Apesar do fenômeno La Niña, os agricultores familiares vêm obtendo uma boa safra na maior parte dos estados brasileiros. As Comunicações Ocorrência de Perdas (COP) feita por agricultores a bancos e agentes financeiros do Programa Nacional de Fortalecimento da agricultura Familiar (Pronaf) até o momento é de apenas 0,7% na safra 2010/2011. A informação foi divulgada na tarde desta sexta-feira (25) pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário.
Os comunicados são obrigatórios para os agricultores familiares interessados em obter os recursos do Seguro da Agricultura Familiar (Seaf) e o resultado está bem abaixo da expectativa e da média histórica.
Para o coordenador do Seaf na Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (SAF/MDA),José Carlos Zuckowski o percentual de segurados que comunicaram perdas vem caindo.
Na safra 2005/2006 os comunicados de perda representaram 26%; No ano agrícola 2008/2009 foram 7,6% e na safra seguinte, 2009/2010, foram de 2,4%. “Até o momento, o índice de 2010/2011 é de cerca de 0,7%”, disse. 
Nesses dois últimos anos, a quase totalidade dos agricultores familiares não precisou recorrer ao Seaf. Na safra 2009/2010, dos 529 mil agricultores segurados, mais de 516 mil tiveram boa colheita. E nos locais que foram atingidos por secas, granizo, chuvas excessivas, entre outros, o seguro foi importante para manter o agricultor na atividade rural.
Dados do Censo Agropecuário 2006 do IBGE mostram que a agricultura familiar responde por 70% da produção de feijão, 46% do milho, 34% do arroz, 87% da mandioca, 21% do trigo, 58% do leite, 50% de aves e 59% de suínos. No total, incluindo itens não alimentares, responde por 38% do Produto Interno Bruto (PIB) Agropecuário.
Com informações da assessoria de comunicação do governo federal