal da integração, que leva água do Açude Castanhão, em Jaguaribara, até o Pecém, recebeu duras críticas por não contemplar, no início, o abastecimento humano 
FOTO: RODRIGO CARVALHO

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A lei que regulamenta a política dos recursos hídricos do Ceará quer ser mais incisiva sobre a outorga da água

Limoeiro do Norte. Bem "inalienável", de acordo com a lei, as águas terão sua utilização regulamentada por um novo Plano Estadual de Recursos Hídricos a partir de 2011. Diante de uma realidade mais latente para o necessário uso racional da água, a nova Lei traz poucas mudanças em relação à lei aprovada há 18 anos. Deixa claro que a democratização do acesso à água, já enfatizada na lei anterior, depende mais do efeito prático do modelo de gestão pública governamental do que pelo que está escrito no documento. As novidades ficam para os temas das águas subterrâneas e a supressão da "prioridade" de construção de grandes reservatórios, dando a entender que agora é a vez de distribuir.

Em comparação ao plano criado em 1992 pelo então governador Ciro Ferreira Gomes, a nova lei que regulamenta a política dos recursos hídricos do Ceará, agora tocada por seu irmão, Cid Gomes, pretende ser mais incisiva sobre a outorga da água.

Moeda de troca

O recurso, naturalmente um bem de valor econômico, não poderá virar moeda de troca entre beneficiários. A concessão do recurso hídrico, para os mais variados fins, agora carrega um peso maior para a otimização desse recurso. É usar direito, e até reusar, para não acabar.

A partir de 2011, com a conclusão da quinta e última etapa do Canal da Integração, o "Eixão", transportando as águas do Açude Castanhão estará simbolicamente oficializado o termo que há algum tempo faz parte das discussões: gestão integrada. Criando seus próprios rios, já que os de verdade sofrem da degradação ambiental, o Estado do Ceará, em parceria com a União, tem no seu mapa hidrográfico os reservatórios e canais de água cada vez mais interligados. A artéria principal estaria representada no próprio Eixão das Águas.

A gestão parte de cada bacia hidrográfica, em que um comitê é responsável pela defesa dos interesses das diversas entidades que utilizam a água, todas em cotas pré-definidas. A distribuição é assim: usuários (correspondem a 30%), sociedade civil (30%), poder público municipal (20%), poder público estadual/federal (20%).

O Ceará tem dez comitês; entretanto, são 11 previstos no Plano Estadual de Recursos Hídricos. O 11º contemplará as águas fronteiriças entre os Estados. Enquanto cabe aos comitês o trabalho consultivo e deliberativo, a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), como órgão subordinado à Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH) do Ceará, tem caráter executivo.

Concentração de poder

No fim, os recursos hídricos têm poder concentrado. O Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Funerh), que manterá todos os programas e projetos públicos no setor, será administrado por um conselho diretor formado por três secretarias: da Fazenda, do Planejamento e Gestão e dos Recursos Hídricos, ficando para esta pasta a presidência do Conselho Diretor.

Tal qual a mensagem de 1992, o novo Plano Estadual dos Recursos Hídricos, enviado à Assembleia Legislativa neste mês, destaca o princípio do uso prioritário dos recursos hídricos: na lei anterior, "o aproveitamento dos Recursos Hídricos deve ter como prioridade maior o abastecimento das populações". Para isso não houve ressalvas. Na mensagem atual, proposta pelo Governo do Estado, o uso é prioritário para consumo humano e animal "em situações de escassez". A dúvida que fica no ar é para o que se define como não-escassez: entre um açude cheio e uma caixa d´água de casa permitindo água na torneira há uma longa distância. Afinal, a partir de qual situação de "não-escassez" o consumo humano pode deixar de ser a prioridade maior?

Canal da Integração

O Canal da Integração, que leva água do Açude Castanhão, em Jaguaribara, até o Pecém, em São Gonçalo do Amarante, recebeu duras críticas por não contemplar, inicialmente, o abastecimento humano. Ainda hoje, famílias veem a água passar na frente de casa, enquanto passam sede. A Secretaria dos Recursos Hídricos concluiu nesta semana a licitação para obra de abastecimento das águas do canal para 2.280 famílias que passam sede. Como prova de que tal distribuição não fazia parte do projeto, os recursos de R$ 3,7 milhões virão do Fundo Estadual de Combate à Pobreza.

Conforme justificou o governador Cid Gomes, no envio do projeto para aprovação dos deputados, a nova proposta "deve-se à necessidade de adaptação da atual legislação estadual acerca dos recursos hídricos às inovações e avanços da Política Nacional de Recursos Hídricos". O Conselho Nacional de Recursos Hídricos recomenda que os Estados controlem, conservem e preservem os recursos hídricos de forma integrada, descentralizada e participativa.

