sábado, 15 de outubro de 2011

Consumo Consciente


Instituto Akatu, Braskem e Faça Parte levam projeto de consumo consciente para mais de 90 escolas do Ceará

Publicado em 15/10/2011 - 7:00 por Maristela Crispim


O Instituto Akatu, a Braskem e o Instituto Faça Parte se unem para levar a 93 escolas do Ceará o projeto “Um Novo Olhar sobre o Plástico”, iniciativa nacional que tem como objetivo chamar a atenção de educadores e alunos para importância dos temas ligados ao consumo consciente e à sustentabilidade.
A iniciativa pretende incentivá-los a propor soluções para problemas atuais ligados aos temas, tais como a escolha do que consumir, diferenças nas cadeias produtivas a respeito da ecoeficiência, combate ao descarte inadequado de resíduos e ao desperdício de água e energia.
Em todo o país, 1.577 escolas foram contempladas e escolhidas dentro da rede do Instituto Faça Parte, mas a inciativa não se esgota nestas instituições. As inscrições para novas adesões continuam abertas e qualquer estabelecimento de ensino particular ou público pode aderir ao projeto.
As escolas interessadas podem se inscrever pelo hotsite www.facaparte.org.br/consumoconsciente. No mesmo endereço, são disponibilizados os vídeos da série Consciente Coletivo, uma vídeo-aula que trata da cadeia produtiva do plástico e um guia com conteúdo mais aprofundado com sugestões de atividades a serem desenvolvidas com os alunos e orientações sobre como participar.
Haverá, ainda, uma seleção dos melhores projetos em dois níveis: escolas com boas iniciativas já em 2011 e projetos de ação para 2012. As boas iniciativas de 2011 devem ser registradas em texto e documentadas em vídeo, foto ou da maneira que a escola julgar mais adequada.
As que tiverem suas práticas reconhecidas como boas inciativas em educação para a sustentabilidade farão parte de um documentário editado em vídeo.
A escola que apresentar a iniciativa mais inovadora para 2012 escolherá um grupo de representantes do projeto para conhecer a fábrica de plástico feito de etanol de cana-de-açúcar da Braskem, em Triunfo (RS).
Além disso, a experiência será registrada em uma vídeo-reportagem, que será divulgada nacionalmente. As escolas têm até o fim do ano para apresentar seus projetos, que devem ser desenvolvidos ainda no primeiro semestre de 2012.
“Nosso objetivo é orientar os jovens a consumir de uma maneira diferente, buscando aumentar os impactos positivos e reduzir os impactos negativos. O consumidor consciente sabe que cada atitude impacta sua própria vida, seu entorno, a sociedade, a economia e o Planeta”, diz Jorge Soto, diretor de Desenvolvimento Sustentável da Braskem.
“Investir em educação para o consumo consciente é essencial na ampliação do número de cidadãos e consumidores mobilizados para um futuro mais sustentável. Dentre os méritos dessa iniciativa, eu destacaria ainda o universo de escolas atingidas, porque, com tantos professores e alunos participantes, acredito que os projetos vão mobilizar inclusive as comunidades do entorno, extrapolando os muros das escolas”, afirma Helio Mattar, diretor-presidente do Akatu.
O Instituto Akatu é uma organização não-governamental (ONG) sem fins lucrativos que vê o ato de consumo como um instrumento fundamental de transformação do mundo. Completou dez anos em março e trabalha em projetos de educação e comunicação para conscientizar e mobilizar os cidadãos a consumir sustentavelmente.
A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas. Com 35 plantas industriais distribuídas pelo Brasil, Estados Unidos e Alemanha, a empresa produz anualmente mais de 16 milhões de toneladas de resinas termoplásticas e outros produtos petroquímicos.
Dia 15 de outubro é Dia do Consumo Consciente
O Instituto Akatu convida as pessoas a comemorar amanhã – dia 16 de outubro -, fazendo piqueniques em todo o Brasil. Em São Paulo, quem quiser se juntar ao do Akatu, será muito bem vindo na área de piqueniques do Parque Villa Lobos, a partir da 11 horas, basta levar sua cesta e sua toalha.
Você sabia que…
1. Se, em vez de jogar fora os restos de alimentos, cada pessoa guardar o lixo orgânico na geladeira, a cada ano encherá quase 2,5 geladeiras médias de comida estragada? Durante toda a vida, vai precisar de 183 geladeiras? Portanto, planeje suas compras.
