Mostrando postagens com marcador Alagoas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Alagoas. Mostrar todas as postagens

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Alagoas: Unidades de Conservação da Caatinga


Caatinga alagoana pode ganhar mais duas unidades estaduais de conservação

Os locais estudados pelo IMA apresentam bons aspectos de preservação de exemplares da fauna e da flora daquele bioma
24/02/2012 10:18




A região do sertão alagoano pode ganhar mais duas Unidades de Conservação (UCs) para proteção integral ou uso sustentável de amostras da caatinga. Elas foram escolhidas por apresentar um bom estado de manutenção da fauna e da flora. Desde 2005 uma equipe de geógrafos, biólogos, engenheiros agrônomos e agrícolas do Instituto do Meio Ambiente (IMA) analisam as possibilidades de reservas naquele bioma.

As duas áreas são a Serra da Taborda e a da Caiçara. A primeira está localizada no município de São José da Tapera, com altitude de 556 metros, tem suas terras drenadas pela bacia hidrográfica do Riacho Grande e área proposta de preservação ambiental em 1.733,75 hectares. Já a Serra da Caiçara está compreendida entre os municípios de Poço das Trincheiras, Maravilha e Ouro Branco. Ela tem altitude aproximada de 839 metros, está localizada nas bacias hidrográficas dos Rios Ipanema e Capiá e área proposta de preservação ambiental de 79.876,66 hectares.

Segundo Alex Nazário, diretor de Unidades de Conservação do IMA, as duas áreas específicas que estão em análise. “foram escolhidas por apresentarem aspectos gerais de conservação positivos”, explica.

IMA


Durante visitas recentes feitas às comunidades adjacentes das serras - e durante determinadas expedições - foi constatado a presença da diversidade de plantas e animais, principalmente insetos, répteis, anfíbios e aves. Segundo José Rodrigues Correia e Enaldo Barbosa - moradores das serras há 40 e 22 anos, respectivamente, há ainda a presença de algumas espécies de tatus, cobras, pássaros, além da significativa cobertura vegetal.

IMA
O diretor-presidente do IMA, Adriano Augusto, disse que outros municípios do sertão estão no foco do órgão e mais expedições serão realizadas com objetivo de localizar novas áreas. “Além disso, outro esforço interessante é o de tentar inserir os gestores municipais neste processo de reconhecimento. Isso porque as Unidades de Conservação podem ser legalmente instituídas pelo poder público em suas três esferas: municipal, estadual e federal”, explica Adriano Augusto.


quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Produção de Cana-de-açúcar

Produção de cana-de-açúcar bate recorde em 2009

Prejudicado pela seca e pela crise, NE não acompanha crescimento nacional; produção em AL pode cair até 15%

Colheita da cana-de-açucar pode durar somente até janeiro em AL. Foto: Agência Brasil

Colheita da cana-de-açúcar pode durar somente até janeiro em AL. Foto: Agência Brasil

A produção total de cana a ser moída pela indústria sucroalcooleira no Brasil em 2009 é considerada um recorde nacional, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). A companhia divulgou nesta quarta-feira (16) que serão 612,21 milhões de toneladas, quantidade 7% maior que a da safra passada, embora esteja abaixo da prevista pela pesquisa realizada em setembro, que apontou uma produção de 629,02 milhões de toneladas de cana a ser moída.

A produtividade média, por sua vez, aumentou 0,4% sobre a temporada anterior, e agora é de 81.293 quilos por hectare (ha). A Conab estima em 7.531 mil hectares a área de plantio da cana destinada ao setor sucroalcooleiro, distribuídos entre São Paulo, com 4.101 mil hectares; Paraná, com 590,1 mil ha; Minas Gerais, com 587 mil ha; Goiás, com 520,3 mil ha; e Alagoas, com 448 mil ha.

Crise econômica e seca

Destaque nordestino na produção de açúcar e álcool, Alagoas não segue a tendência nacional de crescimento na produção canavieira. Com a lavoura em fase de colheita, produtores se dizem prejudicados com os efeitos da crise econômica internacional e com problemas causados pela falta de chuva na região. “Não tivemos chuva no período certo. Agora mesmo estamos em plena seca. E ainda estamos sofrendo as conseqüências da crise econômica. A quebra da safra pode chegar até 15% em algumas unidades”, diz o vice-presidente da Associação dos Fornecedores de Cana de Alagoas, Maxuwell Vasconcelos.

Segundo estimativas do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool em Alagoas (Sindaçúcar-AL), a colheita no estado ficará abaixo de 26 milhões de toneladas, o que representaria a segunda safra seguida com desempenho negativo. Além disso, a colheita seria acelerada, principalmente nas unidades menores, que podem concluir a moagem até o mês de janeiro.

A média histórica das chuvas das últimas 26 safras no estado para os meses de outubro e novembro é de 64,1 milímetros (mm), segundo dados do Sindaçúcar/AL, que aponta uma média três vezes menor para este ano. Levantamento da entidade mostra que em outubro de 2009 foi registrada uma precipitação pluviométrica de apenas 8,0 mm e em novembro de 13,3 mm.

Para Maxwuell Vasconcelos, o problema se estende a outros estados da região Nordeste, que não teriam como acompanhar o crescimento registrado na produção nacional. “Não temos mais áreas para expandir nossa plantação. Na região Centro-Sul, várias áreas de pastagem foram destinadas à cana, mas aqui nossa área já é conhecida”.

Cada tonelada de cana-de-açúcar que Alagoas deixa de esmagar representa, hoje, cerca de R$ 120 a R$ 130 a menos de faturamento para as indústrias do setor sucroenergético. A quebra de safra, de 1,4 milhão de toneladas representa uma perda financeira, para o Estado, que vai de R$ 170 a R$ 180 milhões, de acordo com os preços atuais do açúcar e do etanol.

Mercados

De acordo com a Conab, do total de cana esmagada no Brasil, cerca de 54% (336,2 mil t) se destina à produção de 25,8 milhões de litros de álcool. Deste volume, 18,2 bilhões de litros são do tipo hidratado (etanol) e 7,6 milhões do anidro. O etanol tem uma redução de exportação de cerca de 1,5 bilhão de litros em relação à safra passada, que foi de 4,9 bilhões de litros.

Mas o mercado interno, aponta a companhia, sinaliza positivamente, com maior crescimento de consumo, em função do aumento da frota de veículos flex-fuel (movidos tanto a gasolina como a álcool) que representam 90% dos carros leves.

Cerca de 45% do restante da cana moída (276 mil t), ainda segundo informações divulgadas pela Conab, vão para a produção de 34,6 milhões toneladas de açúcar. De 23 a 24 milhões de toneladas do açúcar produzido devem ser exportados, principalmente, para Índia e Rússia. Na temporada anterior foram 20 milhões toneladas do produto. O consumo interno aproxima-se de 11 milhões toneladas, sendo que 60% por meio de produtos industrializados.

Fonte: Tendências e Mercado. 16 de dezembro de 2009 - 18:36 - Por Acássia Deliê

http://www.tendenciasemercado.com.br/negocios/producao-de-cana-de-acucar-bate-recorde-em-2009/