A mensagem governamental foi aprovada pelos deputados e deverá ser atualizada a cada quatro anos. Para os representantes dos comitês de bacias hidrográficas, a perspectiva é de que estes organismos sejam fortalecidos. A Cogerh está em fase de conclusão dos planos de gerenciamento de águas nas bacias do Acaraú, Coreaú, Litoral e a revisão do Plano de Bacias Metropolitanas. Até o ano de 2011 devem ser implantados os planos das demais bacias, com especial atenção para as bacias do Médio e Baixo Jaguaribe, que comportam o Castanhão e o Eixão das Águas.

Fortalecimento

O fortalecimento dos comitês é apontado pelo Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, a Instância Colegiada formada pelo conjunto de comitês de bacias legalmente instituídos no Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Atualmente, existem no território brasileiro 170 comitês de bacias, o que corresponde a 40% de todo o território brasileiro.

Pela nova "Lei das Águas", o Plano Estadual dos Recursos Hídricos deve ser atualizado a cada quatro anos, assegurando recursos financeiros e, também, mecanismos institucionais para sua implementação. Os recursos devem constar no Plano Plurianual de Desenvolvimento do Estado do Ceará. 

MAIS INFORMAÇÕES 

Secretaria dos Recursos Hídricos do Estado do Ceará
Av. General Afonso Albuquerque Lima, Cambeba - Fortaleza/ (85) 3101.3995

Melquíades Júnior
Colaborador

INTERIOR CEARENSE (16/12/2010)

Água chegou a mais 16 mil pessoas da zona rural

16/12/2010 Clique para Ampliar
Estão sendo realizadas 85 obras no Interior para atender 32 mil pessoas
FOTO: MIGUEL PORTELA
Este ano, mais de 16 mil pessoas do Interior do Estado receberam água encanada, pela primeira vez, em seus domicílios. A informação foi divulgada, ontem, pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece).

Segundo a empresa, são famílias que vivem na zona rural, em localidades distantes da sede de seus respectivos municípios. Para levar a água tratada a esses lugares, a Cagece investiu R$ 4,9 milhões em 2010.

De acordo com a nota da Cagece, foram entregues 10 sistemas de abastecimento de água neste mês, que beneficiaram 2.495 habitantes, com investimentos da ordem de R$ 1,5 milhão. Foram mais de 23 mil metros de rede de distribuição instalados para moradores das localidades de Barrocas (Quixeramobim), Assentamento Banhos (Morada Nova), Laranjeiras/Buriti (Ubajara), Carpina Mata Fresca (Ubajara), Jardim Vila Cruz (Tejuçuoca), Sítio Cachoeira Grande (Saboeiro), Barra (Viçosa do Ceará), Sítio Agreste (Mombaça), Sítio Canto e Varzante (Cariús) e Xique-Xique (Monsenhor Tabosa).

Atualmente, a concessionária realiza 85 obras no Interior do Ceará, que irão atender 32 mil habitantes da zona rural. Estão sendo investidos R$ 9,3 milhões. A previsão de término é para março de 2011.

sábado, 27 de novembro de 2010

Gestão de Águas no Brasil

USO DA ÁGUA

Encob aponta prioridades hídricas

27/11/2010 Clique para Ampliar
Encontro Nacional de Comitês de Bacias reuniu principais especialistas sobre o tema em Fortaleza 
FOTO: MELQUÍADES JÚNIOR
O Brasil precisa aumentar os comitês de bacias hidrográficas para melhor definir o uso da água nos Estados

Limoeiro do Norte. Terminou ontem, em Fortaleza, o XII Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas (Encob). O consenso dos diversos órgãos relacionados aos recursos hídricos é de que depende mais de outros órgãos a garantia de água com qualidade para todos. De nada serve água tratada e distribuída se os Municípios não cumprem seus planos diretores, políticas ambientais, e desmatam as margens, contaminam os mananciais e não têm política de saneamento básico. Além de quantidade, importa a qualidade da água que se consome.

Os fenômenos climáticos trazem à tona a preocupação sobre a garantia de reserva hídrica para consumo. Mas a água que se contabiliza não é a mesma que se qualifica. "O plano de saneamento básico e o plano diretor urbano são mais importantes do que o próprio plano dos recursos hídricos, pois é neles que estarão definidos coleta de esgoto, de lixo e drenagem urbana, e isso está ao cargo dos Municípios, então a sociedade precisa se integrar aos comitês de bacias para pressionar ainda mais", afirmou o presidente da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh), Francisco Teixeira. Criado em 1993, o órgão virou referência para outros Estados e a ele cabe executar as medidas consultadas e deliberadas pelos comitês de bacias.

O Encob também ensejou o I Encontro Estadual de Comitês de Bacias Hidrográficas (Enecob), e foi também nele que de forma inédita se reuniram os dez comitês de bacias do Ceará. Para os organizadores dos dois encontros cumpriu-se o papel de ser um grande evento de capacitação de estratégias para o uso racional da água, mas agora cabe aos representantes de cada comitê colocar as pastas debaixo do braço e conquistarem a participação da sociedade em cada região, e todos pressionarem prefeitos e governadores estaduais. "Não se faz gestão sem a participação social", esclarece o titular da Secretaria de Recursos Hídricos (SRH) do Estado, César Augusto Pinheiro.