2. O pinga-pinga de um furo de 2 mm em um cano desperdiça, por mês, o equivalente a quase dez caminhões-pipa cheios de água? Elimine os vazamentos, acabe com o desperdício de água e ainda economize na conta no fim do mês.
3. Se todos os moradores do Brasil fecharem a torneira ao escovar os dentes, a água economizada em um mês equivalerá a um dia e meio da água que cai pelas Cataratas do Iguaçu?
4. O lixo coletado no País, em apenas um ano, seria suficiente para formar uma enorme muralha de quatro metros de altura construída ao longo de todas as praias do Brasil? Planejar as compras significa menos lixo e economia no bolso.
5. Um brasileiro gera, do berço ao túmulo, 25 toneladas de lixo; uma família de pai, mãe e dois filhos gera cem toneladas? E a Prefeitura gasta uma montanha de dinheiro para recolher e tratar esse lixo? Dinheiro que poderia ser usado para melhorar a educação e a saúde. Por isso, gere menos lixo, reaproveitando e reciclando tudo o que for possível.
6. Cada brasileiro descarta 74 sacolinhas plásticas por ano? Somadas, chegam a 14 bilhões de sacolas. O saco plástico leva 400 anos para desaparecer e ainda atrapalha a decomposição do resto do lixo no aterro. Evite as descartáveis, use sacolas retornáveis.
7. As sacolinhas plásticas descartadas em um ano pelos brasileiros se empilhadas, foram uma pilha de 700 Km de altura, quase a distância entre São Paulo e Florianópolis?
8. Um litro de óleo de cozinha usado polui até 25 mil litros de água? Armazenar o óleo usado em garrafas PET e entregar para reciclagem preserva o meio ambiente e ainda evita entupimentos no encanamento de casa e na rede de esgoto.
9. Pilhas recarregáveis geram muito menos resíduos que as pilhas descartáveis? O preço unitário das recarregáveis é mais alto, mas compensa porque você usa muitas vezes. Pense nisso, você vai comprar e jogar fora muito menos pilhas.
10.Um bilhão de pilhas são jogadas fora por ano no Brasil? Se, em vez de ir para o lixo, forem recicladas, a massa total de lixo evitado equivale a um dia inteiro de toda a coleta domiciliar do município de São Paulo.
11. Cada brasileiro usa em média cinco pilhas por ano? Se todas essas pilhas fossem recicladas, além da redução do lixo tóxico, seria possível recuperar em ferro o peso de 5.000 carros populares.
12. Baterias de celular contêm metais tóxicos. Nos lixões, acabam contaminando o solo e os lençóis de água usada na produção agrícola. Reciclar as baterias é evitar a contaminação da água que, logo adiante, vai irrigar frutas, verduras e pastos.
13. Fazer uma compra parcelada com juros sai muito mais caro? Muitas vezes, o valor pago na soma das prestações daria para comprar até três do mesmo produto. É com uma promoção ao contrário: leve um e pague três. Só parcele ou tome emprestado se realmente precisar.
14. Frutas, legumes e verduras da estação, além de serem mais saborosos porque estão fresquinhos, são também mais baratos pois têm uma oferta maior? Aproveite o sabor das estações e economize na sua compra.
15. Produtos da sua região chegam mais rápido e mais frescos ao supermercado. E, por andar menos de caminhão, são responsáveis por uma emissão menor de CO2, que causa aquecimento global?
16. Se cada um dos brasileiros da chamada “nova classe C” não ligar para trocos pequenos e abrir mão de apenas 5 centavos, serão acumulados no comércio R$ 2 milhões diariamente? Ou R$ 730 milhões um ano? Esse “troco” equivale ao que custa construir 10 hospitais iguais ao Hospital da Mulher, que está em construção em Fortaleza, ou 14 Hospitais Escola iguais aos de São Carlos, no interior de SP.
17. Se só 1% dos brasileiros desligar o computador todo dia apenas na hora do almoço, a energia economizada, em apenas um ano, evitará uma emissão de carbono equivalente à de 80 mil carros a gasolina viajando de São Paulo ao Rio? Desligue o computador para ir almoçar.
18. Cerca de 70% da madeira retirada ilegalmente da Amazônia fica no Brasil? E é usada, principalmente, na construção civil e na indústria de móveis? Exigir madeira certificada evita o desmatamento e reduz o aquecimento global.
19. Um terço do que compramos em alimentos perecíveis vai direto para o lixo? Uma família média brasileira que deixar de desperdiçar e colocar essa economia na poupança vai acumular quase R$ 1 milhão ao longo da vida.
Fonte: Instituto Akatu

