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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

E a COP15 vai terminando sem um acordo sério... Nada de tratado legalmente vinculante.

Jornalistas leem um dos últimos esboços de acordo em Copenhague
(AP/Anja Niedringhaus)

18/12/2009 - 18h15
Reunião sobre meta climática termina e acordo fica para 2010

CLAUDIO ANGELO
LUCIANA COELHO
Enviados da Folha de S.Paulo a Copenhague

Atualizado às 18h30.


A última reunião de hoje na qual Brasil, China, Estados Unidos, África do Sul e Índia discutiram as metas climáticas --ou a falta delas-- terminou sem consenso. Uma declaração sobre o encontro, que como previsto terminou sem acordo, será divulgada nas próximas horas.

Segundo informou a delegação brasileira, o conteúdo do documento será feito com vistas a um possível acordo apenas em 2010. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já se dirige ao aeroporto para retornar ao Brasil.

Estados Unidos e China, os dois maiores emissores de gases de efeito estufa, são os principais criadores de entraves para o acordo climático entre os 193 países participantes da 15ª Conferência do Clima, que ocorre desde 7 de dezembro em Copenhague.

Além da "briga" entre países emergentes e desenvolvidos sobre estabelecer metas obrigatórias de emissões de gases também para as nações mais pobres --o Protocolo de Kyoto obriga apenas os mais ricos a seguir as metas--, existe a polêmica sobre a criação de um fundo verde.

Os EUA propuseram um fundo bilionário para ajudar os países pobres a lidar com a mudança climática, mas condicionaram a contribuição a uma "transparência" dos países envolvidos e uma possível vigilância. Sobre isso, mais cedo, o presidente Lula disse que o fundo não podia ser usado como "desculpa" para intromissão nos países ajudados. A China também rechaçou um possível controle.

Nesta sexta, antes da última reunião sobre as metas, o premiê chinês faltou aos dois encontros improvisados pelos EUA e enviou um emissário --a atitude enfureceu líderes europeus e Barack Obama.

No começo do dia, o presidente Lula, que há dois dias tentava mediar com o francês Nicolas Sarkozy uma saída do impasse, declarou-se "frustrado" em sessão plenária com líderes mundiais. Na plateia estavam Obama, Gordon Brown, Wen Jiabao, Angela Merkel e outros.

Lula fez também uma oferta de doação para um fundo global de combate à mudança climática, como antecipado pela Folha na última quarta-feira.

Em discurso duro, feito de improviso e longamente aplaudido, Lula enumerou as ações do Brasil e disse que o país estaria disposto a contribuir para um fundo se isso salvar a conferência.

Já o americano Barack Obama, que tomou seu lugar no púlpito, criticou os países que não aceitam se submeter à verificação de suas ações --crítica velada à China. Os países desenvolvidos usam esse argumento para justificarem sua inação.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u668748.shtml

Lula na COP15

Olá amigos!

Hoje valeu a pena acordar cedo e acompanhar ao vivo o discurso do Presidente Lula na COP15. Ele frisou que a questão não é apenas dinheiro! E não é mesmo!! RESPONSABILIDADE - essa é a palavra e a atitude! Ele lembra que a fome e a miséria ainda é a realidade dos países pobres. Então o que está em discussão não é apenas o clima, mas sim o processo de desenvolvimento, a qualidade de vida das pessoas que vivem nesses países. Um ponto forte foi quando ele afirmou que "O Brasil não veio barganhar"! Ele foi duro, crítico e firme! Eu gostei muito! Mesmo quem não gosta de Lula tem que admitir: ele está cada vez melhor. Sabe do que fala.O Lula foi aplaudido várias vezes durante seu discurso. Enquanto o Obama só foi aplaudido protocolarmente no final... Vejam abaixo as notícias.
Abraço a todos!
Suely


Em novo discurso na Conferência do Clima, em Copenhague, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou na manhã desta sexta-feira (18) o comportamento dos países ricos e em desenvolvimento para se chegar a um acordo sobre as mudanças climáticas. Lula também ofereceu ajuda para fundo climático (Reuters).



18/12/2009 - 09h31

Em Copenhague, Lula critica falta de acordo e oferece ajuda para fundo climático

Do UOL Notícias
Em São Paulo

Em novo discurso na Conferência do Clima, em Copenhague, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou na manhã desta sexta-feira (18) o comportamento dos países ricos e em desenvolvimento para se chegar a um acordo sobre as mudanças climáticas.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (18) em seu discurso na Conferência do Clima em Copenhague, que todas as nações serão "mais fortes e seguras" com um acordo global sobre as mudanças climáticas. "Os países devem fazer parte de um esforço histórico ou cair em divisões", disse. Obama fez um discurso conciliador em busca de um acordo entre os países que participam da cúpula

Lula também disse que o Brasil está disposto a oferecer ajuda ao fundo global de US$ 100 bilhões para ajuda aos países pobres.

"Estamos dispostos a participar do financiamento se nos colocarmos de acordo aqui em uma proposta final, mas não estamos de acordo que as figuras mais importantes do planeta Terra assinem qualquer documento para dizer que assinamos."

Lula afirmou que esteve em reunião com líderes de Estado até às 2h30 da madrugada desta sexta que ele "sinceramente, não esperava participar". "Era uma reunião com muito chefe de Estado e sinceramente submeter chefe de Estado com determinadas discussões há muito tempo eu não assistia", afirmou. "Me lembrou dos meus tempos de dirigente sindical, quando eu negociava com empresários".

Lula disse que a culpa por tal reunião era não ter trabalhado antes com responsabilidade. "Todos nós poderíamos oferecer um pouco mais se tivéssemos assumido boa vontade no último período. Todos nós sabemos do que é preciso para manter o compromisso das metas e o compromisso dos financiamentos. Temos que manter os princípios adotados no protocolo de Kyoto. Temos reponsabilidades comuns."

Lula afirmou ainda que "gostaria de sair daqui com o documento mais perfeito do mundo, mas se não conseguimos fazer até agora não sei se algum anjo ou algum sábio descerá nesse plenário e colocara na nossa cabeca a inteligência que nos faltou até agora".

O presidente brasileiro criticou o comportamento dos países ricos. "A questão não é apenas dinheiro. Os países em desenvolvimento e os ricos não devem pensar em dinhero como favor, não pensemos que estamos dando esmola, porque o dinheiro que será colocado na mesa é o pagamento pela emissão de gases de efeito estufa feita durante dois séculos por quem teve o privilégio de se industrializar primeiro."

"Não é tarefa fácil", disse. "É necessário mostrar ao mundo de que com meias palavras e com barganhas a gente não encontraria uma solução dessa conferência", alfinetou.

O presidente disse que todos concordaram com o acordo inicial que cita o limite do aumento da temperatura global em 2 graus centígrados, "mas mesmo as metas, que deveriam ser uma coisa mais simples, tem muita gente querendo barganhar".

Lula foi muito aplaudido durante o discurso e ressaltou que o Brasil se comprometeu em apresentar metas de redução de emissão de gases em até 2020. "Assumimos nossos compromissos e transformamos em lei a redução de 36,1% a 38,9%." Lula citou que foram aprovadas mudanças na agricultura, no sistema siderúrgico, no aprimoramento da matriz energética e na redução do desmatamento da Amazônia em 80%.

Fonte: UOL Ciências
http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2009/12/18/ult4477u2173.jhtm