O XII Encob foi o segundo realizado no Ceará (o anterior foi no ano 2000). Desde então, aumentou o número de comitês de bacias no Estado.

MAIS INFORMAÇÕES 

Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas/ Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos


MELQUÍADES JÚNIOR
COLABORADOR


domingo, 17 de outubro de 2010

Gestão de Águas no Ceará

Açudes reservam apenas 62% do volume total

16/10/2010 Clique para Ampliar
Neste ano, na grande maioria dos açudes não houve renovação hídrica. Apenas 5 reservatórios transbordaram

Iguatu. O nível médio de acúmulo de água nos açudes das 11 bacias hidrográficas do Ceará é de 62,6%. Nos pequenos reservatórios, os recursos hídricos são suficientes até o término da estiagem, de acordo com estimativa da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). No comparativo de maio com outubro, todas as bacias hidrográficas apresentam queda. Mesmo assim, a Cogerh avalia a situação como boa e acredita que a reserva hídrica permite enfrentar mais três anos de inverno abaixo da média. No entanto, já na estiagem deste segundo semestre, as comunidades da zona rural reclamam da dificuldade de abastecimento, ainda mais com a Operação Pipa limitada.

Neste ano, na ampla maioria dos reservatórios, não houve recarga de água e apenas cinco transbordaram. Diferente do ano passado, quando 117 açudes sangraram, de um total de 133 monitorados pela Cogerh. Em 2009, o acúmulo médio de água nos reservatórios foi de 96%. A realidade atual é consequência da estiagem que, mais uma vez, castiga o sertão cearense e se arrasta desde março passado.

A preocupação dos técnicos é com os pequenos sistemas. Se não houver recarga de água até abril do próximo ano, os pequenos reservatórios que formam a maioria das bacias hidrográficas do Ceará vão enfrentar sérios problemas. "De um modo geral, a situação é boa", disse o assessor da presidência da Cogerh, Yuri Castro de Oliveira. "Os grandes açudes, Castanhão, Orós, Banabuiú e Araras, têm água acumulada para mais três anos sem problema".

A região do Alto Jaguaribe é a que apresenta melhor índice de armazenamento com 71,4%. As bacias do Baixo Jaguaribe e do Litoral acumulam, respectivamente, os menores índices, 43,3% e 46,5%. Nos municípios do Interior, nas áreas isoladas da zona rural, é crescente a demanda por água.

A estimativa realizada pela Cogerh prevista no início de agosto passado prevalece, com um pequeno decréscimo. O órgão acredita que até o fim dezembro, os 133 reservatórios das 11 bacias hidrográficas espalhadas pelo Estado terão 55,5% de água, em média. Hoje, acumulam 11,16 bilhões de metros cúbicos.

A Bacia do Salgado, localizada na região do Cariri, onde historicamente ocorre maior precipitação de água no período chuvoso, acumula 54,9% de volume médio de água em 14 reservatórios monitorados pela Cogerh. Esperava-se um armazenamento maior, tendo em vista que, em 2009, houve chuva acima da média na região.

Menor volume

A maior preocupação é com o Açude Quixabinha, em Mauriti, que está apenas com 17,5% do volume máximo. Já o Açude Prazeres, em Barro, tem 71%. O Açude Olho D´Água, em Várzea Alegre, responsável pelo abastecimento da cidade, armazena 58%. O reservatório Lima Campos, em Icó, um dos mais antigos do Ceará, tem o índice que chega a 55,9%.

A situação mais confortável ocorre na Bacia do Alto Jaguaribe, com 71,4% de volume médio acumulado. É nesta região que está localizado o açude Orós, o segundo maior do Ceará, com 76% de sua capacidade, que é de quase 2 bilhões de metros cúbicos de água. Por outro lado, o Açude Faé, em Quixelô, tem apenas 13%. Esse reservatório é responsável pelo reforço do abastecimento da cidade, que enfrenta dificuldades de distribuição de água para a população. O açude mais antigo do Ceará, o Cedro, localizado em Quixadá, construído na época do Império, acumula um baixo volume: 27%. O reservatório integra a Bacia do Banabuiú, que está com volume médio armazenado de 62,6%. Já a barragem de Quixeramobim tem 88% de seu volume total.

Otimismo

"Os grandes açudes, Castanhão, Orós, Banabuiú e Araras, têm água acumulada para mais três anos "

Yuri Castro de Oliveira
Assessor da presidência da Cogerh

MAIS INFORMAÇÕES 

Companhia de Gestão de Recursos Hídricos (Cogerh)
Escritório em Fortaleza (CE)
(85) 3218.7027

HONÓRIO BARBOSA
REPÓRTER