Indicação de livro - The Spirit Level - Why Greater Equality Makes Societies Stronger


Amigos,
Compartilho com vocês a indicação do livro "The Spirit Level".
Abraço em cada um!
Suely

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January 2010
$28.00
352 pp
6.125 x 9.25 in
Hardcover
ISBN-13: 9781608190362
ISBN-10: 1608190366
The Spirit Level - Why Greater Equality Makes Societies Stronger
By Kate Pickett and Richard Wilkinson
Groundbreaking analysis showing that greater economic equality-not greater wealth-is the mark of the most successful societies, and offering new ways to achieve it.
This groundbreaking book, based on thirty years' research, demonstrates that more unequal societies are bad for almost everyone within them-the well-off and the poor. The remarkable data the book lays out and the measures it uses are like a spirit level which we can hold up to compare different societies. The differences revealed, even between rich market democracies, are striking. Almost every modern social and environmental problem-ill health, lack of community life, violence, drugs, obesity, mental illness, long working hours, big prison populations-is more likely to occur in a less equal society. The book goes to the heart of the apparent contrast between material success and social failure in many modern national societies.
The Spirit Level does not simply provide a diagnosis of our ills, but provides invaluable instruction in shifting the balance from self-interested consumerism to a friendlier, more collaborative society. It shows a way out of the social and environmental problems which beset us, and opens up a major new approach to improving the real quality of life, not just for the poor but for everyone. It is, in its conclusion, an optimistic book, which should revitalize politics and provide a new way of thinking about how we organize human communities.

Media for The Spirit Level:
“Wilkinson and Pickett make a valuable contribution in enthusiasm and evidence, both of which will help fuel any effort to squeeze down the widening inequalities of our era.”—Boston Review See #1 article See #2 article
Bill Moyers featured The Spirit Level The Bill Moyers Journal
New York Review of Books (4/29) printed five graphs from The Spirit Level to illustrate the excerpt from Tony Judt’s Ill Fares the Land. Also includes this note from Judt: “The best recent statement of this argument comes in Richard Wilkinson and Kate Pickett, The Spirit Level: Why Greater Equality Makes Societies Stronger (Bloomsbury Press, 2010). I am indebted to them for much of the material in this excerpt.”
A gap between society’s rich and poor can have ugly consequences. Countries with greater income inequality have higher rates of teen pregnancy, infant mortality, obesity, mental illness, drug use, imprisonment, and homicide than countries where wealth is more evenly distributed, according to research by epidemiologists Richard Wilkinson and Kate Pickett.—Parade
Interesting Q&A in the Boston Globe Ideas section with Richard Wilkinson and Kate Pickett.
Arts and Letters Daily has linked to the Boston Globe piece.
Very nice column from Jerry Large in the Seattle Times today about The Spirit Level.
Kate Pickett appeared on Brian Lehrer’s show on WNYC to talk about The Spirit Level
Interview with Richard Wilkinson and Kate Pickett on HERE ON EARTH (Wisconsin Public Radio).
Read this piece on the Huffington Post about going out to eat…here and in Sweden
Here's an essay on Alter Net
and don't miss the post on Daily Kos.
Take a look at Kate's video with Big Think.
Here are some radio interviews the authors done in Seattle:
KUOW Weekday Scroll down the page.
KPFA Against the Grain Scroll down the page.
Richard and Kate wrote an op ed on the Guardian’s Comment
http://www.bloomsburypress.com/bloomsbury/images/star.gif"Wilkinson and Pickett make an eloquent case that the income gap between a nation's richest and poorest is the most powerful indicator of a functioning and healthy society...Felicitous prose and fascinating findings make this essential reading."—Publishers Weekly
"In this fascinating sociological study, the authors do an excellent job of presenting the research, analyzing nuances, and offering policy suggestions for creating more equal and sustainable societies. For all readers, specialized or not, with an interest in understanding the dynamics today between economic and social conditions."—Library Journal
"It has taken two experts from the field of public health to deliver a major study of the effects of inequality on society. Though Richard Wilkinson and Kate Pickett are British, their research explores the United States in depth, and their work is an important contribution to the debate our country needs."—Robert B. Reich, from the foreword
"Might be the most important book of the year."—Guardian
"Fascinating and deeply provoking...The Spirit Level does contain a powerful political message. It is impossible to read it and not to be impressed by how often greater equality appears to be the answer, whatever happens to be the question. It provides a connection between what otherwise look like disparate social problems."—David Runciman,London Review of Books.

15/10: Dia do Consumo Consciente



CIDADANIA

15/10: Dia do Consumo Consciente

A forma como cada um de nós consome bens e serviços impacta, diretamente, o meio ambiente e, ainda, afeta o bem-estar da nossa comunidade. Que tal aproveitar o Dia do Consumo Consciente, instituído em 15/10 pelo Ministério do Meio Ambiente, para repensar os seus hábitos de consumo? Aproveite e confira dez dicas supersimples para começar a mudar de postura


Débora Spitzcovsky
Planeta Sustentável - 14/10/2011



Em 1995, a ONU definiu, em relatório oficial da Comissão de Desenvolvimento Sustentável, que consumo sustentável é o ato de "usar serviços e produtos que respondem às nossas necessidades básicas e trazem a melhoria da qualidade de vida, ao mesmo tempo em que reduzem o uso de recursos naturais e materiais tóxicos, a produção de lixo e as emissões de poluentes" e ainda alertou: "Se continuarmos poluindo, desperdiçando matérias-primas e causando desequilíbrios fatais ao meio ambiente, a partir da forma como consumimos, nossos descendentes não sobreviverão". 

Mais de 15 anos após essa declaração, reflita um pouco a respeito da sua postura enquanto consumidor: você está, realmente, consumindo apenas o necessário ou tem sua parcela de culpa na escassez de recursos naturais e no aumento do lixo e da emissão de poluentes no planeta? 

Neste sábado, 15/10, comemora-se em todo o Brasil o Dia do Consumidor Consciente. A data foi instituída, em 2009, pelo Ministério do Meio Ambiente, com a intenção de conscientizar os brasileiros a respeito dos problemas socioeconômicos, ambientais e políticos que estamos causando no país por conta dos padrões de produção e consumo insustentáveis que adotamos. Então, que tal aproveitar a data para repensar seus hábitos e mudar de postura? Para ajudar, confira abaixo dez dicas de consumo consciente do Instituto Akatu - ONG brasileira, criada em 2011, especializada no tema.


1- PLANEJE SUAS COMPRAS Um terço dos alimentos perecíveis que compramos no supermercado vão direto para o lixo. A atitude, além de gerar um desperdício de R$ 1 milhão de reais ao longo da vida, aumenta a produção de resíduos sólidos. No Brasil, o lixo que produzimos anualmente é suficiente para construir uma muralha de 4 metros de altura ao longo de todas as praias brasileiras. A melhor maneira de evitar tanto desperdício é planejar nossas compras e avaliar, antes de sair de casa, o que realmente precisamos. 
2- RECICLE E REAPROVEITE Cada brasileiro gera, do berço ao túmulo, cerca de 25 toneladas de lixo, mas boa parte desses resíduos não precisa ter a lixeira como destino final: muitas vezes, o que consideramos lixo pode ser reaproveitado ou reciclado. Basta se informar a respeito do assunto e mudar a mentalidade. Além de contribuir para a redução da produção de resíduos, ainda ajudamos a Prefeitura a economizar nos gastos para coleta e tratamento de lixo - e esse dinheiro pode ser aplicado em melhorias para outras áreas, como saúde e educação. 
3- RECUSE SACOLAS PLÁSTICAS Cada brasileiro descarta, por ano, cerca de 75 sacolas plásticas. Se juntarmos todas as sacolinhas que foram jogadas fora pela população do país nos últimos 12 anos, é possível formar uma pilha de 700 km de altura - quase a distância entre São Paulo e Florianópolis. Cada um desses sacos plásticos leva 400 anos para desaparecer e, ainda, atrapalha a decomposição do resto do lixo que está no aterro. Por isso, opte por sacolas retornáveis quando for às compras.
4- ECONOMIZE ÁGUA Ninguém está pedindo para você deixar de usar o recurso, mas sim para usá-lo com consciência. Na hora de escovar os dentes, por exemplo, não custa nada fechar a torneira quando não estiver usando a água. Se todos os brasileiros adotarem essa postura, a água economizada em um mês equivalerá a toda a água que cai das Cataratas do Iguaçu durante um dia e meio. Além de evitar o desperdício do recurso, ainda dá para economizar na conta do fim do mês. 
5- NÃO JOGUE O ÓLEO DE COZINHA NA PIA Ao jogar um litro de óleo de cozinha pelo ralo da pia você está contribuindo para a contaminação de até 25 mil litros de água - sem contar que está correndo o risco de provocar entupimentos no encanamento de casa ou na rede de esgoto. A melhor maneira de se desfazer do óleo de cozinha é colocá-lo em garrafas PET e entregá-las para reciclagem em entidades especializadas. 
6- DÊ UM DESTINO CORRETO AO LIXO ELETRÔNICO Celulares, TVs, CDs, computadores, micro-ondas, câmeras digitais, MP3s e tantos outros artigos eletrônicos podem contaminar o solo e os lençóis freáticos, se descartados no lixo comum. Se os produtos ainda estiverem funcionando, procure doá-los, caso contrário, descarte em pontos de coleta de lixo eletrônico. 
7- COMPRE MADEIRA CERTIFICADA Cerca de 70% da madeira retirada, ilegalmente, da Amazônia fica no Brasil e é utilizada, principalmente, pelos setores moveleiro e da construção civil. A maneira mais eficaz de quebrar esse ciclo é parar de comprar madeira proveniente do desmatamento. Portanto, exija madeira certificada na hora de construir e decorar - de quebra, você ainda contribui para a redução do aquecimento global. 
8- CARNE, SÓ DE ORIGEM LEGAL A pecuária é outra grande responsável pelo desmatamento da Amazônia. Atualmente, a criação de gado é a atividade que mais contribui para o aquecimento global no país, sendo responsável por mais de 60% das emissões brasileiras de gases causadores do efeito estufa. Por isso, dê preferência a supermercados e açougues que informam a origem da carne que comercializam e garantem que ela não é proveniente de áreas desmatadas. 
9- OPTE POR PRODUTOS LOCAIS Produtos fabricados na região em que você mora percorrem uma distância menor até o supermercado e, portanto, são responsáveis por menos emissões de CO2. Além disso, frutas, verduras e legumes chegam ao destino final mais frescos para consumo. 
10- DESLIGUE O COMPUTADOR Se, apenas, 1% dos brasileiros desligar o PC, todos os dias, só na hora do almoço, em um ano evitaremos a emissão de carbono equivalente a 80 mil carros, movidos a gasolina, viajando entre São Paulo e Rio de Janeiro. Não custa nada desligar o aparelho não só na hora do almoço, mas quando você se afastar por mais de 15 minutos para realizar outra atividade, certo?


Leia também:
Dia do Consumo Consciente: Piquenique-se!
Consuma sem consumir o mundo em que você vive

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Série de reportagens mostra a atual realidade na Região Nordeste - Parte 2


Edição do dia 13/10/2011
13/10/2011 14h37 - Atualizado em 13/10/2011 14h43

Nordeste oferece vagas de emprego e atrai profissionais de outros estados

Segunda reportagem da série "Isso é Nordeste" mostra que estaleiros, petroquímicas e siderúrgicas começam a se instalar na região. Número de universidades também cresceu e atrai professores e universitários.


Aline OliveiraSão Gonçalo do Amarante, CE

A área do Nordeste brasileiro representa o tamanho de França, Espanha, Alemanha e Suíça juntos. A região, que abrange 19% do território nacional e comporta quase 30% da população brasileira, quase sempre obrigou os moradores a buscar trabalho em outros estados, mas hoje oferece oportunidades de emprego. Os próprios nordestinos que sairam para trabalhar em outros lugares começam a voltar para casa.
"No nosso caso, professores mais jovens, que pegam uma situação no Sul de mercado mais saturado, mais concorrido, é uma oportunidade excelente para começar" - Eduardo da Cunha, professor universitário, gaúcho.
"Meu salário é 50% maior do que o que eu recebia lá nas outras obras no Mato Grosso. Quanto ao salário eu não tenho do que reclamar não" - Elton Gomes Barreto, especialista em perfuração e detonação, matogrossense.
"Do ponto de vista da dimensão cultural e do desenvolvimento econômico da região foi uma grande surpresa, sem dúvida alguma" - Joselina da Silva, socióloga, carioca.
"Cheguei aqui e vi uma região muito desenvolvida, com muito verde e nada de terra rachada" - Júlia Letícia Sciamana, universitária, paulista.
Estaleiros, petroquímicas e siderúrgicas. Esse tipo de indústria, que até então não existia no Nordeste, começa a se instalar na região e os portos ganham outro perfil e se expandem. No Ceará, por exemplo, as contratações vão desde operários da contrução civil até engenheiros altamente qualificados. "Você vai ter oportunidade para trabalhadores menos capacitados e vai ter também oportunidades que vão exigir mão de obra mais qualificada”, afirma o economista Eduardo Sarquiz.
Um dos maiores empreendimentos é a Transnordestina, via férrea que se espalha pelo sertão de Pernambuco, Ceará e vai até o Piauí. Fábio Tanaka trocou o cargo de executivo de uma multinacional em São Paulo para administrar uma indústria de geração de energia em construção no porto do Pecém, no Ceará. "Hoje é um dos principais empreendimentos privados em andamento no país e atrai grandes profissionais. A gente tem uma equipe altamente qualificada, vinda de várias localidades, inclusive de outros países", diz o executivo.
O crescimento econômico está mudando também a o perfil das cidades. Juazeiro do Norte, a 500 quilômetros de Fortaleza, por exemplo, cresceu tanto que os moradores ainda estão se acostumando. "Está como cidade grande, está parecendo capital", conta Maria Jeremias, professora. Agora é de VLT, o chamado veículo leve sobre trilhos, que muita gente vai e vem.
Na Bahia, a população do município de Luis Eduardo Magalhães passou de 18 mil habitantes para 60 mil nos últimos dez anos. "Hoje, nós temos faculdades, temos uma estrutura melhor para os nossos filhos, de lazer, inclusive de cultura", conta a pedagoga Bernardete Clain.
Em todo o Nordeste, em cinco anos, o número de universidades públicas e privadas cresceu 25%, o que atraiu professores e estudantes de outras partes do Brasil. “Estou gostando do lugar, vim para seguir carreira aqui mesmo, gosto de morar no interior, não tem problema, gosto da região para morar e para trabalhar é ótimo", afirma Eduardo Vivian da Cunha, professor universitário.
Universidades públicas também migraram para o interior. Foi assim que Campina Grande, na Paraíba, virou reduto de jovens estudantes que transformaram a cidade em um importante pólo tecnológico. "A educação é o começo de tudo. Você vai agregar valor a essa economia local, vai dar uma perspectiva real a esse aluno, que ele vai encontrar um mercado de trabalho adequado e vai poder contribuir com essa região", analisa a economista Suely Chacon.
Quem foi embora no passado, por falta de qualificação profissional e de emprego, também está voltando para casa. "Eu posso garantir que hoje não tenho inveja de quem está ganhando lá no Sul. Eu ganho aqui 50% melhor do que eu estava ganhando lá, a três mil quilômetros, longe de casa", garante o cearense Aurélio de Matos Carneiro, motorista.
O assistente de encarregado Raimundo Nilmar Pinheiro ficou 19 anos em São Paulo. Foi pedreiro e operário. Agora, coordena uma equipe no porto de Pecem, no Ceará: "Lá fora, a gente já via que o Nordeste cresceu muito, portanto, foi por isso o meu retorno. Meu plano é de crescer no Nordeste e continuar aqui até o fim da minha vida”.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Juventude e Convivência com o Semiárido



Convívio harmonioso com o semiárido vira chave para manter jovens no campo

ONG pernambucana mostra que o clima precisa ser aliado, e não rival, para a permanência da população no meio rural. Nordeste também sofre com êxodo de jovens com destino às cidades
Publicado em 08/09/2011, 18:14


São Paulo -  Mais do que conter a saída de jovens das áreas rurais, uma ONG trabalha no intuito de aproximar a juventude da região do semiárido de Pernambuco da realidade local. Colocando o clima de semiaridez como um aliado, e não inimigo, a entidade trabalha a favor da sobrevivência na lida no campo e na vida, principalmente dos jovens.
Para Edinalva Conceição de Oliveira, coordenadora do programa Juventude, Arte e Cultura da ONG Caatinga, o objetivo da entidade é trabalhar as possibilidades de a juventude local poder permanecer no campo, reconhecendo direitos e deveres, mas também convivendo com as condições do clima, para que assim conquiste uma vida digna no campo. 
Estudos baseados em dados do Censo Demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que havia 660 mil jovens a menos no campo em 2010 em comparação com 10 anos antes. Em 2000, o Brasil contava com 6,1 milhões de jovens no campo, ante 5,5 milhões em 2010. A parcela de pessoas de 16 a 24 anos que vive no campo diminuiu de 18% para 16%.
O desafio está colocado para todas as regiões do país, mas em áreas como o Norteste, o problema tem agravantes. "A ONG surgiu para que os agricultores familiares, principalmente os jovens, consigam conviver harmoniosamente com as condições de semiaridez do ambiente em que vivemos. E usando isso a seu favor", destaca Edinalva.
Aluna do curso de artesanato, Luciana Ribeiro, da cidade de São José do Egito, também no semiárido pernambucano, conta que, por muitas vezes, pensou em se mudar para a cidade na tentativa de buscar melhores condições de trabalho e de renda. No entanto, ela adiou a decisão por tempo indeterminado.
Os motivos para isso foram dois. O primeiro envolve seus avós, com quem ela vive, que ainda não permitem que a jovem saia da propriedade. O segundo é que, com as técnicas de artesanato ensinadas pela ONG, a renda da família aumentou "consideravelmente", considera Luciana.
A ONG Caatinga nasceu em 1988 para desenvolver um modelo agroecológico voltado às famílias de agricultores da região do semiárido brasileiro. Hoje a entidade atende a dez municípios com ações voltadas a técnicas agroecológicas, na eliminação do uso de agrotóxicos

De volta para casa

Constatado pelos técnicos que desenvolvem ações na região, a retorno de jovens às propriedades da família já é uma realidade na região. Edinalva relata que há vários casos de alunos da ONG que, após a formação em um dos cursos oferecidos pela entidade, chegou a tomar o rumo de centros urbanos em busca de outras oportunidades, mas que, surpresos com o que encontraram, decidiram pelo retorno.
Ilsamar Lima de Barros, também aluna do curso de artesanato da ONG, conta que nunca teve vontade de tentar a vida na cidade, ainda mais depois de participar dos cursos que são oferecidos para os jovens da região, mas que tem muito amigos chegaram a optar pela cidade, se arrependeram e acabaram regressando.

Série de reportagens mostra a atual realidade na Região Nordeste - Parte 1


Edição do dia 12/10/2011
12/10/2011 14h21 - Atualizado em 12/10/2011 14h22

Jornal Hoje estreia série de reportagens sobre o Nordeste

Região que já foi considerada a mais pobre do país, agora se destaca com crescimento econômico acima da média nacional.

A primeira reportagem destaca o espírito empreendedor do nordestino, brasileiros que souberam enxergar uma boa oportunidade e se transformaram em pequenos empresários.
“Há três anos tenho esse carrinho de pipoca, com ele eu consegui comprar o meu terreno e pretendo crescer, fazendo a minha casa e outros e outros sonhos que eu quero” - Selma Costa, pipoqueira de Aracaju.
“Eu comecei vendendo geladinho, ai depois eu comecei a fazer uns doces pra encomenda, o que sobrava a vizinhança comprava, foi crescendo aos poucos, hoje eu tenho o Cantinho da Val que eu forneço salgado frito na hora” - Valdeci da Conceição, comerciante de Salvador.
“Eu sempre morei de aluguel e agora graças a deus eu tenho meu próprio negócio e estou construindo minha casa, graças a deus tá dando certo” - Francisco Roberto Amaral Teixeira, dono de mercadinho em Fortaleza.
“Hoje eu montei meu próprio salão, os meus filhos estão estudando em escolas particulares. Eu mudei de bairro e hoje tenho investido em coisas grandes e maiores pensando em nosso futuro” - Lice Lima, cabeleireira de Bacabal, Maranhão.
De olho no futuro, eles já mudaram o presente. De cada dez brasileiros que ingressaram na nova classe C, três são do Nordeste. A classe média é a principal responsável pelo novo retrato da região. "Eu comecei num quartinho pequenininho e depois fui crescendo, crescendo e hoje em dia eu posso dizer que tenho um grande restaurante", afirma Maria de Jesus Silva Barros, dona de restaurante.
Em sete anos a renda das famílias nordestinas aumentou 50%. "Os programas de transferência têm uma contribuição importante nesse segmento, mas o que é mais importante é a renda do trabalho, são as pessoas terem mais emprego, serem mais empreendedoras", declara Flávio Ataliba, presidente do Ipece.
“A gente é comerciante, toda a família, e através da pequena mercearia que a gente tem hoje, a gente consegue nossos bens”, diz Claudio Vieira Costa, de Bacabal, MA.
Divina não só viu o otimismo e a renda dos vizinhos aumentarem, viu também uma oportunidade para virar uma empreendedora, na periferia de Fortaleza, uma história que começou com três peças íntimas e uma única cliente. "Ela gostou, quis comprar, e levou as três", conta Divina Silva, empresária.

Ter boas idéias e vontade de trabalhar é importante, mas para começar um negócio é preciso também ter dinheiro. Divina conseguiu um crédito no banco. Começou um empréstimo de trezentos reais e soube aplicar tão bem que, três anos depois, a costureira já era uma micro-empresária.

Na empresa de Divina, aumentam as vendas e o número de funcionárias: já são cinco com carteira assinada. No Nordeste, a renda dos funcionários legalizados aumentou 53%.
O que impulsiona parte desses sonhos é o micro-crédito "Se os juros forem altos, nada feito, porque se tiver juros como é que a pessoa ganha para poder vender?”, diz. Este ano, só um banco público ganhou 264 mil novos clientes.

Tanta disposição para o consumo levou o empresário Honório Pinheiro da capital para o sertão. Ele montou quatro supermercados em cidades do interior. "A experiência do interior foi exitosa, há 10 anos nós começamos e foi tão bom que os concorrentes foram todos para lá”, conta.
Uma pesquisa mostra que o consumo de alimentos e bebidas na nova classe C aumentou cinco vezes nos últimos oito anos. O carrinho ficou mais sortido. "Essa história de iogurte, queijinho sem sal para fazer a dieta, a gente não tinha, mas agora tem", diz Maria Lili Alves Marques, 76 anos aposentada.
E tem muito mais. Valdeci da Conceição, de Salvador, conta que já consegui comprar seu carro. O comerciante Claudio Vieira Costa, de Bacabal, no Maranhão, já consegui comprar a moto e o carro. Um veículo na garagem já é realidade para mais da metade da nova classe média nordestina.